Mais uma vez, vou sentir prazer em escrever sobre The Vampire Diaries! Black Hole Sun foi mais um em de uma sequência de bons episódios, que o sexto ano vem nos entregando. Será que os roteiristas ouviram as nossas preces e estamos presenciando renascimento da série que já sambou tanto, e teve só uma fase ruim nas últimas duas temporadas? Vou ser repetitiva e dizer: Estou muito otimista!
Com um ótimo ritmo, lembrando as primeiras temporadas, o episódio já saiu respondendo um monte de perguntas e abrindo um leque de caminhos para seguir. Agora basta os roteiristas e produtores não serem preguiçosos e usarem bem as possibilidades que eles têm em mãos. Acha que eu estou exagerando? Leiam a minha análise fática e me digam se eu estou errada. Prontos?
Já vou começar com o que foi pra mim o maior bafão do episódio: Descobrimos mais detalhes sobre o recém chegado Kai. O personagem foi introduzido em uma eletrizante cena, tentando matar Damon, e fez com que a Bonnie conseguisse fazer jus ao seu sobrenome Bennet, voltando ao rol das bruxas poderosas! Damon e Bonnie estavam quase que conformados em ficarem presos nessa desolada Mystic Falls dos anos 90, e aí do nada ele aparece. Todas as teorias sobre a “dimensão” em que o trio está em preso caíram por terra! Não é o inferno de Bonnie ou Damon, é o de Kai. O jovem pertence à um clã de bruxos, os Geminis de Oregon, e sofria muito bullying por ele não ser exatamente um bruxo (vou me referir ao personagem como também como aborto – no universo de Harry Potter, assim são chamados aqueles de família bruxa que não possuem poderes). No dia 10 de maio de 1994, ele matou seus irmãos mais novos, com requintes de crueldade e seu coven o condenou a viver o mesmo dia para sempre e sozinho.
Vocês também tão amando o personagem? A forma com que ele jogou e manipulou Damon a contar o que ele fez naquele dia, só de sacanagem com o vampiro? Tivemos um flashback dos anos 90. E todo mundo que ama The Vampire Diaries adora flashbacks! Os anos 90 nunca tinham sido abordados e nós ficamos sabendo como foi o último encontro entre os irmãos Salvatore antes do retorno de Damon – “Hello Brother”– no episódio piloto da série. – Descobrimos que em 10 de maio de 1994, Damon reaparece a mansão/pensão Salvatore, onde na época morava o Tio Zach e sua esposa grávida, Gail (olha informação nova aí.), em uma tentativa de reconectar-se com o irmão depois de 50 anos separados, convidando-o para um road trip. O vampiro afirma sua vontade de recomeçar e que até teria mandado flores para Lexi, afinal ele deixou ela para morrer na laje em Nova Iorque. Stefan, cabreiro, o acolhe novamente. Mas obviamente ele não se comportou, tirando a verbena da dieta do tio e da esposa, para poder alimenta-se em doses homeopáticas de sangue humano, afinal Damon nunca se apeteceu com esquilos e coelhos. Obvio que Stefan percebe, interrompe o flerte do irmão com Liz Forbes, durante uma social na pensão, para assistir ao eclipse – Sim! Maravilhoso poder ver a atual xerife de Mystic Falls super feminina, mostrando fotinho da Caroline bebê – “Caroline’s high maintenance, but she’s worth it.” . Amei! – Vai ver por isso os dois se conectaram tão facilmente quando Damon se fingiu de homem de família fundadora na primeira temporada.
Depois de Damon compelir a futura xerife à esquecer de tudo e voltar para casa, como de costume entre os vampiros, teve o pescoço quebrado pelo o irmão, que retirou também seu anel deixando-o de castigo perto de uma janela. Bad Damon! E por conta disso, magoado, ele consegue sair (por se alimentar de sangue humano ele é mais forte) e mata todos que estão hospedados na pensão, inclusive sua “tia” grávida. Foi aí que ele prometeu infernizar Stefan para sempre, vomitando todo seu ressentimento por ser transformado em vampiro conta sua vontade para que ele não passasse a eternidade sozinho, mas quando Damon saiu matando pessoas, foi abandonado. Stefan fez com que Zach esquecesse da esposa e das mortes – “An eternity of misery, Brother. Just like I promised.”.Os irmãos Salvatore saíram da cidade depois disso.
Ficamos cientes que Damon matou o tio Zach, depois de 15 anos, pois ele era um lembrete ambulante da atrocidade cometida por ele. O que comentar disso tudo? Eu realmente achei demais eles desenterrarem o “último” Salvatore humano, e o fato de podermos ficar sabendo mais sobre o relacionamento dos irmãos. Esse gancho, pessoal? Entendemos toda tensão entre os dois no começo da série. Focar na história de Stefan e Damon é um dos recursos que a série tem para acertar. E eu simplesmente amo saber mais sobre eles no período depois de Katherine e antes de Elena. São séculos de história!
