Aquele em que dizemos adeus

Pra quem não sabe, o Apaixonados por Séries existe há quase dez anos. Eu e Camila…

O que esperar de 2018

Antes de mais nada, um feliz ano novo para você. Que 2018 tenha um roteiro muito…

Músicas que te fazem lembrar… Séries!

Por: em 21 de março de 2011

Músicas que te fazem lembrar… Séries!

Por: em

Algumas músicas marcam tanto uma cena que é impossível não ouvi-las sem pensar naqueles personagens daquela série… As músicas de abertura, claro, sempre vão remeter as nossas séries favoritas, mas elas decididamente não são as únicas. Há alguns momentos que, graças a trilha sonora, se tornam ainda mais marcantes, tornando inseparáveis cena e canção, pelo menos na nossa memória.

As músicas a seguir, marcantes em grandes momentos de séries, estão listadas por ordem alfabética. Mais alguma te marcou? Não deixe de nos contar nos comentários!

P.S. Em alguns vídeos, como a incorporação não era permitida, ao clicar na imagem uma nova aba será aberta com a respectiva cena no Youtube.

Breath Me

(por Guilherme)

Composição: Dan Carey, Sia Furler
Versão: Sia
Série: Six Feet Under

Alguns dos momentos mais marcantes de Six Feet Under aconteceram nos musicais que cada um dos integrantes da família Fisher vivia em sua própria cabeça. Mas esses momentos eram mais animados, contrastando na música o peso que os personagens passavam em determinados momentos. Breath Me da Sia caminha pelo lado oposto. Não contrasta nada. É o espelho da série, e por isso é tão difícil ouvi-la sem ter que segurar as lágrimas.

E quem ouve a música só não lembra de Six Feet Under se não assistiu à série até os minutos finais. A série toda a gente viu aquela família lidando tão de perto com temas tão pesados que, pros Fisher, a morte se tornava algo meio banal em meio às trocentas que eles tinham que cuidar dia após dia, episódio após episódio. ‘Breath Me‘ (junto com toda a reta final da série) nos lembra do impacto que o fim pode (e deve) ter na vida deles também. Nate, David, Claire, Ruth, Brenda… Eles são iguais a todos os clientes da funerária: pessoas vulneráveis. E é por isso que a música da Sia se encaixa tão bem. Hold me / wrap me up / Unfold me / I am small / I’m needy / Warm me up / And breath me. Quando a Claire coloca aquele CD pra tocar no carro, não é só ela que se acaba de chorar, com medo de seguir em frente sozinha. deixando a família pra trás. A gente, do lado de cá da tela, foi levado junto. Em prantos por acompanhar a morte de cada um dos personagens, mas principalmente por acompanhar a morte da série. Se hoje Six Feet Under descansa em paz, méritos gigantes vão pra eulogia absurdamente linda da Sia.

Carry On My Wayward Son

(por Bruna)

Composição: Kerry Livgren – Kansas
Versão: Kansas
Série: Supernatural

Desde o início da série, Supernatural caracterizou sua trilha sonora por conter muito Classic Rock, a pedido de Eric Kripke, criador da série. Kripke, fã de Led Zeppelin, não pode usar músicas de sua banda favorita, por causa do preço exorbitante delas, mas nem por isso ele deixou de usar citações a músicas nos nomes dos episódios. Kansas é uma das bandas selecionadas por Kripke para nos contar a história dos irmãos Winchester.

Carry On My Wayward Son aparece pela primeira vez em Supernatural na abertura do episódio 1×21 Salvation, e foi repetida três vezes (3×16, 4×22, 5×22) em aberturas de season finales desde então. Durante essas aberturas, onde a música serve de trilha para os momentos mais marcantes da série em geral e principalmente da temporada que está terminando, a sensação que fica é que essa música é a que mais se aproxima de música tema para Supernatural. Escutar Carry On My Wayward Son e não imaginar Sam e Dean viajando em seu Chevy Impala preto é praticamente impossível.

Chasing Cars

(por Leandro)

Composição: Gary Lightbody
Versão: Snow Patrol
Série: Grey’s Anatomy

Grey’s é uma série que a música tem um papel fundamental. Presente em todos os episódios, é a música que dá o tom e a intensidade que o momento vai tomar na série, além de estar presente em todos os títulos de episódios da série. Foram inúmeras as músicas que já tocaram e emocionaram, mas foi essa que acabou com todos os fãs ao redor do mundo.

