A primeira temporada do Masterchef Brasil terminou nesta terça-feira como o maior destaque do ano nos reality shows nacionais. A Band entregou uma final cheia de emoções, reviravoltas e que, mesmo com a sensação de dever cumprido, deixou todo mundo com um gostinho de quero mais.
Se por um lado a escolha do elenco de cozinheiros amadores deixou a desejar no quesito técnico (inferior até ao do Masterchef Junior gringo), não dá pra negar que aquele time tinha todos os ingredientes pra fazer um reality show de mão cheia! Teve estrategista, teve briga, teve panelinha, teve o cara engraçado que todo mundo amava e aqueles insuportáveis que todo mundo queria eliminar, teve o #teamGueto, teve uma vencedora com uma trajetória de superação e teve até casal! Um verdadeiro banquete para os amantes do formato.
É verdade que tem coisa que a gente nem lembra mais que aconteceu (tipo aquele gringo), mas outras com certeza vão ficar pra história, como essas aqui:
O arroz doce mais doce que doce de batata doce
A Marli é tipo aquela tia que pergunta “e os namoradinhos?” na festa de fim de ano e coloca maçã na maionese. Meio ranzinza, cabeça dura e dona da razão, passou raspando algumas vezes até ser finalmente eliminada por um arroz doce feito com leite condensado, açúcar, doce de leite, farofa de nozes, fio de ovos e mais um pouquinho de açúcar. Ela ainda ficou revoltada com a decisão dos jurados e chegou a chamar Paola de azeda, alegando que arroz doce tinha que ser doce mesmo e pronto.
Flávio, o jogador
Todos os participantes estavam cientes de que aquele era um jogo, porém um deles que se destacou no quesito estratégia. Flávio mostrou que não estava ali pra brincadeira. Uma das jogadas mais comentadas foi quando o designer, ao ganhar a prova da caixa misteriosa, escolheu que sua rival no jogo, Cecília, cozinhasse uma arraia. Mas Flávio não parou por aí não! Pra alguns foi uma estratégia para montar um personagem, para outros foi um ato de caráter. O fato foi que Flávio se auto indicou para ir para a prova de eliminação, e ganhou alguns fãs com a atitude. Porém, a estratégia mestre do cara foi quando ao notar que as moquecas que estava provando era dos antigos participantes que estavam na repescagem, o seu voto de desempate claro que foi para o pior prato. Flávio pode não ter ganhado o Masterchef BR, mas se tivesse um prêmio de maior mente maligna, ele ganharia.
O peixe-pinguim da Cecília
E por falar em Flávio, ele e Cecília tinham um estilo sofisticado na hora de cozinhar que rapidamente os colocou como favoritos na competição. Um dos momentos mais marcantes da rivalidade foi quando Cecília recebeu a tal arraia de Flávio e, perguntada sobre que peixe ela gostaria de “devolver” para o rival, ela mandou na lata: um pinguim. Oi? Bem, confusões do reino animal à parte, os dois foram grandes competidores que acabaram se perdendo pelo excesso de auto confiança. Uma pena.
O petit salgueau
No time dos que se achavam demais estava Sandra, que recebeu vários conselhos dos chefs, mas sempre achava que sabia mais que eles e fazia o que dava na telha. Foi eliminada uma vez por achar que poderia fazer melhor que Alex Atala (!!) em uma prova de reprodução, e quando voltou pela repescagem quis enfeitar demais seu petit gateau, sendo que a prova só pedia que eles acertassem o ponto do bolinho. Resultado: confundiu sal com açúcar de confeiteiro e foi eliminada pela segunda vez.
O duelo de coitadinhos
Quem não gosta de uma boa rixa em um reality show? Jayme e Jamilly conseguiram trazer isso perfeitamente pro programa. Eles não escondiam que não se gostavam e que achavam que o outro não estava sendo verdadeiro. Jayme acusava Jamilly de se fingir de coitada, e a cada oportunidade fazia comentários maldosos ou tentava prejudicar a colega. Jamilly dizia que estava defendendo seu estado, e que Jayme que era falso. Ambos foram eliminados e não se sabe quem era o certo da história, o que pode se tirar de tudo isso é que momentos engraçados saíram dessa rivalidade.
