Scorpion, que teve o piloto exibido no último dia 22, é uma das grandes apostas da CBS para esta fall season. O drama procedural produzido por Alex Kurtzman e Roberto Orci é inspirado na história real do gênio irlandês Walter O’Brien, e mostra um grupo de super dotados agindo em parceria com o governo americano para evitar catástrofes em território nacional.
O episódio começa com um batalhão invadindo uma casa simples na Irlanda atrás do procurado hacker Scorpion, mas o que eles encontram é apenas um garotinho de mãos trêmulas e um “humilde” QI de 197. Recrutado por Cabe Gallo (Robert Patrick, de True Blood), ele passa alguns anos auxiliando o governo dos Estados Unidos através do seu talento com a tecnologia.
Mais velho, Walter (Elyes Gabel) leva a vida consertando wi-fi de lanchonetes e tentando emplacar sua própria empresa de tecnologia, a Scorpion, ao lado de um grupo de gênios com diferentes talentos. Só que QIs altos não pagam contas e eles precisam resolver a própria matemática financeira antes de criar o algoritmo mágico que salvará o mundo. É quando Gallo procura novamente o hacker para solucionar um problema de comunicação na aviação que pode acabar com milhares de vidas.
Daí você imagina: um grupo de nerds resolvendo um caso de segurança nacional em uma lanchonete, auxiliados por uma garçonete (Katharine McPhee, de Smash) através de soluções mirabolantes que lembram algo entre Dr. House e MacGayver. Como isso pode funcionar? Não sei, mas juro que funciona.
O caso fica mais complicado a cada minuto e em determinado momento você pode acreditar que está assistindo “Velozes e Furiosos: Vale do Silício”, mas não consegue desgrudar os olhos da tela porque, de alguma forma, toda aquela loucura faz algum sentido. Ao conseguir solucionar o problema, Walter se redime por um grande problema do seu passado que dissolveu sua parceria com o governo americano.
Scorpion poderia ser apenas mais um procedural, mas a ação e a tecnologia dividem o tempo com um assunto bastante sensível e muito mais interessante: Ralph, o filho de Paige. Ele é um menino quieto e considerado deficiente, mas na verdade é outro pequeno gênio que desperta imediatamente a empatia de Walter. As interações com e sobre ele foram, sem dúvidas, o ponto alto do piloto.
Apesar de falar sobre pessoas super dotadas, o público não deve esperar grande complexidade no roteiro de Scorpion. A proposta da série é de entretenimento e isso ela consegue entregar. Os números são animadores: a estreia marcou 3.3 na demo e foi assistida por 14 milhões de espectadores. Se você não curte o gênero, dificilmente vai ser fisgado por Scorpion, que não traz nada de tão inovador, mas ela é um prato cheio para qualquer nerd!
Algumas observações:
– O pequeno Walter diz que queria plantas dos foguetes para colar nas paredes, mas analisando sua forma de lidar com a namorada , fica óbvio que o mini-Scorpion estava era querendo um foguete para voltar para Vulcano.
– Katharine McPhee tem limitações como atriz, mas é sempre tão bom vê-la na tela! Paige é a emoção que falta em Walter e eles funcionam muito bem juntos.
– Cabe mostrou no passado que não é flor que se cheire, então é possível que volte a escorregar em algum momento.
– Na Comic-Con deste ano, o Walter O’Brien da vida real revelou que dirige uma empresa que auxilia pessoas superdotadas e que espera que a série faça essas pessoas se reconhecerem e buscarem ajuda, porque ser um gênio é um caminho muito solitário. Bacana, né?
E você, leitor? Curtiu ou ficou curioso para conferir o novo clube de gênios da CBS? Deixe seu comentário e não perca as reviews aqui no Apaixonados por Séries!