Não sei definir se é comigo só, mas é começar a tocar Chancing Cars as cenas vem na minha cabeça. O baile dentro do hospital, o vestido de Izzie, Meredith e Derek de novo, tudo se encaixando finalmente. E numa explosão de segundos, estava tudo devastado. Chegava ao fim uma das tramas mais dramáticas que tínhamos presenciado na série e era impossível se manter indiferente sobre aquilo. Izzie deitada ao lado do corpo de Denny , chorando, acaba com qualquer um. Dizem que uma cena se torna repetitiva depois de algum tempo, pelo menos até agora ainda me emociono toda vez que a assisto.

Dice

(por Alexandre)

Composição: Beth Orton
Versão: Finley Quaye
Série: The O.C.

The O.C. é uma série peculiar; a trilha sonora é impecável e boa parte das cenas memoráveis do show são embaladas por belíssimas canções que, ao serem ouvidas hoje, remetem imediatamente àquele quarteto fantástico que tanto marcou o seriado como escreveu seu nome na história das séries teens. E Dice, uma balada romântica e melosa, certamente também escreveu seu nome, por ser uma das músicas mais memoráveis para os saudosos de Orange Country e suas belezas.

Afinal, quem, ao ouvir os singelos acordes iniciais da canção, não é imediatamente transportado a festa de virada de ano organizada por Oliver, personagem odiado por cerca de 8 entre 10 fãs da série. O jovem psicótico chegou ao seriado para mexer com a já não tão estabilizada assim relação de Marissa e Ryan. Oliver causou vários conflitos entre o casal e um dos primeiros foi durante a virada do ano. Marissa, acompanhada de Oliver, faz a contagem para a chegada de novos tempos e, sem esperança, procura entre a multidão por um Ryan que tinha tudo pra não chegar. Aos 45 segundos do 2º tempo – e com a contagem quase terminando – o rapaz surge e corre para ser o primeiro a beijar a namorada, completando tudo com um”I love you” ao final. Para os fãs do casal, Dice se tornou um hino. E mesmo para os não-fãs, é impossível ouvir a música e não refazer a cena na mente.

Don’t Stop Believin’

(por Leandro)

Composição: Jonathan Cain, Steve Perry, Neal Schon
Versão: Journey
Série: Glee

Não tem série que a música seja mais importante do que Glee. Como musical, a série ganha muitos pontos em sua trilha sonora, brindando os fãs com versões de antigos clássicos, assim como músicas que estouram nas paradas atuais. Mas foi no seu primeiro grande clássico que Glee marcou o público.

É só ouvir aquele ‘pa pa pa’ do comecinho da versão de Dont Stop Believin’ que sua mente já é direcionada para os corredores do McKinley High e a todos nossos cantores frustrados. Finalizando o piloto da série de modo a conquistar não só Will, mas também a audiência, a música foi o carro chefe da turma nos regionais e não fez feio, nem um pouco. Mas ainda não foi o suficiente para conseguir o prêmio final, mesmo assim não perde seu posto como uma das marcas da nova mania no mundo dos seriados.

Explosions In The Sky

(por Guilherme)

Vídeo no Youtube

Composição: Mark Smith, Chris Hrasky, Munaf Rayani, Michael James
Versão: Explosions In The Sky
Série: Friday Night Lights

Friday Night Lights, a série, foi baseada num filme. Friday Night Lights, o filme, foi baseado num livro. Friday Night Lights, o livro, foi baseado na história de uma cidade, de uma escola, um time, de um esporte. E mesmo que um emaranhado de folhas não emita trilha sonora nenhuma, o sentimento por trás de cada um dessas palavras ganhou uma vida imensa quando Peter Berg as trouxe pra telona e pra telinha. Musicalmente falando, graças a Explosions In The Sky.

