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Criminal Minds – 6×01 The Longest Night

Por: em 27 de setembro de 2010

Criminal Minds – 6×01 The Longest Night

Por: em

É engraçado querer muito que uma série como Criminal Minds volte, ficar ansiosa para assistir ao próximo episódio. Eles não tem cliffhanger para nos prender a cada episódio, cada caso é um caso, e os ganchos só acontecem na season finale. Mas apesar de termos tido uma excelente quinta temporada, o último episódio deixou muito a desejar. E como fazer um bom episódio para o início da sexta temporada sem um bom material para o qual dar continuidade?

Os escritores conseguiram este feito, não pela ação do FBI, mas pela atuação dos convidados e pelo drama que conseguiram captar e passar para os telespectadores. O episódio todo gerou uma tensão também. Sempre que acontecia algo eu pensava que já estava no fim, que tudo ia acabar ali, olhava no contador e pensava “Mel Dels, o que vai acontecer agora, já que o episódio não está acabando”?

É sempre bom retornar e ver que Criminal Minds não perdeu o que tem de melhor, a sintonia entre sua equipe. Ver os agentes chegarem a mesma conclusão, cada um contribuindo com uma pequena parte do caso, se entendendo e sabendo o que está se passando com cada um.

Mas mesmo com esse excelente time, acho que o destaque do episódio ficou por conta de Tim Curry, excelente ator que deu o ar terrível ao assassino da semana, Billy Flynn. Ele conseguiu encarnar toda a descrição do monstro que o FBI estava caçando. Psicopata, controlador, responsável pela criança, que foi muito além de querer ser reconhecido pelo famoso detetive de Los Angeles. Ele não queria nem saber do detetive, ou pouco se importava com foi ele que o responsável pela transformação do Spicer no herói da cidade. Ele conseguiu mostrar todas as facetas de sua personalidade destruída.

Ellie, a filha do detetive Spicer, foi uma personagem interessante. Não sei como não teve medo do Billy, ou como não ficou abalada por ver o pai morrendo. Mas foi uma criança corajosa, e toda a solução do caso foi por conta dela. E por causa da JJ, que teve uma grande participação no episódio, mas foi principalmente por suas ações que os agentes conseguiam chegar mais perto do Billy Flynn, ou por dela que o assassino ficou mais vulnerável.

Ao todo foi um episódio que apelou para o nosso sentimento. Você não teve esta impressão? Tentaram passar a apreensão do Morgan, sua fúria com o Flynn. É como Reid falou, coitado do suspeito quando o encontrasse no caminho. E eles iam se encontrar. Mas não acho que o Morgan seja bom assim em sentimentos, para passar tanta raiva. Tá certo que ele é a personificação de tudo que achamos que um agente do FBI deva ser, mas as vezes acho que falta algo nele. Ou no ator, quem vai saber? Mas ele sente sua impotência em salvar Ellie ou a sua tia. E quem acabou fazendo este trabalho foi a JJ. Mas foi reconfortante ver que ele conserta seus erros, conversou com a Penélope e pediu desculpas, e ainda consolou a Ellie. Nesta hora meus olhos encheram d”água. O que será de uma criança nessas circunstâncias?

JJ foi empurrada para uma situação que sempre mexe muito com ela. Sempre que se tratou de crimes contra crianças em Criminal Minds (e em outras séries) todos ficam abalados, é mexer com o que se tem de mais puro na humanidade, mas a JJ reagia de uma forma diferente, não conseguia muito colocar as emoções de lado e trabalhar. Neste episódio ela continua demonstrando isso, ela usa sua intuição para conversar com Billy Flynn. Toda Los Angeles escuta sua fala, ela consegue tocar um por um, de policiais a mães donas de casa. E por fim consegue também fazer o Flynn perceber que sua atitude não é boa.

Foi um pouco clichê ele ter soltado Ellie, mas quem se importa? Eu acho que uma pessoa tão fragmentada como ele, a resposta natural à esta desilusão seria matar a Ellie  e depois suicidar, para que ambos não tenham mais que sofrer. Mas que bom que ela conseguiu e os roteiristas não usaram isso como desculpa para o próximo episódio.

Tive a impressão de que eles trabalharam pouco neste caso, será pela dificuldade de locomoção com Los Angeles naquele Caos? Ou foi para dar maior tempo de tela para o Tim Curry?

Uma coisa que achei estranho as visões do campo do Billy, não lembro de ter visto cenas do tipo em Criminal Minds, sempre que mostraram o passado de alguém, ou a imaginação de alguém, a “ambientação” era mais parecido com a série. Estas visões achei que eram propagandas de amaciante de roupas, perfume do campo!

Para mim não foi um excelente episódio, mas foi melhor que a season finale. Agora esperar pelo próximo, JJ.


Camila

Mineira, designer, professora que gosta tanto de séries que as utiliza como material didático.

Belo Horizonte/MG

Série Favorita: Fringe

Não assiste de jeito nenhum: Supernatural

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