Aquele em que dizemos adeus

Pra quem não sabe, o Apaixonados por Séries existe há quase dez anos. Eu e Camila…

O que esperar de 2018

Antes de mais nada, um feliz ano novo para você. Que 2018 tenha um roteiro muito…

Gotham – 1×08 The Mask

Por: em 16 de novembro de 2014

Gotham – 1×08 The Mask

Por: em

Gotham conseguiu me agradar duas semanas seguidas! Isso já um grande passo para a série que, por ser a promessa dessa fall season, me deixou desiludida com seus episódios fracos. Até semana passada, em Penguins Umbrella, eu realmente achava que a série estava completamente aquém das expectativas. Mas toda a reviravolta vista no episódio não poderia ser jogada fora essa semana, e a série acertou o tom novamente.

Voltamos a ter o “caso da semana”, mas dessa vez com reflexos nas relações entre os personagens e no desenvolvimento da trama. E dessa maneira eu afirmo que The Mask mostrou um padrão que eu espero, sinceramente, a série mantenha no restante da sua primeira temporada.

Gotham-108-Fight-Club

O vilão da semana foi simples e até achei interessante. Temos uma empresa comandada pelo milionário Richard Sionis (Todd StashWick, eu o chamei de Padre Kieran na hora! RS), que para escolher seus funcionários promove uma competição: Eles precisam cair na porrada, se utilizando de materiais de escritório, até que apenas um deles sobreviva e assim, tenha seu contrato assinado. Após achar o corpo de um dos participantes, Gordon e Bullock não encontram muita dificuldade em chegar até o nome de Sionis, mas dessa vez não vou criticar a facilidade com que os detetives sempre chegam aos culpados. Pois toda o caso foi somente o plano de fundo para o episódio.

Primeiramente, Gordon está realmente imbuído de não mais fazer parte do conluio da polícia ou agir contra sua vontade para não gerar problemas. Nenhum dos seus colegas de trabalho se manteve na delegacia quando Victor Zsas apareceu para matá-lo semana passada, então porque motivo ele deve comprometer seus ideais por essas pessoas? Nenhum. Ele não deve nada à ninguém e decide jogar tudo pro alto e agir de sua forma, mesmo que isso desagrade o restante da corporação.

Como eu falei na Review passada, a Comissária Essen mostrou nesse episódio arrependimento por não ter ficado ao lado de Gordon para ajudá-lo com Zsas. Ao que parece, ela também está perdendo o temor de agir de acordo com seu ofício. Nesse momento eu percebi que Jim ganhou mais uma importante parceira dentro da delegacia. Bullock roga para que Gordon tenha um pouco mais de parcimônia – quando ele prende um médico clandestino, informante de outro policial – pois seus atos poderiam trazer problemas para ele, mas Gordon parece não estar nem aí para opinião dos outro policiais.

Para tentar encontrar o local onde os Jogos Vorazes Corporativos acontecem, Gordon e Harvey levantam os imóveis de propriedade de Sionis, e por conta da quantidade, resolvem se dividir. Nesse momento a preocupação de Bullock com o parceiro fica clara, pois a quantidade de inimigos que ele está colecionando torna tudo perigoso para ele. A única coisa que ele pede é que o parceiro não se meta em apuros sozinho, que ligue para ele antes de se colocar em risco. Mas não é o que acontece, obviamente.
Jim, acaba encontrando o local onde a competição acontece, com três jovens presos em jaulas, mas antes de poder fazer qualquer coisa, um mascarado Sionis o apaga. O ricaço muda as regras do jogo e agora quem conseguir dar cabo na vida do policial leva o emprego e mais uma PL de U$ 1.000.000,00! Fica difícil para Jim Gordon, dinheiro em Gotham é maior que qualquer coisa. As cenas de luta corporal entre o policial e os candidatos foram muito boas e bem violentas.