É difícil falar sobre a banda, porque é difícil entender como o som que sai daqueles instrumentos pode mexer tanto com alguém. São músicas quase ambientais, e talvez seja esse tom sutil que faz com que elas funcionem perfeitamente no climão documental da série. Mesmo que exista uma cacetada de outras bandas usadas em cada um dos episódios, foi a trilha original do Explosions In The Sky composta no filme que direcionou todo o rumo musical da TV — seja nas músicas do compositor oficial da série, W. G. Snuffy Walden, seja no post-rock das outras bandas escolhidas, como Mogwai, This Will Destroy You, etc. A simplicidade da música deles, aquelas mesmas notas repetidas um trilhão de vezes servem tanto pra empolgar no ponto decisivo de um jogo, quanto pra jogar a gente na lama, nos emocionando com algum atrito entre Eric e Tami, por exemplo. Texas até pode ser dominada pelo country, mas Dillon com certeza é toda do Explosions.

Hometown Glory

(por Rodolfo)

Vídeo no Youtube

Composição: Adele
Versão: Adele
Série: Skins UK

Lady Gaga? Britney Spears? Nem pensar. O atual fenômeno do mercado fonográfico atende pelo nome de Adele, a britânica gordinha de 23 anos que quebrou o recorde dos Beatles ao colocar dois discos e duas músicas de uma só vez no Top 5 britânico. Seu mais recente disco, “21”, já vendeu mais de 2 milhões de cópias em pouco menos de dois meses. O seu primeiro trabalho, “19”, também foi sucesso e é nele que está Hometown Glory, uma das trilhas mais marcantes de Skins (1ª geração). Eu digo “uma das” porque a seleção musical da série é um primor, cheio de maravilhosas canções do Indie Rock e Indie Pop inglês.

A cena é muito batida (vários filmes e séries já exploraram o estilo), mas não deixa de ser maravilhosa e impactante. Cassie (a minha favorita da primeira turma) está nos Estados Unidos praticamente sozinha e corre pelas ruas ao som de Adele. Lembro-me que assisti ao episódio sem perceber que a mocinha já não estava mais na Inglaterra. Somente quando a câmera subiu e mostrou o Empire State Building é que eu percebi que a cidade era Nova York. Foi a primeira vez que vimos Cassie chorar (estou certo?). Não haveria música mais adequada para alguém que está triste e sentindo falta de um lar.

I’m in Here

(por Bianca)

Vídeo no Youtube

Composição: Sia Furler, Samuel Dixon
Versão: Sia
Série: Gossip Girl

Gossip Girl tem boas músicas em seus episódios, mas nenhuma conseguiu emocionar tanto como a I’m in Here, da cantora australiana Sia. A canção foi escrita pela Sia, quando ela pensava ter uma leve bipolaridade ou uma crise de ansiedade mais acentuada. Samuel Dixon ajudou a cantora a escrever a letra, ao mesmo tempo que assegurava que muitos compositores levavam dias antes de conseguirem escrever algo.

Na série, I’m in Here se afasta do propósito original e acabou se tornando uma canção de amor entre Chuck e Blair, mostrando como funciona esta relação quase doentia. Após Chuck quase ter vendido a Blair em troca do hotel e o quase assassinato dele, o mauricinho partiu para Paris para tentar começar uma vida nova ao lado de Eva. Blair aproveita as férias para ir para a cidade luz a passeio. Os dois acabam se encontrando diversas vezes até que Serena arrasta a amiga para falar com o ex-namorado. A versão de I’m in Here tocada no episódio é a versão piano, que deu mais profundidade e resumiu perfeitamente toda a dor que os dois sentem ao ficar longe um do outro. Além disso, mostrou a maturidade dos dois, que finalmente disseram com todas as letras o quanto se amam. Sem falar que a Leighton Meester e o Ed Westwick estiveram perfeitos em cena, partindo nossos corações na mesma medida dos personagens.

I Will Always Love You

(por Cristal)

Composição: Dolly Parton
Versão: Dolly Parton
Série: Gilmore Girls

Embora seja mundialmente famosa pela versão de Whitney Houston, é a versão original de Dolly Parton que Lorelai canta para Luke no karaoquê de Stars Hollow. E é curioso que esse bastião do pop seja uma das canções mais representativas de Gilmore Girls, série sempre tão lembrada pela sua trilha sonora indie, com direito até mesmo a trovador!

