Há algumas semanas comentei em uma review que um dos capítulos de Bones desta temporada apresentaria o elenco do provável spin-off da série que, se fosse bem recebido pelo público já entraria na grade de programação da tevê norte-americana no próximo ano. Bem, não posso falar pelos americanos, mas no que depender de mim esse spin-off não sai.
Porque? Basicamente porque os personagens não empolgaram, principalmente o protagonista, Walter, que sofre de um mal comum a várias séries: ser um tipo extravagante, aparentemente sem senso de humor e que se utiliza de meios prá lá de estranhos para resolver casos aparentemente insolúveis.
Em alguns casos esse conjunto de características dá certo, mas infelizmente esse não foi o caso aqui. Nem sua curta interação com Bones salvou. Muito menos os pequenos atritos que teve com Booth, graças à forma como os dois se conheceram. Aliás, o ciúme que Booth demonstrou de Bones quando percebeu que Walter estava interessado nela foi um dos poucos pontos altos do capítulo.
Outro detalhe que comprometeu e muito The Finder foi o caso em si. Apesar da iniciativa de ver a equipe do Jeffersonian em busca de um tesouro há muito tempo perdido, o desenrolar das investigações, que por motivos óbvios centralizou o trio de “localizadores” foi maçante. Tanto que me peguei olhando para o contador da tela a cada dez segundos e me perguntando quanto tempo faltava para isso terminar. Quando isso acontece é porque alguma coisa muito errada está acontecendo…
Mas apesar de eu não ter gostado muito (ou, melhor dizendo, nada) desta nova equipe, o “troglodita” Leo até que arrancou alguns sorrisos amarelos, em boa parte pela mistura um tanto estranha de brutalidade e sensibilidade, já que ele apareceu em boa parte das sequências carregando um livro de poesias nas mãos.
Agora a garçonete Ike é tão sem graça quanto Walter, que por sinal formam o perfeito casal sem graça.
Tirando uma ou outra conversa um pouco mais interessante, como quando ela conversa com Walter sobre sua recusa em tratar um dano mental que ele sofrera anos antes, o restante é totalmente dispensável. Principalmente a aspiração do personagem a fazer o tipo “Don Juan”. Não colou, definitivamente, assim como a ideia dos roteiristas em escalar esta equipe para dar vida ao novo spin-off de Bones.
Diz o velho ditado que em time que está ganhando não se mexe. Sendo assim, que tal se os roteiristas deixassem para lá essa idéia absurda de criar uma franquia de Bones e investissem sua criatividade em desenvolver roteiros cada vez mais interessantes para a série? A audiência e o público agradeceriam.
Até a próxima semana, de volta ao Jeffersonian eu espero.