Gotham-108-Bullocks-Speech

Enquanto isso, na delegacia, Harvey fica preocupado em não conseguir localizar o parceiro e se vê impotente, pois ele sozinho não conseguiria checar todos os imóveis de Sionis. Ele é completamente ignorado ao pedir ajuda aos seus colegas de farda e, nesse momento, ele faz um discurso que me deixou muito orgulhosa. Veja bem, todos nós sabemos que Bullock não é um policial exemplar, mas ele simplesmente aprendeu a jogar dentro das regras de Gotham. Ao ver que seu parceiro estava em perigo ele toma frente e escancara a inconveniente verdade de Gordon representa dentro da corporação. Jim, apesar de “atrapalhar” o cotidiano dos outros policiais é, acima de tudo, um deles. Para conseguir atenção, Harvey até ameaça parar de dar cobertura as escapulidas de um policial da esposa. A comissária Essen a primeira a se colocar a disposição, seguida pelos outros policiais. O que eu senti nessa hora foi esperança: Mesmo com tudo errado, as pessoas em Gotham ainda conseguem fazer o certo – as vezes, é claro.

Jim consegue nocautear os três candidatos à vaga, mas o próprio Sionis aparece munido de sua espada para acabar de uma vez de todas com o policial. “Where are your brother police? Did they abandon you?”, perguntou o sádico dono da empresa e Jim responde “I don’t need them.”. A coreografia da luta entre os dois foi excitante, eu realmente fiquei tensa com o que eu estava assistindo. Mas como eu já comentei, Gordon tem um que de Jack Bauer e consegue, mesmo em desvantagem, subjulgar o vilão. Ele se coloca em posição inclusive de matá-lo com sua própria espada, vemos ele titubear e então abandonar a ideia. Essen aparece nesse exato momento (demorou hein?), para surpresa de Jim.

Essa trama de Gordon estar ou não sozinho lutando contra as mazelas de Gotham é muito interessante, e nesse episódio fica provado que, mesmo com todos os acontecimentos ele não está. A parceria com Bullock esta mais concreta do que nunca e eu fico muito feliz com isso, tirar a interação dos personagens do clichê good cop x bad cop é um trunfo. Bullock e Gordon são personagens cheios de histórias próprias, que mesmo trilhando caminhos diferentes, agora estão lado à lado, parceiros, eu diria até amigos.

Mas The Mask não se resumiu somente à situação na GCPD. Obviamente tivemos o episodio deu continuidade ao enredo da série que é a guerra pelo poder da cidade. Oswald Cobblepot, sempre ele! Eu devo parecer um disco arranhado, mas é impossível não se apegar ao personagem. Ele aparece no bar de Fish com um broche roubado de uma madame, para dar-lhe como presente de pazes. Mas Mooney, como sempre, não aceita o deboche e fura a mão de Cobblepot. “When I order some fool killed, I expect him to stay that way.”

Gotham-108-Fish-hunt

Vou confessar que já estava ficando com preguiça da personagem e do seu carão, mas nesse episódio ela deixou uma impressão melhor, não apenas sendo mais uma pessoa a querer o poder simplesmente pelo poder. Ela manda que Liza obtenha um importante papel de Falcone, e para conseguir, fornece uma substância para dopar o mafioso. Não sei se a nova jovem fofinha do pedaço está se apegando ao seu bem feitor, mas ela hesita sobre todo o plano de ser a “arma” ao retornar para conversar com Mooney. Nesse momento, acabamos por conhecer um pouco mais da sua história. Seu ódio por Falcone não é uma simples vingança. Ela inventa que sua mãe, prostituta teria morrido nas mãos de um dos homens do dono de Gotham, e com isso ela acabou por ter apenas um objetivo na vida: Nunca mais ser subjulgada por ser mulher, por nenhum homem. Olha, a gente descobre que a parte da mãe é mentira ao final do episódio – aliás, seria interessante ver como Fish e sua mãe convivem – mas o fato de a sua sede de acabar com Don Falcone ser mais idealista do que uma simples soberba, faz com que a personagem fique bem mais interessante. Gostaria de saber o REAL motivo que a transformou nessa mulher que ela é hoje, e espero que isso seja explorado em breve.

Cobblepot dá uma passadinha na casa da sua mãe – ela é louca mesmo, total! É muito engraçado ver o amor incondicional e doentio pelo filho. Acho que toda a história que ela conta do Bullying que sofreu e de como ela lidou com a situação na escola, faz com que o Pinguim maquine seu plano, pois já sabemos que ele não leva desaforo para casa e ao final, é quem vem orquestrando todos os acontecimentos, desde o começo da série. Ele rapta o novo menino que serve Fish e consegue tirar, depois de muita violência, a informação de que Mooney tem alguém bem próximo à Falcone. Creio que logo logo o disfarce de Lizy vai cair… Vamos esperar.

