Aquele em que dizemos adeus

Pra quem não sabe, o Apaixonados por Séries existe há quase dez anos. Eu e Camila…

O que esperar de 2018

Antes de mais nada, um feliz ano novo para você. Que 2018 tenha um roteiro muito…

Todos gostam, menos eu…

Por: em 11 de junho de 2013

Todos gostam, menos eu…

Por: em

Com certeza todo seriador já passou pela seguinte situação: ouviu sobre uma série que todos estão comentando, elogiando, recomendando e resolveu conferir. Resultado: não gostou ou não achou nada de mais. Quando expõe suas ideias, muitas vezes a pessoa quase é apedrejada pelos fãs fervorosos do programa.

Nesses momentos, em que todo mundo gosta de determinada série, você só consegue lembrar da típica frase que sua mãe falava pra você: “Você não é todo mundo”. Parece ser a única coisa que explica a situação. Na lista abaixo, nós, do Apaixonados por Séries, falamos sobre alguns seriados que se encaixam na descrição:

 

Todos gostam de Castle, menos eu – por Douglas

Castle

Acredito eu que o problema seja comigo e não com a série. Deixa eu me explicar: procedurais não estão entre minhas séries favoritas e não posso opinar sobre esse estilo já que só vi no máximo três ou quatro do gênero. Entretanto, eu até gostei de Castle. Aí você pensa: “Mas então o que diabos ela está fazendo nessa lista?!”. E eu respondo: “Está na lista porque simplesmente não entendo como a série tem tantos fãs e elogios”. Vi somente a 1ª e curta temporada de 10 episódios e os casos até eram legais, mas a única coisa que me mantinha assistindo era a relação entre Castle e Beckett (e muitas vezes suas interações duravam apenas alguns minutos, e o resto era todo focado no caso). Eu até continuaria vendo, mas como são mais 4 temporadas, resolvi maratonar   seriados que mais me agradam. Entretanto, eu prometo: algum dia eu vou assistir todos os episódios e espero finalmente conseguir enxergar o porquê de todos amarem essa série.

 

Todos gostam de Game of Thrones, menos eu – por Olívia

Game of Thrones

Eu comecei a ver Game of Thrones porque todos só falavam dela, consegui ver os sete primeiros episódios da primeira temporada e só.  Tudo que eu vou falar é baseado nesses 7 e únicos episódios. O principal motivo de eu não gostar da série é o tema: não sou fã dessas histórias de tempos medievais, lutas de espada e banhos de sangue, acho que para gostar de alguma série precisa haver uma identificação com os personagens e acho muito difícil de me identificar com personagens de épocas tão distantes, ainda mais quando entra a parte fantasiosa, de dragões, monstros e etc. Outra coisa que me fez desistir de assistir foi a duração do episódio – tudo bem, esse motivo é ridículo – mas quando você esta vendo algo que não gosta muito, 10 minutos fazem muita diferença. Por outro lado, uma das coisas que mais me impressionou – provavelmente me fez ver tantos episódios – foi a qualidade da produção (como toda série da HBO) em todos os aspectos, cenário, figurino… Parecia que eu estava vendo um filme.

 

Todos gostam de Prison Break, menos eu – por Camila

Prison Break

Todos os meus amigos que gostam de séries sempre falaram muito bem de Prison Break, que quando fosse assistir deveria fazer isso nas férias, porque não ia querer parar a maratona. Eis que ganho o box com todas as temporadas e o filme, lindo. Gostei dos primeiros episódios, mas a primeira temporada foi maçante, arrastada e repetitiva. Continuei porque em algum momento deveria melhorar, ja que era tão bem falada. Cheguei na segunda temporada e realmente ela foi melhor. Mas o final me decepcionou, o modo como os personagens lidavam com seus problemas era simplista e equivocado demais pro meu ponto de vista. Não continuei. E é esta frase que sempre ouço quando comento: “Como você não viu tudo?”. Não consegui e não planejo tão cedo dar outra chance a Prison Break.

