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True Blood – 5×08 Somebody That I Used to Know

Por: em 4 de agosto de 2012

True Blood – 5×08 Somebody That I Used to Know

Por: em

Somebody That I Used to Know foi a noite dos coadjuvantes em True Blood. Sabe aquelas quinhentas tramas que normalmente ganham cinco minutos de desenvolvimento em cada episódio? Então, neste foram elas que dominaram. Sam, Hoyt, Lafayette, Terry, Alcide, todos eles tiveram participações significativas. Dos protagonistas, a única que teve um pouquinho mais de tempo em tela foi Sookie. Mas, como nessa temporada ela só é a protagonista no papel, continuo afirmando que esta foi a noite dos negligenciados (título emprestado honestamente de Glee).

Os vampiros não tiveram grande destaque e acredito que isso se deva ao fato do nosso querido vampiro Bill, Stephen Moyer, ter desempenhado um papel importante atrás das câmeras. Pode ter sido somente uma coincidência, mas faz sentido que, por estar ocupado como diretor do episódio, o próprio Bill não tenha aparecido tanto. Assisti com atenção para avaliar a direção de Moyer, e infelizmente me decepcionei um pouco. Achei que, por ser sua primeira vez, ele teria interesse em deixar sua marca no episódio com um estilo particular de direção. Mas o que vimos foi bem similar ao estilo de sempre da série. Se isso foi uma escolha dele ou uma imposição da produção não há como saber.

Além de Moyer, quem teve trabalho dobrado neste episódio foi Sam Trammel que, além de interpretar Sam Merlotte, teve que interpretar Luna na pele de Sam (confuso, eu sei, ainda mais com essa quantidade de “Sam” na frase, custava colocar no personagem um nome diferente do ator?). Mais uma vez, Trammel mostrou que está se especializando nisso. Na temporada passada, nos divertimos vendo ele copiar todos os trejeitos de Tommy. Neste episódio, lá estava ele mimetizando com maestria o andar e a forma de falar de Luna.

Embora essa trama tenha sido divertida, não entendi muito bem o sentido de Luna ter se transformado em Sam contra a sua vontade. O que isso que dizer? Por mais que eu esteja gostando do novo papel de Sam na história, ainda acho a Luna um pouco deslocada. Espero que, agora que saiu do hospital (finalmente!), ela tenha mais a fazer do que mostrar a sua raiva do grupo que a atacou.

Hoyt, que parece estar se esforçando para tomar o lugar de personagem de True Blood mais odiado (agora que Tara já deixou o posto vago), teve uma pequena redenção. Por mais que ele diga que odeia Jessica, era óbvio que ele não teria coragem de matá-la. Ainda não sei como ele não correu para retirar aquelas correntes de prata assim que os dois foram deixados sozinhos. Tive muita pena da ruiva amarrada daquele jeito como um animal. Espero que a conversa que os dois tiveram, na qual Jessica admitiu ter até rezado para que seu amor por Hoyt voltasse, sirva para que ele entenda que ela não é uma pessoa má. Essa dificuldade em lidar com o fim de um relacionamento só mostra a imaturidade de Hoyt. É doído ser rejeitado por aqueles que amamos? Sim, muito. Mas chega o momento em que a vida tem que continuar. E espero que esse momento chegue logo para Hoyt.

Lafayette fugiu da casa do avô de Jesus e, depois do trauma de ter a sua boca costurada, parece ter voltado à sua antiga personalidade. Afinal, tem que ter muita cara de pau para cobrar trezentos dólares para forjar uma sessão espírita. Coitada da Arlene. Lógico que, com o forte poder de Lafayette, a mulher iria aparecer de verdade. Eu só não esperava que ela fosse propor aquele acordo de retirar a maldição caso Terry assassine Patrick (ou o contrário). Conhecendo a instabilidade de Terry, achei a reação de Patrick bem sensata (que foi sair correndo como uma criança assustada). O que me incomodou nessa história foi não terem dado nenhuma explicação do porquê da esposa de Don Bartolo ter libertado Lafayette. Será que eles vão deixar por isso mesmo?

