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Orange is the New Black

Por: em 14 de julho de 2013

Orange is the New Black

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Imagem promocional de Orange is The New Black

Quando li a sinopse de Orange is the New Black, imediatamente fiquei interessada pela série. Por coincidência, poucas semanas antes, eu estava comentando com uma amiga como séries que tratam do sistema prisional dos Estados Unidos (ou de qualquer outro país) hoje em dia não teriam espaço na televisão. Estávamos comentando sobre Oz (que foi citado em OITNB), que mostra de forma cruel e fria a vida dentro de uma prisão de segurança máxima masculina.

Na dramédia OITNB, acompanhamos a vida de Piper Chapman (Taylor Schilling, de Mercy), que quando era mais jovem se meteu com tráfico internacional de drogas graças a uma ex-namorada (Alex Vause, interpretada por Laura Prepon, difícil de ser reconhecida sem o cabelão loiro de Are You There, Chelsea) e agora precisa passar 15 meses na prisão pagando pelo crime. A série é mais uma produção original do Netflix, baseado no livro autobiográfico de Piper Kerman, e foi renovada para a segunda temporada antes mesmo de estrear.

E, o melhor para nós, que somos ansiosos para continuar a conferir os próximos episódios de uma boa nova série, ela já está toda disponível no Netflix Brasil.

O primeiro episódio nos introduz à personagem e um pouco de sua vida antes de ir para a prisão. Seu noivo, Larry (Jason Biggs, que conseguiu se desvencilhar da imagem de adolescente de American Pie), é um escritor bonzinho que apóia a noiva e tem certeza que ela é a mulher da vida dele, mesmo só tendo descoberto esse segredo quando ela recebeu a intimação.

Embora no piloto foi mostrado muito mais da vida de Chapman fora da prisão, é dentro que as coisas ficam bem mais interessantes. Afinal, do lado de fora, Piper vive uma vida bem sossegada e normal.

Entre as “companheiras de quarto” na cadeia, temos Big Boo (Lea DeLaria), que ensina Chapman a limpar a cela; Galina ‘Red’ Reznikov (Kate Mulgrew), que trabalha na cozinha da prisão, lidera o grupo com quem Chapman acaba se envolvendo e com quem a protagonista logo tem uma desavença, ao criticar a comida sem saber que estava falando com a cozinheira. Nicky Nichols (Natasha Lyonne) é uma ex-drogada e considera Red a sua mãe. Ela tem um relacionamento com Lorna Morello (Yael Stone), que dirige a van da prisão e tem um noivo a esperando do lado de fora.

Ainda no elenco, temos Sam Healy (Michael J. Harney), um dos administradores da prisão, responsável pelo caso de Piper. No piloto, parece ser um dos caras bonzinhos e dá alguns conselhos para a recém-chegada. Por outro lado, também temos o Caputo (Nick Sandow), que se faz de bonzinho e praticamente só espera a Chapman sair da sala para se masturbar.

A adaptação de Chapman não vai ser fácil

Logo de cara, ficamos sabendo que as regras da prisão são mais complicadas do que a gente imagina. Por exemplo, o fato de fazer a cama, dormir de certo jeito, manter as coisas limpas com absorventes.

O roteiro é intrigante e sabe prender o espectador do começo ao fim, principalmente por nos fazer imaginar o que faríamos na situação da Chapman. Taylor Schilling ficou muito bem no papel, retratando todas as inseguranças que uma pessoa de classe média teria ao ter que passar um tempo presa. As colegas também são complexas e carismáticas e a série não deixa de lado as brigas raciais do local. O tempo todo Chapman é lembrada que é branca e deve andar com as brancas (mesmo tendo latinas como colegas de quarto).

A sexualidade não é deixada de lado: temos as lésbicas e seus relacionamentos não tão simples (como o caso de Nichols e Morello) e a própria Chapman acabou ali por se apaixonar pela mulher errada. Temos ainda uma transexual (Sophia Burset, interpretada por Laverne Cox) e fiquei surpresa por esta personagem ter aparecido ali e não ter sido colocada em uma prisão masculina devido ao nome do RG. Espero que ela apareça mais e tenhamos um bom desenvolvimento de sua história, pois não é sempre que temos pessoas trans nas séries.

Sendo uma dramédia, o clima em OITNB é bem mais leve do que o visto em Oz, por exemplo, e torna a série muito mais fácil de ser digerida pelo grande público. No primeiro episódio, não tivemos cenas de violência explícitas que afastam os mais sensíveis, só algumas mais ‘nojentas’ como a surpresa do café da manhã da protagonista.

A produção de OITNB é assinada por Jenji Kohan (mais conhecida como a criadora de Weeds) e Liz Friedman, que trabalhou em Xena: a Princesa Guerreira, The O.C., Numb3rs e House.


Bianca

Feminista interseccional, rata de biblioteca, ativista, ama filmes, séries, cultura pop e BTS. Twitter sempre vai ser a melhor rede social.

São Paulo - SP

Série Favorita: Grey's Anatomy

Não assiste de jeito nenhum: Lost

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