 

Todos gostam de Grey’s Anatomy, menos eu – por Cristal

greys-anatomy-9-temporada

Eu gostava de Grey’s Anatomy, de verdade. Torci pro Derek escolher a Meredith, chorei com o 007 do George, quis dar colo pra Cristina quando ela foi largada no altar, me desfiz em lágrimas com a morte do Denny… Mas o tempo passou e Grey’s Anatomy não é mais a mesma, nem de longe. Hoje a série se resume a chegada de novos internos cada vez mais chatos e as tragédias nos finais de temporada. A sensação que dá é que passamos 23 episódios esperando o que vai acontecer no 24º. E então tudo começa novamente. A implicância com Grey’s Anatomy é bastante ampliada se você resolver parar pra ver (ou rever) uma outra série médica: ER. Pelo menos 90% do que Grey’s faz hoje ER já fazia entre 1994 e 2009. Acidentes devastadores, amizades (e rivalidades) entre médicos, carreiras sendo construídas e desconstruídas diante dos nossos olhos… Estava tudo lá, muito antes de Shonda Rhimes entrar no jogo. Grey’s tem seus méritos? Certamente. Mas quem acompanhou Mark Greene, Douglas Ross, Carol Hathaway e cia, sabe que Meredith e sua turma são só um eco sangrento e cheio de hormônios do County General.

 

Todos gostam de Elementary, menos eu – por Bianca

Elementary

O maior problema de Elementary é usar da marca Sherlock Holmes para chamar atenção dos fãs e ganhar alguma credibilidade antes de se provar como série que merece uma chance por si só. Não tenho nada contra releituras de alguma série clássica, desde que sejam bem feitas, o que não é o caso de Elementary. Ter colocado o Watson como mulher, por exemplo, foi uma ótima sacada e uma mudança bem vinda aos dias de hoje, assim como a série britânica Sherlock também fez algumas trocas ótimas na versão atual. Meu problema com a série foi justamente o personagem principal. Não consegui engolir esse Sherlock tão liberal, tão despido do que é o original. Também foi péssimo ele conhecendo a Watson e logo mandando-a limpar a casa, como se esse fosse o trabalho dela só porque é assistente dele (o total oposto do que o Sherlock original faria). Não consegui passar do piloto de Elementary, mas me falaram que ela melhora muito depois disso; só que, em uma época em que temos tantas séries novas estreando e já acompanhamos tantas outras, não tenho paciência de dar tantas chances a algo que não agradou no primeiro episódio. Se Elementary fosse uma série de investigação sem ser uma versão de Sherlock, mas usando-o como inspiração (como House fez), seria muito melhor e bem aceita.

 

Todos gostam de The Walking Dead, menos eu – por Renata

The Walking Dead

Quando você não consegue chegar no final do piloto de uma série e não entende qual a comoção ao redor dela, afinal, você não suportou assistir mais de 30 minutos daquela lenga-lenga o que acontece? Você fica de fora de mais de metade dos assuntos dos seus amigos que ficam comentando as últimas peripécias de Rick, Lori, Daryl e sei lá mais quem.

The Walking Dead é ruim e não prende, não adianta dizer que tem que assistir até a metade da primeira temporada para a série ficar boa, se o encanto não surgiu no piloto, para que ficar arrastando? E o elenco sem carisma não ajuda a fazer com que eu tenha o mínimo interesse na série. Aparentemente é possível ser a melhor série do mundo mesmo que nenhum dos seus personagens mova o público. Eu não senti nada por nenhum personagem durante o piloto inteiro, só desprezo, desprezo por estar perdendo meu tempo. Mas vamos falar sobre a burrice do xerife que vê aquele tanto de gente morta – com moscas sobrevoando os corpos – e acha normal – e sério mesmo que ele não desconfiou que a menina com a pantufa de coelhinho era uma zumbi? Só em série de zumbi é que eles não conseguem reconhecer um –, vai andando e procurando gasolina ou qualquer outra coisa que ele estava procurando. Não faz nenhum sentido, qualquer pessoa com o mínimo de inteligência iria esperar o reforço policial – sendo que ele é um agente da lei – antes de explorar o campo desconhecido. Mas antes que eu me estenda muito por aqui, fãs da série, me respondam uma coisa: por que a cidade está daquele jeito? Os personagens, os tais sobreviventes, não se perguntam isso e vão vivendo a vida tentando fugir do próximo super zumbi. Por sinal, são os zumbis mais rápidos de toda a história dos zumbis ou estes são os seres humanos mais lerdos de todo o planeta?

