Chegamos à fase do sangue em The Voice. Ok, talvez eu esteja sendo um pouco dramática demais. Embora não sejam batalhas no sentido mais literal e violento da palavra (ainda bem!), concordo com Blake que essa é a fase mais dramática do programa. Sempre fico curiosa para ver os pares que serão formados e tenho expectativas altas de ver cada participante dando o seu melhor dentro da arena. O momento antes de anunciarem o vencedor então… é tensão pura!
Meu plano inicialmente era de fazer uma review separada para cada episódio, mas como o programa de terça-feira conseguiu em 45 minutos exibir somente três (!!!) batalhas, optei por fazer uma por semana. Ao todo tivemos 12 batalhas, ou seja, metade dos candidatos já batalharam, mas só tivemos a oportunidade de ver nove delas. Normalmente não reclamo muito da enrolação da edição do programa. Dessa vez não tem como resistir. Eles podiam diminuir um pouco os VT’s da preparação e encaixar um número maior de batalhas por episódio. Se formos contar os minutos perdidos com recapitulações (ou do programa anterior ou até mesmo do bloco anterior), veremos que muito tempo é perdido, o que traz como consequência o corte de batalhas inteiras que são reduzidas a segundos de exibição. Infelizmente essa é a estrutura adotada pelo programa desde a sua primeira temporada e se nossas reclamações não foram atendidas até agora, acho difícil elas funcionarem dessa vez. Mesmo assim o desabafo é necessário.
Outra reclamação que tenho esta semana é referente aos assistentes dos técnicos deste ano. Não tenho nada contra nenhum dos artistas escolhidos, que são: Hillary Scott do Lady Antebellum no Team Adam, Joel Madden do Good Charlotte no Team Shakira, Pharrel Williams no Team Usher e Sheryl Crow no Team Blake. Só que eles contribuíram muito pouco ou quase nada para o programa. Hillary entrou muda e saiu calada, Pharrel teve pouca oportunidade enquanto Usher se empolgava sendo o professor rigoroso. Os únicos que se expressaram um pouco mais foram a Sheryl e o Joel (esse nem apareceu muito já que a Shakira só teve uma batalha mostrada, mas já gostei da interação entre os dois), mas nada que tenha engradecido o programa.
Depois das críticas, vamos ao que realmente importa e que é diversão garantida, as batalhas em si. Não me importei muito com a ordem delas, preferindo dividí-las por times:
Team Adam
Amber Carrington x Sasha Allen: Try – Pink
A batalha surpreendente. Sasha, umas das favoritas do Team Adam, perdeu a batalha. Quem imaginaria isso? Tudo bem que esse time tem tantos favoritos que fica um pouco difícil fazer previsões, mas eu realmente não esperava por isso. Porém, vendo a performance de Try que as duas fizeram, tenho que admitir que a vitória de Amber foi muito justa. Ela captou bem mais o espírito da música e, embora seja uma cantora predominantemente country, fez com que a sua voz se encaixasse perfeitamente nela. Esse não foi o caso de Sasha, que nos mostrou o mesmo poder vocal que vimos em sua audição, mas não conseguiu adaptá-lo tão bem a uma canção pop. E como também acho que versatilidade é muito importante para um artista, concordo com a escolha de Adam. O bom é que essa foi uma daquelas batalhas com final feliz, já que Sasha foi roubada para o Team Shakira (o Usher bem tentou, mas finalmente alguém deu preferência para a única mulher do painel).
Judith Hill x Karina Iglesias: It’s a Man’s Man’s Man’s World – James Brown
A batalha épica. Se as outras batalhas podem ter nos decepcionado um pouco no quesito empolgação causada, esse não foi o caso de Judith contra Karina, que entra facilmente na lista de batalhas históricas do programa. O engraçado foi Adam ter colocado Karina na linha de frente da guerra, pronta para levar chumbo de Judith, e ela ter nos surpreendido daquela forma.Desde a audição da latina eu sabia que ela seria enviada para o sacrifício, só não sabia que seria contra a mais forte do time. Não sou muito fã desta música, mas acho que era só por ainda não ter ouvido a versão certa. Até isso elas conseguiram, me fazer gostar da música. Achei que ambas foram perfeitas e, embora fosse óbvio que Adam iria escolher Judith, fiquei extremamente satisfeita de Karina ter ido para o Team Shakira, que era onde ela deveria estar desde o início. Só achei estranho a colombiana ter sido a única interessada, mas acho que Karina a escolheria de qualquer jeito. E quem mais ficou feliz em ver a satisfação da abuelita da Karina com a aprovação da neta?