Episódio bom é assim, já escrevi muito e ainda tenho assunto pra falar. Alfred recoloca Bruce na escola, e ele, como Gordon, se vê sozinho dentro daquele contexto. Obviamente temos os meninos que vão fazer o primeiro dia de aula do pequeno Batman um inferno. Dois garotos começam a implicar com ele, e acabam falando mal da mãe de Bruce. Nessa hora o menino se descontrola, da um tapa na cara do garoto e obviamente leva uma bela coça. Alfred ao ver seu protegido todo machucado, maquina rapidamente um plano para levantar a moral do jovem.

gotham-the-mask

O mordomo presenteia Bruce com o relógio de seu pai, para que isso de alguma forma, inspire o menino. Ao invés de levá-lo para casa, ele o leva para onde o valentão do colégio mora. Notem como Alfred deixa que Bruce aja por si. Ele usa o relógio com um elemento a mais e agora munido de coragem, consegue bater no menino que zombou dele. Olha, não sei se tá certo incentivar esse tipo de comportamento entre crianças, mas que foi legal de assistir, foi. Em tese foi a primeira vez que vimos o futuro Batman em ação contra um “vilão” e usando um relógio como arma. É mais uma semente que deixa claro como o menino vai se desenvolver e tornar-se o Cavaleiro das Trevas e vigilante da cidade no futuro.

Bem, é isso! O episódio foi muito bom e consistente. Acho que agora vamos ter uma polícia mais incisiva no que tange a solução de crimes na cidade. Sobre a guerra pelo poder, creio que Cobblepot em breve vai descobrir ser Liza a pessoa designada por Fish para ajudar a derrubar Falcone. Agora como ele vai usar essa informação, eu realmente não sei. Não consigo saber o que esperar do personagem. E Bruce, que querendo ou não é onde toda essa história vai terminar, agora vai começar a aprender a lutar. Já disse e repito, Alfred ser a pessoa quem o vai ajudar a dar esses primeiros passos, contando também com Gordon, é algo bem legal de se assistir. A infância do Homem Morcego deve sim ser explorada, mas de maneira que venha sempre a acrescentar e dar a real importância para o personagem.

Assistam agora a promo de ‘Harvey Dent’, que vai ao ar dia 17 de novembro.

Vamos às nossas costumeiras observações?

– Cat apareceu de novo. Rapidamente e mais uma vez pede para falar com Gordon.” Girl’s gotta shop.”, adorei!

– Vocês repararam toda discussão sobre máscaras e o significado delas? Lembrem-se de quem será o herói da cidade no futuro.

– E o que foi todo esse clima de Clube da Luta no episódio? Como eu disse na Review os Jogos Vorazes pela vaga na empresa de Sionis eram televisionados! Imagina, assistir pessoas se matando entre uma cervejinha e um petisco. Pesado.

– Posso me abster de comentar sobre a Bárbara? Mulherzinha chata! Apelo zero com o público, não?

– Donan Logue está melhorando a cada episódio, to amando muito Bullock!

– Não falei na review, mas me deliciei com a cenas de Nygma. Ele quer muito ser o cara das autópsias! Me diverti com ele em todas as cenas!

– O menino do colégio de Bruce é Tommy Elliot, nos quadrinhos eles são amigos. Uma criança brilhante e ambiciosa, Tommy e Bruce adoram jogar jogos de estratégia juntos. Mais tarde ele fica rico ao causar a morte dos pais. Ele seria um reflexo antagônico de Bruce. No futuro, transforma-se em um dos vilões do universo DC, o Silêncio.

– Thomas e Marta Wayne representavam tanto assim para Gotham, que depois das suas mortes o caos começa a imperar?

E aí? O que você achou desse episódio de Gotham? Fique a vontade para falar o que quiser!


Lívia Zamith

Nascida em Recife, infância no interior de SP e criada no Rio. Vivo e respiro Séries, Filmes, Músicas, Livros... Meu gosto é eclético, indo do mais banal ao mais complexo, o que importa é ter conhecimento de causa.

Rio de Janeiro - RJ

Série Favorita: São muitas!

Não assiste de jeito nenhum: Friends (não gosto de sitcoms)

×