 

Todos gostam de True Blood, menos eu – por Leandro 

True Blood

Eu tentei. Eu juro que tentei me esforçar para continuar gostando de True Blood mas a raiva foi mais forte que eu. Acredito que, diferente de alguns dos textos que temos nesse especial, eu tenha sido um dos poucos que um dia já gostou da série que está falando e, mesmo que isso signifique dar o braço a torcer, um dia a história de Sookie e Bill já me chamou atenção – até porque com personagens como Jessica, não tem como não se prender na trama. Mas com o passar do tempo tudo foi ficando tão bizarro, que a série beirava o ridículo e parecia não se ligar disso. E eu sei que os argumentos vão ser que tudo era uma metáfora para a crítica de padrões da sociedade e preconceitos tolos, mas cara, até para fazer isso, a série precisa ser muito boa e conseguir levar sua trama de maneira crível, o que, ao meu ver, True Blood não fez. Mas eu permaneci firme, até meados da terceira temporada, quando veio a grande revelação: Sookie era uma fada!!! Aí não deu mais, larguei a série e deixei na minha geladeira até então. Quem sabe um dia eu ainda não volto a ver, não é mesmo? E quem sabe até eu possa elogiar o progresso dela depois, porque, por hora, só posso dizer que até a mitologia de The Vampire Diaries é mais bem feita que aquilo. (Que venham as pedras…)

 

Todos gostam de The Big Bang Theory, menos eu – por Alexandre

The Big Bang Theory

Experimente dizer, no meio de uma roda de amigos nerds, que você, também considerado assim, não gosta de The Big Bang Theory. O estrago está feito e é imediato. As justificativas são pedidas. E eu tentei, eu juro que eu tentei. Não sei dizer se assisti a uma temporada completa, porque o que assisti foram episódios soltos exibidos na TV a cabo (de diversas temporadas) e  que não me deixaram com a menor vontade de voltar a ver aquilo outra vez e eu falo isso do alto de toda a minha “nerdisse”. Os motivos são muitos. Primeiro, a representação estereotipada de nerds que a série faz. Big Bang Theory, em termos de narrativa e de piadas, é limitada por se prender a arremedos de um estereótipo batido. Tudo na série, todas as piadas e situações giram em tornos deles serem nerds que não sabem conviver em sociedade e isso é até engraçado uma vez. Na segunda, tira um sorriso de canto de rosto e na terceira, apenas irrita. Segundo, os personagens não tem carisma e se encontram presos a papéis pré definidos, como o Leonard ser loser e o Raj ter problemas com mulheres. Terceiro, quando eles acham uma piada legal, tipo o Bazinga, repetem exaustivamente (não devo ter visto menos de 5 episódios com isso). TBBT não é uma série nerd (se querem dar esse posto a uma comédia, que seja a Community), é uma série sobre nerds, em sua mais radical representação.

 

Todos gostam de Friends, menos eu – por Laís

Friends

A série tem uma das maiores audiências da história, uma legião de fãs e é aclamada pela crítica. Pode-se dizer que Friends é praticamente uma unanimidade. Praticamente. O humor fácil e pouco crítico obviamente conquista um público maior, mas incomoda aqueles grupos que preferem as piadas mais sutis e menos simplistas, principalmente nas cenas que beiram o pastelão. Já o elenco funciona bem junto e tem uma ótima química, mas individualmente não são grandes atores e é difícil apontar performances impressionantes de cada um, dentro ou fora da série.

Claro que seria difícil conquistar quem não gosta de comédia, por exemplo, ou mesmo quem não gosta do tipo de comédia feita na série, mas até entre os fãs não é incomum ouvir reclamações sobre o desgaste nas últimas temporadas e de rumos tomados na trama que não agradaram.