Michael Austin x Warren Stone: My Kinda Party – Jason Aldean
A batalha Chicago Fire. Não sei se foi proposital da NBC para promover a sua série, mas essa batalha frisou bastante a rivalidade entre policiais (Michael) e bombeiros (Warren). No final quem levou a melhor foram os bombeiros. Embora levando em consideração somente as blinds eu ache Warren realmente o melhor cantor, achei a voz dos dois tão parecida durante a batalha que não saberia escolher. Talvez para uma pessoa que não seja leiga como eu tenha ficado mais claro a diferença entre eles, mas para mim era quase como se fosse um só cantor. É por isso que country não me agrada muito, acho a maioria dos cantores com um timbre de voz muito parecido. Não é como nos demais estilos musicais, que podemos observar uma variedade maior de vozes. Acredito que o country no geral seja um estilo que não permita muita liberdade. Independente das minhas opiniões pessoais sobre o estilo, fiquei feliz de Warren ter permanecido na competição, e fico curiosa para ver como Adam trabalhará com ele no futuro. Isso significa que demos adeus a Michael (alguém mais ficou impressionado que eles não utilizaram a história do tumor nos seios paranasais nas blinds dele?).
Tirando a eliminação de Sasha, o que aconteceu no Team Adam essa semana já era de se esperar. Achei que ele fez pares bem interessantes e usou seu primeiro steal de forma inteligente. Embora eu não esperasse que ele fosse manter dois artistas country em seu time, vi tanta versatilidade na voz de Amber que acho que ela não terá restrição em explorar outros estilos, e nós sabemos que isso é algo que agrada o Adam. O líder do Maroon 5 foi o único dos técnicos que não teve nenhuma batalha cortada. No final, essa é a posição do Team Adam até agora: Amber Carrington, Judith Hill, Warren Stone e Caroline Glaser, sendo que a última foi roubada do time de Blake. Como o próprio ex-técnico da garota declarou, também acho que essa combinação de Adam e Caroline pode ser perigosa e dar trabalho para os demais.
Team Shakira
Garret Gardner x J’Sun: How You Like Me Now? – The Heavy
A batalha do queridinho da Tia Shak. Ao fim desta batalha, fiquei com a impressão de que o Garret teria que ter feito muita besteira durante a apresentação para não ter sido escolhido. A própria Shakira admitiu que tem uma queda pelo menino. Não que isso tenha me incomodado, gostei do resultado da batalha. Mas devo dizer também que J’Sun foi uma agradável surpresa. Achei que ele cantou muito bem e que sua voz tem aquela versatilidade toda que a sua treinadora tanto elogiou. Por isso o ideal seria que alguém tivesse roubado J’Sun, mas infelizmente isso não aconteceu. Pelo menos poderemos ver a evolução de Garret ao longo das semanas, já que, como o próprio Blake salientou, o Garret da batalha já estava a anos-luz de distância do cantor da audição. Outro ponto positivo foi podermos pelo menos conhecer a voz de J’Sun, vantagem que nem todos os outros candidatos que fizeram parte das montagens das blinds tiveram. Só uma curiosidade: alguém consegue ouvir essa música sem lembrar do Tony Lucca na segunda temporada?
