Aquele em que dizemos adeus

Pra quem não sabe, o Apaixonados por Séries existe há quase dez anos. Eu e Camila…

O que esperar de 2018

Antes de mais nada, um feliz ano novo para você. Que 2018 tenha um roteiro muito…

As maiores decepções de 2012

Por: em 26 de dezembro de 2012

As maiores decepções de 2012

Por: em

Começamos nossas tradicionais listas de fim de ano com aquelas séries que melhor retornaram em 2012.; os retornos que nos fizeram vibrar, sorrir, chorar e agradecer por aquela série ainda estar na nossa watchlist. Agora, é a hora do outro lado da moeda. De expormos aquelas séries que mais nos decepcionaram esse ano, sejam elas estreias ou retornos. Seja as que prometeram muito e entregaram pouco ou até mesmo aquelas que,  por estarem encerrando, deveriam resgatar um pouco de dignidade.

O esquema de votação foi o mesmo: Cada colaborador votou em número X de séries e, a depender da colocação Y em que a série foi posta, ela recebeu Z pontos.

Um fato que é preciso ressaltar: Devido ao formato que escolhemos (e achamos ser mais justo) para montar a nossa lista, algumas séries que apareceram na lista de retornos também podem aparecer aqui. O que isso significa? Que para tudo existem dois lados. O que pode estar maravilhoso para alguém, pode estar decepcionante para outro.

Vamos, então, as séries que mais decepcionaram os colaboradores do Apaixonados por Séries em 2012. E não se esqueça de retornar dia 27 para conferir as melhores estreias, em nossa opinião!

PS. Os textos podem conter spoilers pra quem ainda não assistiu as séries em questão.

666 Park Avenue – (por Isabela)

A princípio, o que me chamou a atenção em 666 Park Avenue foi o elenco, com nomes conhecidos como Terry O’Quinn e Vanessa Williams. Confesso que não assisti todos os  9 episódios que foram ao ar em 2012. Depois de alguns episódios percebi que, inconscientemente, comecei a “enrolar” para assistir os inéditos. Sinal disse que era hora de parar. Acredito que o maior problema da série se deu ao fato de que ela não cumpriu o que propôs. Explico: como um roteiro confuso, foi impossível sentir o medo e suspense que uma série de terror deveria causar. Assim, a média de audiência que era de 4,8 milhões de espectadores foi caindo a cada episódio. Além disso, o furacão Sandy causou uma inundação no estúdio de 666 Park Avenue, destruindo boa parte do cenário. Tudo isso culminou no cancelamento precoce do drama.

Alcatraz – (por Micael)

Alcatraz chegou como a promessa do ano. Afinal, J.J. Abrams é responsável por grandes sucessos, como Lost, Alias e Fringe. Assim, provavelmente esta foi a série que criou mais expectativa entre os Apaixonados por Séries, e justamente por isso a frustração foi tão grande. Apesar da série ser bem produzida, o roteiro foi muito mal trabalhado. Os casos da semana eram reciclagens um do outro: um maníaco preso por matar dezenas de pessoas que escapa e volta a caçar. Episódio após episódio a trama se repetia e os plots principais não avançavam. Além de tudo isso, a série transmitida pela FOX não vingou na audiência, e mesmo tendo um elenco bom, com destaque para Jorge Garcia, foi cancelada após o término da primeira temporada.

Drop Dead Diva – (por Bianca)

É com dor no coração que eu coloco uma série que eu gosto tanto como uma das decepções do ano, mas é exatamente por eu esperar algo a mais que ela acaba entrando aqui. Ela nunca foi uma série que eu esperava muito, até por ser de summer season e não ter tanta atenção (aka dinheiro) das de fall season. Mas sempre teve um roteiro fechadinho, bonitinho, com tudo funcionando bem dentro da grande fantasia. E decidiram fazer várias mudanças que não funcionaram bem, começando pela troca de anjo da guarda. O Luke não tinha função alguma além de meia dúzia de frases que não encheriam 10 minutos de tela. Me recuso a aceitar fillers em séries com apenas 13 episódios por temporadas e fiquei decepcionada com a morte de um dos melhores personagens da série.