Pra quem é fã das garotas Gilmore, talvez seja impossível ouvir I will always love you e não pensar na série. Quem não se lembra daquele momento, no 20º episódio da sétima e última temporada, em que Lorelai, recém-separada de Christopher, acaba abrindo seu coração no karaoquê? Em homenagem a Rory e sua formatura em Yale, Lore pega o microfone e acaba deixando a filha incrédula ao cantar os versos mais românticos da música olhando diretamente para Luke, seu eterno amor. E se já é difícil cantar uma música pra quem se ama quando se está ao lado dessa pessoa, imagina só fazê-lo estando separados há meses! Lorelai cantou e encantou Luke que, sorridente, lhe retribui a declaração. No episódio seguinte os dois, envergonhados, negaram que aquilo tivesse alguma importância… Mas no final tudo deu certo e I will always love you se tornou o marco de recomeço do casal.

La Vie en Rose

(por Cristal)

Composição: Edith Piaff e Louis Gugliemi
Versão: Cindy Lauper
Série: Joan of Arcadia

Joan of Arcadia era uma série extremamente sensível e assim também era a sua trilha sonora. De Macy Gray a Sebastian Bach, passando por canções de R.E.M., Ben Harper e Damien Rice, em apenas duas temporadas Joan of Arcadia teve tempo de sobra pra deixar a sua marca entre as séries de melhor trilha sonora.

E um dos momentos mais marcantes desse lado musical da série aconteceu no penúltimo episódio da primeira temporada, The Gift, quando Deus diz a Joan que ela deve dar um presente a Adam e ela acaba acreditando que talvez seja a hora de perder a virgindade com o namorado. Mas é claro que o presente não era esse e, ao som de La Vie en Rose, Joan finalmente presenteia Adam com um porta-retrato com a foto de Rodin e sua namorada, incrivelmente parecidos com o casal protagonista. Bom, na verdade eram os dois, maquiados e vestidos com roupas de época, representando a possibilidade de Adam realmente vir a se tornar um artista.

Make Your Own Kind of Music

(por Caio)

Composição: Barry Mann e Cynthia Weil
Versão: “Mama” Cass Elliot
Série: Lost

Michael Giacchino! Se você ainda não conhecia esse nome, deixe-me apresentá-lo: Depois de suas composições serem ouvidas por J.J. Abrams, o co-criador de Lost, Giacchino foi convidado para compor em Alias, e Abrams gostou tanto de seu trabalho que viraram amigos, e hoje, o compositor foi/é responsável pelas trilhas sonoras de Missão Impossível III, Cloverfield, Star Trek e Fringe, todos trabalhos de Abrams. Giacchino fez toda a trilha sonora instrumental de Lost, sendo reconhecido mundo afora pelo seu excelente desempenho em todas as temporadas, dando vida a cada uma de suas composições. Giacchino levou o Emmy de 2005 por melhor composição musical da série, além de já ter levado uma estatueta do Oscar para casa pelo seu trabalho no filme Up – Altas Aventuras. Já as músicas comerciais usadas em Lost, frequentemente eram tocadas em cd players, toca-discos, por bandas, ou seja, eram parte da narrativa, ouvida pelos personagens na ficção. Dessa forma, Joe Purde, Willie Nelson, Damien Rice, James Brown, Petula Clark, Ann-Margret, Oasis, Nirvana, The Beach Boys, The Pixies, Patsy Cline e muitos outros cantores e bandas passaram pela série. Mas a que mais marcou foi “Mama” Cass Elliot e sua versão de Make Your Own Kind of Music.

Desde que Locke e Boone haviam descoberto a escotilha na metade da 1ª temporada, todos os fãs de Lost estavam tremendamente ansiosos para saber o que havia lá dentro, qual seu propósito e milhares de outras perguntas. Muito se especulou até que na season finale os sobreviventes conseguiram abrir a escotilha, simplesmente para nos deixarem esperando até o começo da 2ª temporada. A espera valeu a pena. Um homem de cabelos compridos acorda, digita alguns números em um computador, coloca uma música para tocar, lava a louça, faz exercícios físicos, toma banho…até que a música para devido a estrondos na casa. Casa? Que nada!! Ficamos descobrindo que esse homem é Desmond, que vive há 3 anos dentro da escotilha a qual os sobreviventes acaram de abrir. Essa surpresa foi tão grande que ficou ainda melhor e muito mais marcada pelos fãs de Lost por Make Your Own Kind of Music estar tocando no toca-discos de Desmond. Até hoje é impossível não escutar a música e não lembrar da série!