E que sacada inteligente foi essa de o pequeno genocídio de Damon ter se dado no dia do eclipse, que por ser um evento forte da natureza, possibilitou que o clã de Kai o banisse, usando um objeto místico chamado Ascendente – que o aborto disse estar em Oregon, para testar a capacidade da mágica de Bonnie, com o feitiço localizador. Agora Bonnie toda poderosa está em dúvidas se vale a pena levar Kai, pois ele quer acabar com o que começou. Mesmo tendo ficado estremecida com ao saber dos atos de Damon, ela sabe que ele mudou. Mas o aborto Gemini é um serial killer, que revela ao final a sua capacidade de consumir o poder dos outros. Ou seja, ou eles voltam os 3 juntos ou ele suga Bonnie todinha, matando Damon em seguida e volta sozinho.
Agora, porque a Vovó Bennet meteu os dois nessa cilada? Não tinha uma dimensão mais legal pra coloca-los? Tipo na final da Copa do Mundo de 1994? Precisava ser no inferno criado pelos Gemini para punir seu ente mais insano? Existe alguma relação entre os clãs?
Só sei que, mesmo que ele não viva muito tempo (estamos falando de The Vampire Diaries, afinal), o personagem Kai, pra mim, já pode ser considerado um dos melhores e mais complexos personagens introduzidos na série. E eu espero que deixem ele tocar o terror por mais tempo. Eu não conhecia o ator Chris Wood, além de um colírio, ele é sensacional. Me lembra um pouco o Kol, mesmo sendo completamente wild and free, é carismático. E o poder dele, um bruxo ao contrário? Bela adição, quero conhece-lo mais profundamente.
Uma coisa que eu comentei na última review foi sobre a forma inteligente de alternância das “realidades”, Damon e Bonnie querendo voltar, o restante dos personagens querendo recomeçar, e até o flashback do Damon complementou a narrativa sobre a dificuldade de seguir em frente.
Em Mystic Falls vemos todos os personagens em busca de Sarah. Patrulhando os limites da cidade, Stefan e Elena não encontram nada. O irmão Salvatore resolve então dar um perdido na vampira, tentando sair de fininho e ir para algum novo lugar atrás de uma nova vida. Ele confessa a Elena, que por ser um vampiro, ele precisou se reinventar ao longo dos anos. Mudar de cidade, criar nova identidade, para poder viver o mais “normalmente” possível. Mas Elena, “muito sábia”, conclui que ele só está fugindo e não vai ser feliz, por não ter realmente superado a perda de Damon.
Creio que o pessoal Stelena vibrou com a interação entre os dois. Elena combina que se ele provar que realmente consegue ser feliz, ela para de pedir para ele ficar. Olha, nessa altura do campeonato eu não me incluo muito na richa Delena x Stelena, pois quero o que é melhor para o desenvolvimento da série. Achei interessante a vontade dela em ajudar, sem ter o peso de Damon nas costas. Foi didático as explicações dadas pelo vampiro sobre como lidar com a eternidade, aliás ele devia ter feito isso com ela desde a 4ª temporada, né?- “Elena, minha jovem vampira, se você ta achando que tá difícil com 2 anos de vampirismo, daqui a 100 anos você vai encarar as mudanças, tanto das pessoas ao seu redor, como do mundo, com mais naturalidade.”-. Mas obviamente toda conversa não deu certo, pois depois de a vampira se dar por convencida e deixar Stefan seguir em uma “nova jornada”, ele se mete em confusão no bar com um cara. Creio ser o irmão do chefe dele na oficina, não ficou claro. Ele deixa que o cara enfie a porrada nele, parecendo sentindo prazer na dor.
Obviamente uma jaqueta esquecida é a desculpa para Elena reaparecer, despachar o caipira, e jogar na cara de Stefan que Damon não vale o sofrimento. Nesse momento, rapidamente outro plot se “conclui”. O ex-namorado da moça joga na cara dela que ela é a última pessoa no mundo que pode falar de superação, ao passo que ela precisou apagar tudo de bom que Damon fez por ela, para conseguir seguir com a vida. A maneira encontrada por ele para lidar com o luto estava funcionando, e já era bom o suficiente para alguém que perdeu o irmão – “Damon inspired you. He pushed you to own the darkest parts of yourself, and when you died he was the only one who could make you feel alive again and you made him feel human. You love Damon for the same reasons I love Damon: Because in spite of every single thing that he did, we couldn’t live without him. And now you don’t have to, but I do.” – Confesso que agora estou muito mais ansiosa para o reencontro entre Stefan e Damon. Repito, investir no relacionamento dos dois é um coringa para a série.
Obviamente Elena vai atrás de Alaric, que a entrega uma carta escrita por ela mesma antes de ter a memória resetada. Eu achei a cena simples e tocante. A nova Elena sabe que ela e Damon se amaram, mas opta por continuar como está, afinal, é a chance dela tentar ser feliz. Gostei disso, mas como vai ser quando Damon voltar? Ela vai optar por não amá-lo novamente?