Elementary – (por Alexandre)

Era difícil não esperar muito de Elementaryespecialmente quando se é fã de Sherlock Holmes. A série tinha tudo para funcionar. Estava na casa certa (ou alguém imagina um outro canal que não fosse a CBS para fazer uma releitura da história do detetive?), trazia dois bons atores (e justiça seja feita, Jonny Lee Miller e seu sotaque inglês são a melhor coisa da série) e prometia inovar ao trazer Watson como uma figura feminina e, há que se dizer que Lucy Liu (não me matem, fãs) não foi uma escolha acertada. A atriz ainda não soube compor bem sua personagem, continua tímida desde o piloto, parece que falta algo, não sei se a ela ou a personagem em si, que não funciona em cena com Miller tão bem como deveria. Somam-se isso outros problemas, como o roteiro que não foge ao didatismo incômodo de séries policiais, não consegue criar tensão e desperdiça tempo em tela com casos chatos e previsíveis quando, aparentemente, existe uma história muito mais interessante por trás para se contar. Que em 2013, Elementary possa dar a volta por cima. Caso contrário, meu conselho é: Vejam Sherlock.

Emily Owens M.D – (por Andrezza)

Gosto de novidades e amo ser surpreendida, ao mesmo tempo que qualquer série que ameace ser parecida com outra que já tem meu afeto ganha minha atenção imediata. Foi assim que coloquei grandes expectativas no drama médico da CW que se apresentava com a proposta de ser uma Grey’s Anatomy com uma carga dramática mais levinha. Minha simpatia com a série começou logo de cara com a escolha da Mamie Gummer (Off The Map) no papel da protagonista, que, felizmente a atriz interpretou de forma coerente e satisfatória. A ideia do roteiro e dos outros personagens era boa, mesmo imitando e muito a série da ABC. Só que infelizmente não me fisgou nem ao menos no piloto. Na época que escrevi oprimeiras impressões pensei que talvez as comparações com Grey’s ou o fato de já ter visto o material promocional liberado afetassem meu julgamento. Depois de assistir mais alguns episódios, minha opinião não mudou e o que mais me incomodava era o elenco. Só mesmo Mamie Gummer conquistou meu coração. A audiência americana ficou aquém das expectativas da CW e a série foi cancelada, não deixando saudades em muita gente.

Gossip Girl – (por Cristal)

Depois de anos de temporadas medíocres, quando o fim de Gossip Girl foi anunciado, surgiu a esperança que a série pudesse fazer uma últimz temporada digna das primeiras. Ledo engano, a série de Chuck, Blair e cia. parece mesmo ter esgotado seu fôlego lá pelo final da terceira temporada. Coincidência ou não, depois que Jenny Humpfrey foi embora de vez Gossip Girl perdeu boa parte do seu charme. A versão glamourosa de NY ainda estava lá, as roupas também, mas algo no meio do caminho fez com que a série perdesse seu charme, e se tornasse só mais uma série teen. De lá pra cá, quem se lembra de algum plot que valesse a pena? O flerte entre Dan e Blair – e só. Vez ou outra Georgina trazia novo fôlego à trama, mas até ela (quem diria!) terminou apagada. O último episódio foi bom? Até que sim. Mas certamente não valeu pelos últimos anos torturantes. Nate arranja uma nova namorada, Blair e Chuck se desentendem, Serena fiva confusa sobre seus sentimentos por Dan, Lily apronta mais uma… Alguma dúvida de que uma próxima temporada de Gossip Girl se resumiria a isso? Já foi tarde.