Momentary Thing

(por Cristal)

Vídeo no Youtube

Composição: Something Happens
Versão: Something Happens
Série: Veronica Mars

Pop até o último fio de cabelo, Veronica Mars sempre foi marcada por músicas contemporâneas e, tantas vezes, facilmente deletáveis. Claro, em três temporadas, há exceções louváveis como a música de abertura, We Used To Be Friends (The Andy Warhols), e a que encerra a série, It Never Rains in Southern California (Albert Hammond’s). Mas a verdade é que, ao contrário da série que continuará relevante para aqueles que tiveram o prazer de conhecê-la, as músicas de Veronica Mars, em sua maioria, são esquecidas assim que acaba o episódio.

Não é esse o caso de Momentary Thing que, ainda na primeira temporada da série, embalou o primeiro beijo de Veronica e Logan. Depois de vermos os dois se bicando ao longo de quase 20 episódios, somos brindados com Logan finalmente mostrando que se importa com Veronica, ao ir atrás dela quando a loira supostamente corria perigo. Como agradecimento, Veronica lhe dá um selinho que, por intermináveis 5 segundos, não é correspondido… Até Logan finalmente tomar uma atitude e, enfim, beijá-la de volta.

More Than Anyone

(por Alexandre)

Composição: Gavin DeGraw
Versão: Gavin DeGraw
Série: One Tree Hill

Gavin DeGraw é um dos nomes mais conhecidos pelos fãs de One Tree Hill. E não é apenas por ser o responsável pela clássica abertura do seriado. Gavin também emprestou sua voz outras vezes, embalando cenas do seriado. Mas, com exceção de I Don’t Wanna Be, nenhuma música do cantor marcou tanto a série como More Than Anyone. Usada em dois episódios, como fundo da mais bonita história de amor da série, a música entrou para a lista de reprodução não só dos fãs Naley, mas também para todos os do seriado. Não tem jeito de ouvir e não se lembrar dos momentos em questão.

Na primeira vez, durante o pedido de desculpas de Nathan a Haley, debaixo da chuva, na season finale da 1ª temporada, que terminou numa das cenas favoritas de muita gente. O que já era bonito, ficou ainda mais com a canção de bônus. Prova disso é que, quando foi dada aos fãs do casal a chance de escolher a música que tocaria na primeira dança dos dois como marido e mulher (de novo!) na season finale da 3ª temporada, não deu outra: More Than Anyone de novo! Agora trajados a rigor para a ocasião, assistimos Haley (belíssima de noiva, vale ressaltar) e Nate dançar uma linda valsa ao som da voz de Gavin. Uma cena que foi pra memória e que, mesmo com o fim quase iminente da série, certamente não será esquecida.

One More Day

(por Rose)

Vídeo no Youtube

Composição: Jon Crosby
Versão: Vast
Série: Smallville

Smallville tem uma trilha sonora bem pop, com músicas praticamente para todos os gostos e bandas que só me lembro de ter ouvido falar dentro da série (caso de Remy Zero, que executa a abertura da série). Porém, quando se trata de marcar uma cena mais emotiva, Smallville acerta em cheio.

Para ilustrar a sequência da troca de Chloe por Oliver, que havia sido sequestrado logo no início de Lazarus, a escolhida foi One More Day. Por ser quase que inteiramente tocada em piano, a música trouxe uma intensidade maior a toda a sequência, que por si só é de cortar o coração. Mas, o melhor é que esta não é a primeira vez que a mesma música é utilizada para sonorizar uma sequência assim tão triste. Ela também esteve em Veritas, quando Clark encontra Lana completamente catatônica (você pode ver o vídeo aqui). Uma escolha musical perfeita.

