Apesar de parecer mais fácil, um episódio muito bom nos dá mais dificuldade de falar, exatamente por não saber como começar ou por onde começar. The Originals foi coesa mais uma vez e conseguiu explorar a melhor de suas dinâmicas: a relação parental entre os membros da família Mikaelson. Uma série que foi fundamentada em cima de poucos pilares dessa família, ganha agora reforços importantes e que restabelecem possibilidades infinitas, afinal só vimos todos os Originais juntos por pouco tempo lá em Vampire Diaries. Mas talvez o fator mais importante desse episódio tenha sido aquele que não aconteceu: Esther. O silêncio da bruxa foi mais barulhento que uma luta sanguinária entre lobos e vampiros. Foi um silêncio que só clareou uma coisa: tudo está para explodir em breve.
Diante da volta de Rebekah (personagem mais que querida e com Claire Holt mais gata do que nunca), muito do drama em cima do nascimento de Hope (Deus do céu, que neném linda) acabou por voltar a tona – mas deixemos isso de lado por hora. O interessante no reencontro com a irmã Mikaelson remanescente comprovou o que todos nos temíamos: Elijah está fora de controle. Claramente as memórias que Esther o fez relembrar ainda mexem com seu cerne de uma maneira incontrolada, desenfreada. Elijah se tornou um estripador – todas as mortes desnecessárias na lanchonete não só comprovam isso, como podem ser o pontapé inicial para uma mudança de lado do mais fino dos Mikaelson. De verdade, apesar do seu amor desmedido por Hope e Klaus, a falta de controle sobre si pode fazer com que Elijah acabe por aceitar a proposta absurda de sua mãe e termine o dia no corpo de um mortal, dando uma nova chance para uma “vida normal”. Por enquanto são incertezas que preocupam.
Preocupam tanto quanto o desejo de Rebekah ter uma filha um dia. No seu diálogo com o irmão, Rebekah revela que o tempo que passa com Hope a faz refletir sobre a vida humana que ela nunca poderá ter (vale lembrar que lá na 4ª temporada de Vampire, a personagem era uma das mais ensandecidas na busca pela cura do vampirismo). E claro que isso não foi a toa – minha preocupação toma forma pelo afastamento de Claire da série, afinal a sua passagem para o corpo de outra pessoa seria uma bela forma de manter a personagem, sem precisar da atriz. Espero muito que isso não aconteça de fato, apesar de acreditar que talvez seja o caminho mais provável a seguir. Só que aqui entra mais uma jogada da silenciosa Esther: o corpo que habitará a filha já foi escolhido e responde pelo nome de Cami, nossa conhecida e destemida humana. Confesso ter achado bem suspeito que o sequestro do final do episódio fosse sem propósito algum, só que a descoberta dos planos da bruxa original me assustaram um pouco. Cami é uma personagem interessante o bastante para se manter na série, mas a possibilidade de Rebekah usar seu corpo é interessante para o trabalho que atriz terá de fazer. E como Vincent/Finn apontou, ela é perfeita para o “cargo”: sem família, amigos, história. Basta sabermos se ela realmente acabará passando por isso ou Rebekah vai se manter vampira por mais um tempo.
O aprisionamento de Finn e Kol acabou por se revelar bem mais interessante do que os prognósticos apontavam. Finn foi o pé no saco que sempre é, mas revelou para Klaus a verdadeira história por trás da caçada de Hope, o que prepara o terreno e o híbrido para o que está a caminho (#vemlogoDhalia). Na interação dos dois, o nome de Freya foi citado de novo, o que me faz acreditar que essa Original anda por aí, só esperando para aparecer (talvez habitando o corpo de alguém?). Mas tirando isso, Finn acabou no caixão, que é o lugar que ele merece – não sei se ele morreu de fato, porque agora ele é humano mas Esther pode ter feito algo para protegê-lo. Do outro lado, Kol escolheu o caminho mais óbvio e concordante com aquilo que sentia. Por trás de toda a maldade de suas ações, só se escondia o seu desespero por atenção da família – que parecia o desprezar. Agora Klaus, Kol, Elijah e Rebekah se juntam em uma luta contra seus pais (vale lembrar que apesar de um pouco sumido, Mikael anda solto por aí). Davina até que tentou ajudar Kol (apesar de ainda negar seus sentimento), mas acabou, mais uma vez, nas mãos de Klaus devido a situação de Cami. Olha, eu comecei odiando a Davina na série, depois ganhei uma simpatia com toda a história da Colheita, só que ultimamente ando achando ela bem chatinha com toda essa coisa de querer derrubar o Klaus, sendo que ela é tão conturbada e sem propósitos quanto qualquer um de seus inimigos.
No mundo dos lobos, algumas descobertas foram realizadas, estas que podem mudar completamente a dinâmica desses seres no French Quarter. Os diários de Ansel acabaram por revelar que muitos dos mitos poderiam ser verdade e Hayley, precisando de algo que desse certo de verdade, acabou por apostar todas as suas fichas naquilo que pode salvar sua espécie: o casamento com Jack. Eu achei meio bizarro isso de dissipar as habilidades para todos presentes na cerimônia, mas vai saber o que acontece nesse ritual, né? O problema é que o casamento tem que ser consumado (vai rolar canguru perneta) e, por mais que esteja tudo diferente, Hayley sentiu que esse momento mudaria completamente a sua relação com Elijah, porém foi impossível avisá-lo, o que promete complicar ainda mais as coisas e talvez leve Elijah mais profundamente para a escuridão. Esperemos que ele acorde a tempo de ser comunicado, porque senão nem quero ver o que o estripador pode fazer com quem estiver na sua frente. O ponto importante é que se a promessa de Dhalia for verdadeira, ninguém está a salvo.
O próximo episódio é o mid-finale e só vai ao ar no dia 08/12, prometendo o reencontro de Klaus e Hayley com Hope, com certeza um momento muito emocionante. Além disso, teremos a união entre Esther e Mikael para derrubar os filhos. Portanto, preparem-se! Se liguem no vídeo promocional abaixo e não deixem de comentar com a gente o que acharam!