Grey’s Anatomy – (por Camila)

Grey’s Anatomy está entre as melhores séries desse ano, mas também nas piores. Isso mostra a diversidade de opiniões dos nossos colaboradores e também de todo o público. Quando se trata de uma série da Shonda Rhimes nós esperamos muita coisa, sempre grandes eventos. Mas apesar de ainda gostar muito da série, este ano me decepcionou, não porque tenha sido horrível, porque não foi, mas porque esperava por mais. A história, a graduação dos personagens poderia render muito mais, os novos internos poderiam ser trabalhados melhor, mas a sensação que a série está passando agora é que estão tentando nos empurrar estes novos interno de qualquer forma. As histórias dos personagens principais não nos empolga mais, alguns personagens já desenvolvidos começam a regredir, caso da Miranda Bailey por exemplo. Ela é uma personagem e tanto, e de repente deixou de ser a Nazi que tanto gostamos. A historia mais bem desenvolvida até agora foi de Arizona e Callie. Mesmo a amizade entre Cristina e Meredith que é tão bonita está perdendo o brilho. Ainda é uma série muito boa, mas deixou de cumprir o que sempre esperamos de Grey’s Anatomy, de uma série de Shonda Rhimes.

House – (por Camila

House foi essa série que se construiu com uma fórmula básica de episódios que foi seguida em todos os piesódios, salvo algumas pouquíssimas exceções. A ideia inicial foi muito boa, um médico investigativo e clássico anti-herói com uma equipe de auxiliares balanceando seus defeitos. Mas com o tempo a fórmula começou a ficar batida, e em algum momento a série começou a decair. Equipes foram trocadas, jogos foram realizados, até em um relacionamento o médico entrou na tentativa de fazer a série ter mais um fôlego. Quando anunciaram que esta seria a última temporada muita gente aplaudiu e disse: já vai tarde. Continuei assistindo, achei que poderia ser uma ótima temporada final, que os roteiristas se arriscariam mais e trariam as melhores histórias de novo. Mas não foi o que aconteceu, as histórias foram tolas, piores que os piores momentos da série, tudo clichê e muito previsível. A melhor coisa da série continuou sendo o relacionamento de House e Wilson, mas desvirtuaram tanto a amizade dos dois que a história que era para ser muito importante (e foi) ficou melodramática e um tanto incoerente. Por isso House foi a decepção do ano para mim. Poderia ter finalizado com chave de ouro, mas não foi capaz.

How I Met Your Mother – (por Leandro)

Existem comédias que se sustentam por conta de um personagem, como diziam ser a Phoebe em Friends ou Sheldon em The Big Bang Theory. E existem as comédias que nem mais isso conseguem fazer. How I Met Your Mother se perdeu no meio da trama que contava. Essa demora absurda para nos dar quaisquer aparições que seja da tão esperada mãe faz com que muitos fãs (como eu) não tenham mais paciência alguma para assistir aos episódios. Não sei vocês, mas faz tempos que eu não rio com a série. As piadas do Barney são sempre as mesmas e até a evolução do personagem está sendo descaracterizada, porque a cada passo que ele dá pra frente, dá cinco para trás. Marshall e Lily viraram pais e depois disso, nada mais foi o mesmo. Robin e seu amor por Barney acabaram fazendo com que a personagem perdesse suas principais características de liberdade, de mulher independente. E Ted. Ah, Ted não passa de um mero coadjuvante na sua própria trama. O ideal seria que a série trilhasse um caminho logo para o seu final, pois o prolongamento pode fazer com que uma das comédias mais queridas pós-Friends, seja mal vista pelo público.

Once Upon a Time (por Bruna)

Once Upon a Time teve um final de temporada eletrizante, deixando os fãs nervosos pela season premiere da segunda temporada. O problema é que essa segunda temporada começou no mesmo nível de enrolação dos piores episódios da primeira. Até hoje não se sabe porque é que quando Emma quebrou a maldição, e fez todos lembrarem de suas vidas pregressas, a cidade toda não foi transportada de volta. Não bastando Regina ter uma atenção absurda – a personagem que teve mais tempo em cena, agora também aparece a mãe dela, mais malvada ainda e a cada episódio que passa aparentando ser totalmente sem propósito. A sensação que tive de estar sendo enrolada pelos roteiristas nessa temporada só passou no episódio 2×06 Tallahassee que conta a história de Emma e Neal, o pai de Henry. Único episódio que me motivou a seguir assistindo.