Rocket Man

(por Rose)

Composição: Elton John e Bernie Taupin
Versão: Elton John
Série: Nip/Tuck

Apesar da série abordar, em alguns episódios, as consequências da vaidade extrema de muitas mulheres que, em busca do “corpo perfeito”, lotam os consultórios em busca de cirurgias plásticas, foi ao mostrar o drama de Megan e a descoberta de que o câncer, do qual já havia se curado, que Nip/Tuck teve o seu momento mais emocionante.

Enquanto prepara seu suicídio na companhia de Christian, a música de fundo é Rocket Man, famosa na voz de Elton John e que descreve os sentimentos de um astronauta, após este trocar sua família pelo trabalho. Sua base em piano, marca registrada do cantor, deu ainda mais dramaticidade e emoção à cena, aliada também à perfeita atuação dos dois atores, que souberam dar o tom que a sequência merecia.

Somewhere Over the Rainbow

(por Cristal)

Mashup de Over the Rainbow e What a wonderful world
Compositor: Harold Arlen e E.Y. Harburg. / Lois Armstrong
Versão: Israel Kamakawiwo’ole
Série: ER

ER decididamente não é uma série conhecida pela sua trilha sonora. Principalmente nos seus primeiros anos, era raro ver cenas com fundos musicais marcantes. Era a trilha incidental que ditava o ritmo, fosse dos procedimentos médicos ou dos dramas entre os personagens. Com o passar dos anos (afinal, foram 15!) a série passou a dar mais espaço a música pop, passando a ter grandes tragédias lembradas por hits como Open Your Eyes, do Snow Patrol (exaustivamente tocada nos comerciais da Warner), no episódio 21 Guns, e

Mas, muito antes disso, na oitava temporada, ER perdia o seu mais querido personagem e ganhava o seu momento musical mais marcante. Foi ao som de Somewhere Over the Rainbow, na versão do havaiano Israel Kamakawiwo’ole, que nos despedimos de Mark Greene, o médico mais respeitado (e amado) do County General, vendo seus últimos momentos com sua mulher, a Dra. Corday, e suas filhas, Emma e Rache,l no Havaí. Naquela época, mal podíamos imaginar que Rachel voltaria para o fim da série, revivendo com Carter a relação de amizade e aprendizado que ele tivera com seu pai.

Suddenly I see

(por Rodolfo)

Composição: KT Tunstall
Versão: KT Tunstall
Série: Ugly Betty

Fico muito feliz por poder escrever sobre essa música, pois em 2008 tive a oportunidade de ir ao show da escocesa KT Tunstall em São Paulo e até hoje me lembro de como foi fantástico. Suddenly I See, ao vivo, é ainda melhor que no disco. Na época já era sensação e tocava em várias trilhas sonoras (no filme O Diabo Veste Prada de 2006 e na novela Belíssima da rede Globo). O mundo das séries também se rendeu a KT Tunstall, tanto é que Suddenly I See tocou no primeiro capítulo de Ugly Betty. E não poderia haver trilha sonora mais adequada.

“Her face is a map of the world (…) you can see she’s a beautiful girl”, canta Tunstall. Não é a cara da Betty? Ok, ela não era bonita na época, mas a música não fala sobre beleza exterior. Betty é uma mulher universal. Ela representa de maneira bem eficaz as várias mulheres do mundo. Aquelas que trabalham muito, que sonham em subir na vida, que lutam todos os dias para realizarem seus objetivos. O rosto de Betty é, definitivamente, o mapa do mundo. Suddenly I See toca na última cena enquanto a protagonista anda pelas ruas de Nova York. Já contratada pela Mode, uma revista de moda que não tem nada a ver com ela, Betty teria a frente inúmeros desafios e com muitas pessoas querendo derrubá-la. Porém, era uma questão de tempo para que todos acordassem e de repente olhassem para ela com outros olhos.

When A Man Loves A Woman

(por Guilherme)

Composição: Calvin Lewis, Andrew Wright
Versão: Percy Sledge
Série: Anos Incríveis

Todo mundo sabe: um dos maiores pecados do universo televisivo de todos os tempos é o fato de Anos Incríveis não ter sido lançada em DVD até agora. O que é justificável: a trilha sonora da série é impecável do jeito que é justamente porque hoje em dia custaria uma fortuna pagar os direitos de cada uma das músicas.