Alcide foi uma das principais causas de eu ter achado esse episódio fraco. Já entendemos que JD é um maníaco viciado em sangue de vampiro. Entendi isso a partir do momento que o vi oferecendo o sangue a Emma. Não preciso assistir a mais cenas com exatamente o mesmo propósito (reclamação recorrente nessa temporada). Achei a competição para decidir o novo líder da alcateia muito mal feita. Não faz sentido o próprio JD poder escolher que eles irão caçar um humano e depois vencer com a desistência de Alcide. É justo isso? Achei que existissem algumas regras ou alguém mediando a competição. Essa trama dos lobos precisa ganhar vida urgentemente (também ainda não simpatizei com a namorada do Alcide).

Quem ainda não conseguiu o espaço merecido foi Tara. Até Pam parece estar muito apagada esses dias. Todas as cenas entre as duas tem sido ótimas, mas muito curtas. Por ficarem presas no Fangtasia e longe da ação dos outros vampiros, parece que elas só conseguem estas cenas desconexas de conhecidos antigos da Tara indo visitá-la (no episódio passado foi a mãe, nesse foi a colega de escola preconceituosa). Fiquei muito surpresa quando Pam deu a Tara a satisfação de se vingar dos comentários racistas da “amiga”. Acho que eu também não conheço Pam o suficiente para diferenciar quando ela está feliz ou zangada. A sintonia entre as duas está ótima, mas precisa sair um pouco do ambiente do Fangtasia.

Sookie continua na busca pelo assassino dos seus pais. Pois é, obsessão define. Mas deve ser muito duro perder os pais de forma tão violenta, então vou dar um desconto. Após ter sido convencida por Jason a manter seus poderes, ambos foram tentar conseguir mais informações com as fadas. Todos voltaram à ponte já que Sookie, por ter uma ligação muito forte com a mãe, poderia reviver suas lembranças do acidente e tentar identificar o vampiro que os atacou. Só que, durante o flashback, a ligação da fada passou de sua mãe para o vampiro que estava atacando, que descobrimos se chamar Warlow (todos comemoram por não ser o Russell!). Achei essa virada interessante, só espero que eles dêem uma explicação para isso ter acontecido (e também para o fato deste vampiro ter voz de vilão da Disney).

No campo dos vampiros, sem muitas novidades: Nora e Salome continuam malucas; Eric continua relutante (e o único sensato do grupo); o vampiro aficionado por bebês continua assustador; e Russell e Newlin continuam flertando. Bill é a única incógnita. A princípio ele demonstrou que, assim como Eric, estava se livrando dos efeitos do sangue de Lilith e vendo como estavam agindo de forma absurda. E então, no final, ele solta aquela bomba com a ideia de interromper a venda de True Blood para obrigar os vampiros a se alimentarem de humanos. Qual é a dele, afinal? Vocês acham que ele está tentando sabotar os Sanguinistas ou ele realmente foi para o lado negro da força?

Ao todo, achei esse episódio um pouco cansativo. Não chegou a me incomodar, mas quando os cinquenta minutos parecem uma hora e meia, é porque a coisa não foi tão legal. Mas tenho muita esperança de que o próximo, Everybody Wants to Rule the World, será ótimo. Afinal, com um nome desses, ele tem tudo para ser bom.

E vocês, gostarem do episódio? Algum palpite sobre quem atacou Hoyt? O que acharam deste destaque aos personagens secundários? Deixem seus comentários.

A quote da semana só poderia ser da diva:

“You don’t know me that well, my mad face and my happy face are the same.” – Pam

 

 

 

 


Maura

Rio de Janeiro / RJ

Série Favorita:

Não assiste de jeito nenhum:

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