Enquanto isso vemos Alaric cuidando do Jeremy com ressaca (me identifiquei) e não conseguindo notar o flerte de Jo, ao se deparar com sangue no hospital. Rick está tendo dificuldades e ninguém nota. Já não era sem tempo dele aparecer mais, vide que 11 em cada 10 espectadores de The Vampire Diaries clamavam por sua volta. Ele merece muito mais do que ser tutor dos irmãos Gilbert. E olha que eu amo a ‘família’ construída pela tragédia, mas Rick tem muito a oferecer. Vibrei com ele dando um taca le pau em Jeremy, que continua de badtrip pela morte da namorada. Acho que nem com Damon ele foi tão sincero e espero que Jeremy tenha tirado algo do desabafo do amigo.
Quando o pequeno Gilbert chega na mansão Salvatore, outra revelação: Sarah não tem nada a ver com Bonnie, ou Alaric e etc. Stefan, nos idos de 1994, levou a esposa do tio para o hospital, mas saiu de lá sem saber que os médicos conseguiram salvar a bebê. Ou seja pessoal, ela é um Salvatore! Ela ainda não sabe que o pai que ela procura está morto e que tem dois “tios” vampiros. Mas prevejo que a personagem ganhe alguma importância, tendo em vista sua linhagem. Quero ver logo como ela vai se posicionar, afinal ela é de uma das famílias fundadoras. Tripp já sabia disso? Ou o interesse dele era só o fato dela ter sido mordida por um “cachorro”?
Finalmente Matt está sendo útil! Ele se faz de João sem braço e tenta se aproximar de Tripp, e acaba descobrindo que o homem também foi afetado pelo feitiço que assola a cidade. Ele saiu de Mystic Falls por conta da morte da esposa, que teria falecido em um acidente de carro provocado por ele. Mas ao cruzar de novo a fronteira da cidade, ele se depara com a realidade: Ela foi morta por um vampiro, e ele quer vingança. Enzo está sendo mantido como prisioneiro até que ele revele quem são os outros da sua espécie que rondam a cidade. E agora Matt está envolvido em um cabo de guerra, pois Tripp confia nele seu segredo. Se ele abrir a boca para a Xerife Forbes, creio que o Sr. Fell não vai aceitar muito bem. Enzo vai precisar de uma mãozinha para sair dali. Creio que vamos ter essa situação resolvida logo, logo. Tripp está motivado! Será que o vampiro que matou sua esposa é um personagem que conhecemos?
A única coisa que eu achei completamente desnecessária no episódio foi Ivy aparecendo como uma vampira para Stefan. Me diz aí, realmente precisávamos disso? E em que momento ela bebeu sangue de vampiro? Será que foi no lapso de tempo em que Stefan saiu da sala e se deparou com Enzo prestes a matá-la. Não curti. Não quero que isso atrapalhe o enredo da temporada que está sendo desenvolvido de uma maneira muito satisfatória.
Chego no final da Review, concluindo que Black Hole Sun nos deu várias respostas e abriu novas possibilidades para os rumos da temporada. Novamente, o mais interessante foi assistir Damon e Bonnie lidando com Kai. O mistério sobre o motivo deles terem sido mandados para Mystic Falls de maio de 1994, aliada ao desenvolvimento da relação #Bamon é gostoso demais de assistir. Damon e Bonnie sempre viveram às turras, e conviviam por causa da Elena e agora eles realmente se importam um com o outro – “We might be having a bit of a disagreement, but don’t ever lay a hand on her.”. Como não amar?
Assista agora a promo de “The World Has Turned and Left Me Here”, que vai ao ar dia 30 de outubro.
ps: O que foi o desabafo de Stefan e Damon em 1994, antes dele matar a mãe de Sarah? Stefan já chegou colocando banca “In 1912 you convinced me to drink human blood which is why I became a Ripper. In 1942 you almost pushed me off the rails again because you were so damn needy. In 1977 you left my best friend to die after I sent her to come help you. And now, I’m finally happy — I have a new life, I’m doing well and you just can’t handle that can you, Damon?”, e o irmão responde no ato “In 1912, I showed you who were Stefan. In 1942 I gave you your freedom. And in 1977 I almost killed your best friend because it should have been you there to help me, Stefan. You owe me and it’ll take you an eternity to pay me back.”.
Elena e Katherine não são as maiores questões na vida deles. Por mim poderia ter um especial somente sobre a vida dos dois. E o desespero de Damon implorando para Bonnie, falando que ele precisa voltar não só para Elena, mas também para o irmão. =(
Ps¹: Mais flashbacks! Não só dos Salvatore, mas de todos os personagens! Adoro!
ps²: Caroline não apareceu. Elena mencionou que a loira está atrás de Enzo.
ps³: Quem sentiu falta do Tyler??
Me contem o que acharam do episódio. Concordam comigo ou não? Fiquem a vontade para fazer suas observações.
Até o próximo episódio!
