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Dexter – 8×08 Are We There Yet?

Por: em 19 de agosto de 2013

Dexter – 8×08 Are We There Yet?

Por: em

Toda vez que acabo de assistir a um episódio de Dexter eu me pergunto se gostei do que vi ou não. Geralmente tenho a resposta na ponta da língua, mas hoje foi um pouco diferente. Ainda não consegui decidir, ou definir, o que senti por este capítulo da história do serial killer. O episódio foi bom, mas confesso que, ao término do “Dress Code” na semana passada, eu esperava muito mais ação e menos cenas de jantar em família. É claro que entendo que o desenrolar da história de Dexter-Hannah-Vogel-Zach-Deb é necessária para finalizar a trama, mas irritou o excesso de simbolismos da família feliz de assassinos e sua mãe-criadora. Foi desnecessário Vogel chamar Hannah para jantar, como se fosse a sogra conhecendo a nora. A relação mãe-filho entre ela e Dex já está beirando o inverosímel. Apesar de achar engraçada a cena que deu nome ao episódio (com Zach igual ao Donkey de Shrek dizendo “are we there yet?” para seus “pais” Dexter e Hannah) eu não acho que ela se encaixa no perfil da série da Showtime. Estes detalhes que não me deixaram feliz.

zach-dex

Nesta review faço uma dinâmica diferente, acrescentando ao texto frases do episódio que representam bem o que achei de cada plot.

“Você está em cima do caso ou em cima dela?” – Deb

Deb descreveu bem o que sinto pela relação Dexter e Hannah. É compreensível que o serial killer seja loucamente apaixonado por Hannah (afinal já estamos chegando a conclusão de que Dex não é 100% psicopata como era pregado na 1ª temporada), mas o excesso de foco no relacionamento dos dois me leva a ficar tão irritada quanto a irmã Morgan. Roteiristas, menos amor e mais sangue! Por favor! Não esqueçamos que Dexter é a história deste cara que amamos, mas que só amamos porque ele não era mais um super herói torto que vira príncipe encantado no final da história. Ele pode sim salvar Hannah, querer ajudá-la a fugir, trocar cenas tórridas com ela na cama (que aliás eu nunca tinha visto tão tórridas desde…Dexter e Hannah) e fazer juras de amor eterno: o foco da história só não pode, e não deve, ser este. Dexter tem outros relacionamentos tão importantes quanto o que tem com a loirinha, que não podem ser deixadas de lado assim em um episódio. O 8×08 me remeteu ao episódio “Argentina” (que inclusive foi bem mencionada como rota de fuga de Hannah por Dex), onde há sentimentalismo demais e ação de menos. Há quem goste, claro, só que não faço parte desta turma.

Episode 808

“Cara!” – Zach

“Não me chame de cara.” – Dexter

Já o diálogo acima fez parte do plot que me agradou no 8×08. O desenrolar da história de Zach foi surpreendente, até porque o garoto não matou Cassie, e acabou morto mesmo assim, só que não pelas mãos de Dex. Foi bom envolver Quinn nesta história: tenho a impressão que o namorado da vizinha de Dexter vai acabar lincando o garoto ao analista forense, e ai quem sabe o candidato a sargento começa a juntas as peças desta história que teve início lá na quinta temporada, logo após a morte de Rita. Vamos acordar né Joey! O melhor de todo o plot de Zach é que descobrimos que o Brain Surgeon não está morto! Ponto alto para os roteiristas que me fizeram acreditar que eles tinham largado esta história de lado. Agora as coisas vão se apertar para Vogel (e confesso que não lamento a morte do pequeno Hamilton – fez o que tinha que fazer pela história).

vogel-brain

“Vocês duas ainda estão respirando. Isto é um bom sinal.” – Dexter

O episódio teve ainda como destaque o tenso diálogo entre Deb e Hannah no matadouro frustrado de Zach. Já estava na hora de Deb entender que mexer com a loira é também mexer com seu irmão. Já Hannah pareceu entender que mexer com Deb não é o caminho para se entender com seu amado ruivo. Mas todo cuidado é pouco com a florista. Harry já avisou Dex sobre isto…duas vezes. É provável que Elway entre bem neste núcleo, terminando o trabalho que a ex-policial (que vai voltar a ser detetive?) deixou pelo caminho. Só não sei se isto vai afetar o relacionamento dele com a sua funcionária e objeto de desejo.

dex-hannah-zach-deb

“Eu esqueço do impacto que os assassinatos tem em pessoas normais.” – Dexter

Sobre os secundários, não vejo nada de animador. O plot de Massuka que estava bom já está começando a me envergonhar por não se encaixar no ritmo da série. Batista cada vez mais para escanteio (uma pena) e Matthews…alguém mata ele logo por favor? Jamie conseguiu destaque com a morte da amiga, mas só. Vendo estes personagens me dá uma saudade de Doakes e LaGuerta; pelo menos eles sabiam levar uma história interessante até o fim.

Observações adicionais:

*Tocou João Gilberto de novo na cena entre Dexter e Hannah. Desta vez foi a música “Desafinado”, que até combina com o casal. Vejo ai uma trilha sonora brasileira como tema para eles? Ponto pro Brasil!

*”Make Your Own Kind Of Music” tocou de novo, só que no iPod de Dexter, junto a Zach sem metade do crânio. Esta pelo visto é a trilha do Brain Surgeon, e antecipa o próximo episódio, que tem o mesmo nome da música.

*Zach imitou o jeito de Dexter ao falar de sua vítima, em uma cena imperdível. Respira fundo e fala com a voz suavemente grossa, ironicamente copiando o “mestre”. Uma das minhas favoritas até agora.

Até semana que vem!


Marina Sousa

Mineira radicada em SP. Pão de queijo + séries + música. É fã de listas, maratonas e, claro, trilhas sonoras.

São Paulo/SP

Série Favorita: Friends

Não assiste de jeito nenhum: Lost

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