 

Todos gostam de Lost, menos eu – por Marina

Lost

Ninguém nem nada conseguiu me convencer a ver Lost. Nem as 50 estatuetas dos mais diversos prêmios da televisão americana, o elogiadíssimo elenco, as super elaboradas seis temporadas, nem mesmo a presença do Rodrigo Santoro como participação especial na terceira temporada. Nada disso. E eu nunca soube explicar.

Talvez o fato da história se desenvolver através da queda de um avião tenha me já afastado um pouco dela (tenho verdadeiro pânico de voar). Depois ao saber que estariam todos os sobreviventes presos em uma ilha eu só conseguia pensar: “eles vão vestir a mesma roupa sempre?”, “e o que vão comer?”, “eu nunca vou ver uma cidade, só praia?”. Eu gosto de séries contemporâneas, modernas, urbanas, nada de roupas rasgadas e sujas por favor! E o tanto de gente no elenco? Meu Deus, acho que eu não conseguiria nem decorar os nomes. Preciso de um número limitado de personagens principais, cinco, seis no máximo, o resto tem que ser coadjuvante. Lost tinha mais de 20 personagens principais. Tá certo, muitos morrem, somem, sei lá, mas a grande maioria resiste até o final da série.

Outro fator que me afastou da série é o tamanho dos episódios e das temporadas. Para mim temporadas com episódios de uma hora tem que ser curtas, com doze, quinze episódios no máximo. A única série que abro exceção para isto é ER. Lost tinha temporadas com até 25 episódios. E o pior de tudo, são tantos segredos, tantas cenas não explicadas, tanta gente sumindo e aparecendo, não consigo suportar tanto mistério. O mistério era tanto que, pelo o que ouvi por ai, nem o final da série deixou claro para o público o que realmente havia acontecido com os sobreviventes do voo 815 da Oceanic Airlines. Mas os fãs vão me dizer que esta é a graça de toda a série. Eu concordo. Só não tem graça para mim.

 

Todos gostam de Supernatural, menos eu – por Micael 

Supernatural

Decidi dar uma chance a Supernatural depois da série virar febre entre meus amigos. Parecia que eu era o único que não assistia, então, devido à tamanha propaganda, resolvi começar a ver a série desde seu episódio piloto. Só tinha visto alguns episódios aleatórios e a série já não havia me agradado muito, mas imaginei que fosse por causa de não entender exatamente tudo que estava acontecendo, afinal pegava a trama totalmente no ar. Mas, depois de ver a primeira temporada, o coração não bateu mais forte, os olhos não brilharam, pelo contrário, a única reação que tive assistindo Supernatural foi sono. Eu gosto de fantasia, não pense que minha rejeição à série se deve ao fato de não gostar do gênero, pelo contrário, adoro mitologia e tudo o que a série aborda, mas simplesmente não consegui me apegar a Dean e Sam. Não gosto de séries em que os protagonistas passam por milhares de situações perigosas e no final do episódio sempre conseguem sair ilesos, lindos e felizes. É muito sessão da tarde para minha cabeça.

 

Todos gostam de House, menos eu – por Andrezza

House

Sempre tive uma paixão enorme por séries médicas, recheadas de dramas na vida pessoal dos médicos associadas à enfermidades de seus pacientes. ER e Grey´s Anatomy conquistam meu amor nos primeiros 15 minutos de cenas.  Mas com House, a química não rolou fácil. Talvez a arrogância do protagonista tenha despertado minha antipatia, aliada ao fato de que, na série, a doença é um grande mistério, fato irrelevante pra me prender. Sendo assim, abandonei House sem nem começar, tendo assistido apenas um episódio da série.

 

Lembramos que os textos dizem respeito à opinião de cada um e, óbvio, você não é obrigado a concordar. Então, se for um desses fãs fervorosos, lembre-se de discordar tentando não ofender a opinião do próximo. Agora nós precisamos saber: qual a série que todos gostam, menos você? Capriche no comentário.


Douglas

Possui mais séries na grade do que tempo disponível. Viciado em cultura pop, bandas indies e, principalmente, ketchup.

Curitiba / PR

Série Favorita: Seinfeld

Não assiste de jeito nenhum: Anger Management

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