Passage teve desastre natural, problemas conjugais, destaque para personagens secundários, manobras políticas e é claro, as já tradicionais elaborações de discurso. E tudo isso com agilidade e coerência, o que prova que Madam Secretary evoluiu muito na construção do seu roteiro desde o piloto.
Para o seu primeiro discurso internacional, Bess preferiu acatar a “sugestão” do presidente e trocar a Turquia pela Índia. Uma articulação política para facilitar o acesso de uma empresa americana a um mercado conturbado. Só que por causa de um terremoto todos o panorama muda e Elizabeth – com a sua eterna aura de super-heroína – acaba virando o centro das atenções por fazer parte da equipe que se empenha em reparar os danos.
A personagem é essencialmente uma “anti-política” em um dos cargos políticos mais importantes do mundo, mas às vezes tanto altruísmo causa certo estranhamento. Não que se possa duvidar da índole da Madam, pelo contrário! É que uma Secretária de Estado que se ofende porque a assessora de imprensa sugeriu usar suas boas ações na mídia é quase uma Mary Sue de um fanfic sobre a Casa Branca. Já passou da hora de colocarem algum defeito ou alguma falha em McCord.
Sorte do dia: você não é o Matt. Desta vez ele conseguiu ter azar no amor, com Daisy ficando noiva e contando isso no meio da sua declaração, e no trabalho, com a chefe falando na cara dele que não o achava comprometido o bastante, e por isso estava colocando outro em seu lugar. Pelo menos o puxão de orelha o fez acordar pra vida e escrever o melhor discurso da sua carreira, além de “salvar o dia” para as milhares de pessoas que ficariam sem o auxílio americano se eles não solucionassem o impasse com a Índia a tempo.
Normalmente a vida privada dos McCord não chama muita atenção, mas o plot da suposta infidelidade de Henry foi o ponto alto deste episódio. Ok, foi exagerado Stevie tomar um porre por causa disso, mas eu realmente acreditei que ele estivesse em um caso com a garota (no mau sentido), até porque sempre suspeitei que esse assunto seria abordado um dia. Os desdobramentos do seu retorno à NSA me deixam muito curiosa, mas não dá pra não mencionar a ingenuidade de um homem semi-famoso, que já saiu até em revista, em marcar um encontro em público com uma moça bonita enquanto a mulher está do outro lado do mundo. Se o TMZ flagrasse algo assim… adeus missão top-secret.
Algumas observações:
– Quase tivemos Madam Secretary in Brazil. Foi por pouco!
– Ooh, Alison, a filha nº 2 dos McCord se apaixonou por um garoto indiano, que interesszzzzzzzz
– Stevie é das minhas: a bebida entra, a verdade sai. Não simpatizei com a personagem no começo, mas hoje já queria até convida-la para o Deitaço no asfalto com Letícia Sabatella.
-Fiquei esperando uma dancinha no final. Que graça tem um episódio sobre a Índia sem dancinha no final?
– A trama de conspiração foi deixada um pouco de lado (até porque não cabe tudo num episódio só), mas ainda continuo desconfiando da Nadine.
– O ritmo desse episódio foi muito bom. A série pode não ser um clássico da TV, mas é inegável que tem melhorado a cada semana.
E você, leitor? De qual dos plots do episódio gostou mais? Deixe seu comentário!