O Natal não está completo sem Doctor Who. O especial é o episódio que mais espero durante o ano. Depois da emocionante despedida dos Ponds em The Angels Take Manhattan, a série voltou para uma nova fase, com direito a nova companion, nova abertura, nova TARDIS… Nesta brincadeira, só o Doctor que não mudou. O episódio começa na Inglaterra, no ano de 1842. Todas as crianças estão brincando e se divertindo, exceto Walter, a criança mal-humorada e anti-social que fazia bonecos de neve. Isso até ele começar a ouvir a voz do Gandalf, ou melhor, do boneco de neve (snowman). Depois 50 anos o grande plano maléfico de vilão da história se inicia.
Foi então que conhecemos, pela segunda vez, a nova companheira do Doctor. Que morre. De novo. Sim, Steven Moffat é um psicopata que adora matar todos os personagens repetidas vezes. Mas voltarei à esse ponto mais tarde. Por enquanto vamos falar da Clara. Gostei bastante da personagem. Já havia simpatizado com Jenna Louise Coleman em Asylum of the Daleks e a propaganda em cima da personagem é bem forte. Obviamente, Clara lembra muito a Oswin. Ela é divertida, inteligente, curiosa e teimosa, assim como toda boa companheira do Doctor. The Snowmen foi cheio de referências à série clássica, já que a Grande Inteligência (Great Intelligence) apareceu como vilão em The Abominable Snowmen e The Web of Fear com o 2º Doutor. Sherlock Holmes também foi muito comentado, com a sugestão de que Madame Vastra e Jenny seriam a inspiração para Sir Arthur Conan Doyle e é claro, o Doctor vestido de Sherlock. Além de Madame Vastra e Jenny, tivemos a divertidíssima participação de Strax, a batata anã psicótica.
Apesar de ter gostado do episódio, eu achei que ele foi um pouco longo. Eu sei que como a maioria dos especiais da série, ele é mais longo do que o normal. O problema foi que eu percebi o quão longo ele é, coisa que não acontece em A Christmas Carol, por exemplo. A primeira metade do episódio foi um pouco parada, com muito mimimi do Doctor (compreendo o mimimi, apesar de achar chato) e pouca emoção de verdade. Gosto de ver todo mundo correndo feito doido, essa é a verdade. Apesar disso, a segunda metade compensou bem. A história foi bem construída e foi consistente, apesar de achar que o vilão poderia ter sido um pouquinho melhor aproveitado.A diversão começou depois que Clara assumiu sua posição como como governanta. Como sempre, as coisas sempre ficam mais divertidas depois que o inverno realmente chega. O vilão entrou em ação, a correria começou e o Doctor voltou a interferir. Clara foi, novamente, a melhor coisa do episódio, com as suas observações como “é menor do lado de fora”. E a grande questão é: algo impossível está acontecendo. A mesma mulher, duas vezes. Provavelmente a 2ª metade da temporada terá um explicação para isso. Mas até lá, quais são as suas teorias? Quem é Clara Oswin Oswald?
A review demorou um pouco, podem culpar os feriados. Voltamos à programação normal de reviews de Doctor Who em abril. Até lá!
P.S.1: A abertura ficou bonita. Ainda estou tentando me acostumar com o novo interior da TARDIS.
P.S.2: Só eu acho horrível o nome “Oswin Oswald”? Sempre achei esquisto nomes que rimam.