Mas na triste, bizarra e, ainda assim, remota possibilidade de Anos Incríveis algum dia ser lançada com boa parte de sua trilha cortada, existem algumas músicas-chave que seriam impossíveis de ser substituídas. A versão de With A Little Help From My Friends do Joe Cocker é uma delas, óbvio. Mas outra, tão importante quanto, toca logo no piloto, no momento em que a gente se dá conta que o que estamos assistindo é uma série especial. A cena final entre Kevin e Winnie ao som de When A Man Loves A Woman é perfeita por três motivos: pela cirscunstância do primeiro beijo, por reafirmar o contexto do súburbio dos anos 60 que o Kevin adulto comenta ao fundo, e por estabelecer já nos primeiros 20 minutos iniciais da série sua trilha sonora de respeito. Cada um que assistiu a Anos Incríveis deve ter seu momento musical próprio guardado com carinho — a série era abrangente o suficiente pra que todo mundo se identificasse –, mas se há ao menos algum momento unânime, é difícil imaginar em outro além do comandado por Percy Sledge.

Wires

(por Leandro)

Vídeo no Youtube

Composição: Joel Pott
Versão: Athlete
Série: The Vampire Diaries

Como qualquer série da CW que se preste, The Vampire Diaries tem excelência em trilha sonora. Composta de muitas músicas famosas e tocantes, a série podia lançar um cd a cada episódio com as músicas que variam do rock ao pop, mas foi com a banda indie Athlete que a série me marcou.

Era quando tudo estava desabando. Depois de tanto tentar impedir o inevitável, Elena sucumbiu aos desejos da sua maior rival, que é sua cópia perfeita. Stefan tinha que sair da sua vida para tudo aquilo parar de acontecer, para a sua vida e a de seus familiares voltar ao normal, afinal ela já tinha arriscado muito com Jenna. Foi então que Elena, com a maior dor, termina seu relacionamento tão tortuoso com Stefan ao som de Wires. Foi de uma intensidade pra quem assiste a série que não tem como esquecer. Até Damon, o mais insensível dos seres se comove com tudo, merecendo o meu destaque. Depois sabemos que as coisas tomam outro rumo, mas que foi difícil ver esse término, foi.

With Or Without you

(por Bianca)

Composição: Bono Vox
Versão: U2
Série: Friends

Uma das músicas de amor mais famosa de todos os tempos é, na verdade, uma canção sobre o sentimento conflitante de Bono, vocalista do U2, sobre ser um músico famoso e um homem caseiro. Friends não é uma série conhecida por trilha sonora marcante, mas With Or Without You, junto com I’ll Be There For You (The Remebrandts) são as mais famosas.

Os fãs de Ross e Rachel (praticamente 90% de todos os fãs de Friends, se não for 100%) não podem ouvir esta música sem lembrar de um dos momentos mais tristes da série: quando o casal se separa pela primeira vez. Rachel finalmente consegue um emprego que ela gosta de verdade e ele está tomando todo o seu tempo. Enquanto isso, Ross sente falta da namorada e tenta todo tipo de manobra romântica para que eles passem o aniversário de namoro juntos (nem que isso exija colocar fogo em alguns objetos no escritório da Rachel). Nisso, tivemos uma das maiores – e mais engraçadas – brigas, com o famoso bordão “We were on a break” (Nós estávamos dando um tempo). Mas With Or Without You se tornou a música do casal em outro momento difícil. No começo do sentimento de Rachel por Ross, quando este estava dividido entre o amor adolescente e o namoro com a Julie e Chandler tem a ideia de fazer uma lista com os prós e contras de namorar as duas. Rachel descobre a lista e acha horrível que a pessoa que ela ama use todos os defeitos dela para não ficarem juntos. Nisso, Ross tenta se reconciliar com Rachel pedindo para tocar With or Without You na rádio. Rach liga para a radialista, conta o que o paleontólogo fez e a radialista diz que não quer mais tocar a música dele.


Cristal Bittencourt

Soteropolitana, blogueira, social media, advogada, apaixonada por séries, cinéfila, geek, nerd e feminista com muito orgulho. Fundadora do Apaixonados por Séries.

Salvador / BA

Série Favorita: Anos Incríveis

Não assiste de jeito nenhum: Procedurais

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