Smash (por Maura)

O sucesso de Glee abriu as portas da televisão para um gênero que antes só tinha espaço no cinema: os musicais. Com Glee sendo classificada constantemente como “série adolescente”, ficou um espaço para uma série com uma proposta mais adulta que trouxesse, além de sucessos atuais, músicas próprias e números mais elaborados, se assemelhando um pouco mais aos musicais da Broadway que tanto fazem sucesso entre os americanos. Assim, surgiu Smash, que desde o seu anúncio se tornou uma das séries mais aguardadas do ano por trazer nomes de peso em sua produção como Steven Spielberg e Anjelica Houston. E quem assistiu ao piloto viu a série cumprir muitas de suas promessas, aumentando ainda mais a expectativa de que teríamos um grande show pela frente. No entanto, talvez até mesmo por essa impressão inicial tão boa, o que vimos a seguir não conseguiu manter a qualidade inicial. Tramas paralelas desinteressantes e personagens irritantes (oi, Ellis!) acabavam tirando o foco da produção da peça e apagando o brilho dos números musicais. A boa notícia é que a própria produção da série pareceu reconhecer os seus erros, realizando muitas mudanças para o segundo ano que estreará ano que vem. Quem sabe em 2013 Smash não consegue voltar para nossa retrospectiva na categoria de “melhor retorno”?

The Good Wife(por Keyla)

Neste momento, caro leitor, você deve estar se perguntando como que The Good Wife, uma das séries mais queridinhas da atualidade, veio parar nesse post. Simples: The Good Wife sempre foi uma série excelente. Isso significa que todos nós temos grandes expectativas sempre que sentamos para assistir um novo episódio. Nesta nova temporada, no entanto, a série deu uma escorregada. A série está ruim? Não, não está. Mas não deixa de ser uma decepção, pois nem de longe está tão boa quanto era no passado. In my opinion, o pior erro desta temporada foi Nick Saverese (mais conhecido com “o marido da Kalinda”, ou ainda “Michel Teló britânico”). Já não simpatizo com o ator, que foi o protagonista do episódio que mais odeio em Doctor Who e não engoli essa relação maluca e sem sentido com a Kalinda. Além dos atores não terem nenhuma química, as cenas deles simplesmente não se encaixam na história. Apesar da maioria dos outros personagens serem extremamente carismáticos, parece que faltou alguma coisa no desenvolvimento deles. The Good Wife ainda é uma boa série, que me diverte, mas 2012 não foi o melhor ano para a boa esposa.

The River – (por Tobias

Um das grandes apostas da ABC para a midseason, The River tinha tudo para dar certo. Produzido pelo escritor da franquia cinematográfica Atividade Paranormal, aliado a ninguém mais, ninguém menos que Steven Spielberg, prometia resgatar o gênero de terror na televisão, que vinha embalado com o sucesso de American Horror Story. Elenco caprichado, boa divulgação e os espectadores prontos para se assustarem em frente a TV. E o que se viu? Um verdadeiro show de horrores. Nada, absolutamente nada, funcionava em cena. O que prometia aterrorizar se aproximou muito mais de uma comédia. Personagens sem carisma, história fraca e roteiro mal desenvolvido ditaram os oito episódios produzidos. Pela sina atual, parece que ter o Spielberg envolvido na produção é garantia de fracasso. Resta saber o que há na cabeça de alguns executivos que pensaram em resgatar a série.

 


Alexandre Cavalcante

Jornalista, nerd, viciado em um bom drama teen, de fantasia, ficção científica ou de super-herói. Assiste séries desde que começou a falar e morria de medo da música de Arquivo X nos tempos da Record. Não dispensa também um bom livro, um bom filme ou uma boa HQ.

Petrolina / PE

Série Favorita: One Tree Hill

Não assiste de jeito nenhum: The Big Bang Theory

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