A cenoura sexy do Mohamad
Mohamad talvez tenha sido o participante mais polêmico dessa temporada. Com seu jeito atrapalhado e desorganizado, o rapaz conseguia fazer milagre e sempre terminava seu prato nos últimos segundos. Com uma grande torcida a seu favor, Mohamad conseguiu chegar a semifinal do reality. Quando todos acharam que seu lugar na final já estava garantido, infelizmente ele teve um dia ruim na cozinha e disputou a prova de eliminação. Daí que saí à marca registrada do MacGyver, Mohamad na tentativa de ser criativo apresentou para os jurados língua e sexy carrots! Instantaneamente a ideia gerou risadas em todos e virou piada para os telespectadores. Mohamad, você pode não ter ganhado o Masterchef, mas conseguiu conquistar a todos com suas sexy carrots!
O amor entre panelas
Quem não torceu para Lúcio e Helena chegarem juntos a final desde o primeiro episódio do reality, não tem coração. O casal que passava por cada prova apoiando um ao outro conquistou o público e mostrou que o amor prevalece mesmo na competição. Quem não ficava agoniada junto com Helena, quando Lúcio estava entre os três piores? E pior ainda, quando ele teve de desistir do seu sonho por problemas de saúde. Felizmente, ele voltou na final e deu todo o apoio que a esposa precisava. Pra mim a melhor parte era sempre ver os depoimentos dela sobre o quanto ele era chorão ou como ele a acalmava e a deixava confiante. Essa relação com certeza foi um dos pontos fortes do programa, o casal que era apaixonado por cozinha.
A apresentadora super expressiva (?)
Ana Paula Padrão já é super conhecida no mundo do jornalismo, porém pudemos conhecer um novo lado da apresentadora, e olha… Como foi engraçado! É impossível escolher um episódio no qual ela não dava um pitaco na comida dos candidatos, não ficava apreensiva por causa do tempo ou se estressava com os participantes. Como se esquecer dela chamando Mohamad de boquirroto? E de quase ordenar Luis a amarrar o peru? A apresentadora gerou polêmica nos telespectadores e era sempre um dos assuntos mais comentados do twitter enquanto o programa estava no ar. Só espero que se ela voltar para a segunda temporada do reality, dê uma melhorada.
Os Ultra-Masterchefs
Como não amar Fogaça, Paola e Jacquin? Os três formam a mistura perfeita que deu a liga e o tempero do programa. A ogrice era a marca registrada de Henrique Fogaça, sempre desbocado e durão. Impossível esquecer dele dizendo que queriam assassinar o Cafu servindo cebolinha para o atleta, ou mandando o Mohamad calar a boca com a sutileza de um elefante abrindo espacate. Paola era a fofa do grupo, mas também sabia dar seus coices quando se irritava. Quem não ficou de coração partido ao vê-la chorando na eliminação da Cecília? E o figuraça do Jacquin, com seu humor ácido sempre zoando as apresentações de gosto duvidoso como o carangueijo pac man e a decoração de jogo da velha. Jacquin não tem papas na língua, ele ainda se convidou pra almoçar na casa da Helena e mostrou que tem um bom coração oferendo estágio ao Estefano em seu restaurante. Quem mais já está morrendo de saudade desses três?
A grande campeã
Em uma temporada em que todos os favoritos foram eliminados por excesso de confiança, foi justamente a garota insegura que se destacou. Elisa é focada, caprichosa, tem um gosto simples e refinado para montar seu cardápio, mas não confiava no próprio taco. Ela superou o medo, a timidez, tomou uns tombos feios, mas soube se recuperar todas as vezes. Não dá pra negar que o rostinho bonito e o fato de ter um grande futuro pela frente influenciaram muita gente a torcer por ela, mas a moça percorreu um caminho muito bonito e correto até sua vitória, e acho que todo mundo comemorou quando seu pai (e grande herói) abriu aquele bendito pote de geleia pra ela e salvou o dia. You go, girl!
E você, leitor? Do que mais gostou nessa temporada do Masterchef? Para quem ia a sua torcida? Deixe seu comentário!