Uma das batalhas ocorridas no Team Shakira essa semana não foi mostrada por completo: Tawnia Reynolds contra Mark Andrew cantando The Chain com vitória da cantora. Fiquei triste por Mark ter sido eliminado e por não termos a oportunidade de vê-lo cantando mais uma vez antes que isso acontecesse. O clip da batalha foi tão curto que não tem nem como avaliar se a vitória de Tawnya foi merecida. Shakira foi a primeira técnica a acabar com os seus steals, utilizando os dois no primeiro episódio. Não acho que Shakira tenha se precipitado já que, como disse antes, era natural que ela e Karina deveriam ficar juntas. E também não tínhamos como nos despedir de Sasha tão cedo na competição, sendo essa uma grande vitória de Shakie para o seu time. É bom ver que Adam está dividindo o seu time maravilhoso com a sua vizinha de bancada, já que ambas artistas foram roubadas do time dele. No final, esta é a posição do Team Shakira (que está ficando muito bom): Tawnia Reynolds, Garret Gardner, Karina Iglesias e Sasha Allen.
Team Usher
Jess Kelner x Taylor Beckham : You Know I’m No Good – Amy Winehouse
A batalha que não deveria ser. Não sei bem dizer o porquê, mas não gostei muito dessa combinação feita por Usher. Talvez seja só a minha implicância com Taylor falando (que continua firme e forte, ou seja, não entendi até agora por que Blake gastou um de seus steals nela), mas achei que nenhuma das duas fez jus à música da Amy. Sei que esse é um padrão difícil de alcançar, mas aquela questão do “contar uma história” que eles tem ressaltado tanto nestas batalhas se perdeu totalmente nessa música. Elas poderiam ter colocado uma carga dramática na voz ou terem sido mais performáticas, qualquer coisa que nos ajudasse a acreditar que elas “não valiam nada”, como diz a música. Mas deu para perceber que as duas tem estilos bem diferentes e nenhum deles se encaixa muito bem nessa música, por isso achei a batalha equivocada. De qualquer forma, achei que a Jess mereceu vencer, gosto da voz dela. Só não concordei com a permanência de Taylor, mas se Blake gostou, só me resta torcer para que ele mantenha o padrão da temporada passada e elimine seus artistas roubados já nos knockout rounds.
Jeff Lewis x Josiah Howley: Roxanne – The Police
A batalha dos galãs do Team Usher, também conhecida como a batalha da bronca. Nessa batalha vimos o quanto Usher está levando a sério o seu trabalho como treinador (talvez um pouco sério demais?), usando mais uma de suas técnicas criativas (fazendo os dois brigarem pelo mesmo microfone durante os ensaios) e brigando com Jeff por achar que ele não estava tratando a batalha com a seriedade necessária. Também não sei se a escolha da música foi a melhor. Gosto muito de Roxanne, mas concordo com Shakira que essa não é uma música das mais fáceis. Não cheguei a achar a batalha ruim, só achei que nenhum dos dois cantores impressionou o suficiente para continuar na competição. No final, Usher acabou optando por Josiah e infelizmente não consigo dizer que Jeff fará falta. Fiquei com a impressão de que, se possível, o técnico teria eliminado os dois.
Usher também teve uma de suas batalhas cortadas: Audrey Karrasch contra Jamila Thompson cantando If I Were a Boy da Beyonce. Audrey foi a vencedora. Acho que as batalhas da semana deixaram bem claro que o time de Usher, por enquanto, é o mais fraco. Os vencedores do time dele foram piores do que os perdedores de outras batalhas. Usher também tentou bastante usar um de seus steals, mas perdeu para Shakira e Adam. Ou seja, essa realmente não foi a sua semana. Também espero que ele relaxe um pouco na semana que vem. Entendo que ele está determinado a criar uma estrela da música, mas toda essa seriedade dele está começando a me deixar com saudades do bom humor de Cee Lo. O Team Usher até agora é: Audrey Karrasch, Josiah Howley e Jess Kellner.
Team Blake
Holly Tucker x Michelle Raitzin: Blown Away – Carrie Underwood
A batalha do empate técnico. Nessa batalha, Blake revelou seu critério de desempate: se ambas as cantoras tiveram um desempenho igualmente bom (ou igualmente ruim), ele dá preferência para “aquilo que ele conhece melhor”, ou seja, para o cantor country. Por mais que eu não concorde com esse critério, não acredito que essa tenha sido a real razão de Blake ter escolhido Holly. Acredito que ele a escolheria de qualquer forma, por mais que Michelle o tenha surpreendido. Holly tem uma voz muito bonita e merece continuar na competição. Assim como J’Sun, teria gostado se alguém tivesse apostado no talento de Michelle, mas pelo jeito os técnicos estão bem criteriosos no uso dos seus steals esse ano (com exceção da Shakira, que usou os seus dois em tempo recorde).
Christian Porter x The Swon Brothers: Won’t Back Down – Tom Petty
A batalha do segundo empate técnico. O resultado desta batalha já não achei tão justo. Primeiro por ter achado que Blake favoreceu os irmãos na escolha da música, já que eles já haviam escolhido Tom Petty para a sua apresentação inicial. E segundo porque via tanto potencial em Christian, que só me resta lamentar a sua eliminação precoce do programa.Preferia que Blake tivesse colocado suas duas duplas para duelar e colocasse Christian com alguém como Trevor Davis (que acabou sendo eliminado pela Grace Askew). Mas não foi isso que aconteceu, por isso tenho que me acostumar com a ideia de que os Swon Brothers foram os swinners dessa batalha. Nada contra eles, pelo contrário, gosto do senso de humor dos dois e da energia das suas apresentações. Só preferia ver mais apresentações do Christian.
Caroline Glaser x Danielle Bradbery: Put Your Records On – Corinne Bailey Rae
A batalha mais fofa da semana. As duas meninas são uma graça e parecem ter muito em comum: são bem jovens, tímidas e não tão confiantes quanto outros cantores da competição. No entanto, naquilo que está realmente em questão aqui, a voz, elas são bem diferentes. Enquanto Caroline tem um timbre bem particular e diferente, Danielle tem mais poder e alcance vocal, mas sua voz tem menos personalidade. Assim, entendo a dificuldade de Blake em escolher uma vencedora. Gostei bastante da escolha da música e achei que ambas fizeram um ótimo trabalho. O curioso foi que, após Danielle ter sido escolhida a vencedora, os dois técnicos que quiseram roubar Caroline do time de Blake foram os que não viraram as suas cadeiras na primeira apresentação da garota, Usher e Adam. E parece que eu conheço o Adam melhor do que ele mesmo (momento sonhando acordada), já que eu já tinha identificado durante as blinds o que ele só foi se tocar posteriormente: que ele e a Caroline eram um par perfeito. Apesar dos esforços de Usher (que parecia tão interessado que chegou a roubar um argumento antigo do Adam, dizendo que atearia fogo a si mesmo para que ela o escolhesse), a cantora/compositora fez a coisa certa e escolheu fazer parte do Team Adam.
Como já mencionei, a quarta batalha de Blake da semana foi Grace Askew contra Trevor Davis com a música Me and Bobby McGee. A vitória, como já era de se esperar, foi para Grace. E nos despedimos do coitado de Trevor sem nem conhecê-lo direito, assim como Jamila do Team Usher. Achei que essa semana não foi boa para o Team Blake. Não gostei das escolhas dele no resultado de algumas batalhas mas, principalmente, no uso do steal. Assim, o que eu considerava o segundo melhor time da temporada perdeu esse título para o Team Shakira (o primeiro continua sendo o Team Adam). Mas o Blake é esperto e sabe que só precisa de um para ser o vencedor. Acho que ele nunca teve o time mais forte no geral, mesmo vencendo duas temporadas do programa. A única coisa que lamento é essa sensação de que este ano ele está determinado a fazer um time country, sempre gostei da variedade de estilos que ele tentava manter. Este é o Team Blake ao final da primeira semana de batalhas: Holly Tucker, The Swon Brothers, Danielle Bradbery e Taylor Beckham.
E esta foi a primeira semana da nova fase. Semana que vem teremos mais 12 batalhas e estaremos prontos para os knockouts.
O que vocês acharam dessa primeira semana? Concordam que o Usher poderia relaxar um pouco ou gostaram dos métodos de coaching dele? Qual foi a melhor batalha?
Deixem seus comentários e até semana que vem!
