Aquele em que dizemos adeus

Pra quem não sabe, o Apaixonados por Séries existe há quase dez anos. Eu e Camila…

O que esperar de 2018

Antes de mais nada, um feliz ano novo para você. Que 2018 tenha um roteiro muito…

Glee – 3×05 The First Time

Por: em 9 de novembro de 2011

Glee – 3×05 The First Time

Por: em

Tobias:

Intenso. Acho que não há melhor palavra que descreva este episódio. Apesar de todas as contrariedades, dos altos e baixos que Glee vem tendo, parece que dessa vez, Ryan Murphy e companhia acertaram o tom, e The First Time conseguiu mostrar, finalmente a que essa terceira temporada veio.

Muita coisa aconteceu do primeiro ao último minuto, e isso foi um ponto importantíssimo para a boa construção e desenvolvimento do episódio. Não houve as chamadas “barrigas”, tudo aí tinha um propósito, não eram acontecimentos avulsos com o objetivo único de gastar o tempo. As músicas se encaixaram como uma luva, o plot do musical foi encerrado no momento certo, sem se prolongar demais, os personagens estavam afinadíssimos e a química esteve presente como nunca. Creio que posso dizer que este foi um dos melhores momentos do elenco de Glee desde sua segunda temporada. Na primeira, o cast era mais enxuto, tímido, e a temporada se foi completa. Na  conturbada segunda, muito era inserido e pouco era aproveitado, uma batalha de quem aparecia mais em cena. Mas agora, parece que eles estavam aí para se completar, não para se sobressaírem um perante o outro.

Até os personagens mais insuportáveis não estavam tão insuportáveis como de costume. Nem Finn foi capaz de estragar nada, pela primeira vez em muito tempo posso dizer que ele não me incomodou quando estava em cena. E isso é algo realmente muito raro. Algumas coisas eu simplesmente não consegui entender, por exemplo: como Rory (Damian) foi parar no meio do musical. Ora, ele chegou no episódio passado e neste já está engajado com o projeto? Mas se formos por na balança, isso significa que esta curta participação dele conta como o segundo episódio. Ou seja, só faltam mais cinco. Sei que sou um dos poucos que não gostam dele, como já disse, pra mim havia muita gente mais condizente em The Glee Project, e só um rostinho carismático e um sotaque bonitinho, pra mim, não são suficientes para merecer uma vaga na série. Mas isso é gosto pessoal, e já que inevitavelmente ele estará lá, só me resta torcer para que acabe logo.

Sebastian (Grant Gustin) foi uma inserção que pode ser muito proveitosa. Afinal, a relação de Kurt e Blaine vai muito bem, e não tem nada que a atrapalhe, o que pode deixar tudo muito monótono e ambos os personagens sem história alguma. Agora, com um possível triangulo amoroso se formando, Glee vai se incendiar, afinal, teremos um grande duelo entre Kurt e o dito cujo, e nenhum dos dois parece ter intenção de ceder. E eu quase pulei da cadeira quando vi o Karofsky chegando no bar. Sério, o personagem tinha simplesmente desaparecido, sem mais nem menos, prometeram sua volta, e aqui estava ele. Preciso dizer que ao ver Kurt e ele sentados lado a lado, tive certeza: formam um casal muito melhor que Kurt e Blaine. Parece que os dois se encaixam em cena, e olha que eu não gosto do Kurt (apesar de ele estar mais suportável ultimamente), mas a química com Karofsky é incrível. Será que rola dele voltar pra McKingley? Eu, pelo menos, estou torcendo.

E o West Side Story passou! Até de forma mais rápida do que esperava. Mas foi maravilhoso ver Santana brilhar mais do que Rachel, afinal, que número musical foi aquele? Intenso, assim como o episódio. Artie foi outro que voltou a ter o merecido destaque, e foi bacana ver que a relação com os pais de Mike ainda pode render. Confesso que fiquei esperando ver o pai dele sentado na platéia, mas infelizmente isso não aconteceu. Olha só, achei que nunca mais veríamos os Warblers, mas feliz ou infelizmente isso não aconteceu. Agora eles viraram ate acrobatas, né?

Agora, finalmente, vamos falar do que realmente interessa, e do que o episódio se propunha a retratar: a primeira vez. Quando eu li sobre o episódio fiquei extremamente receoso, afinal, querendo ou não, é um assunto que ainda possui muitas barreiras a serem superadas. As pessoas, muitas vezes, não se sentem confortáveis ao falar sobre sexo, e eu temia que Glee retratando isto poderia ser uma tragédia, ainda mais quando soube que Blaine e Kurt também teriam sua primeira vez. Felizmente eu estava enganado. Tudo foi mostrado da mais bela forma possível, com romantismo, sem exageros. Tudo foi muito sincero, aconteceu como tinha que acontecer. E a Parents Television Council (que caiu em cima do episódio  2×15 -“Sexy) não pode reclamar de nada. Naturalidade definiu o momento. Preciso salientar aqui o tanto que eu admiro a Beiste. É sem dúvidas, uma das personagens mais profundas da trama, e deveria ser mais explorada. Nos episódios em que ela aparece, Dot Jones dá um show de atuação. A personagem consegue ser durona enquanto transparece sua meiguice, suas fragilidades. É adorável!

Posso desabafar? Estava com saudades dessa Glee, que deixa as besteiras de lado e mergulha no que se propõe. Que esse sentimento, essa cumplicidade e essa química não se percam, e que tudo volte a ser como na primeira temporada. Fazia tempo que eu não tinha tanto o que elogiar.

PS: Estou ansiosíssimo para ver Santana e Mercedes num mash-up de Rumor Has It e Someone Like You, da Adele, que será a apresentação de número #300 da série. Someone Like You, por sinal, é uma das músicas mais poderosas dos últimos tempos. Chega logo, terça! E chega, já me estendi demais. Até semana que vem.

 

Luana:

Mesmo The First Time sendo completamente focado no musical West Side Story, tivemos neste episódio uma surpresa: uma música que, além de não ser da peça, trouxe de volta a Glee o ex-grupo de Blaine, os WarblersUptown Girl foi a música perfeita pra essa volta do grupo masculino, é exatamente o tipo de música que estávamos acostumados a ver Blaine solar. Justamente por isso, achei esquisito ouvir outra voz solando mas, sinceramente, gostei de vê-lo como coadjuvante. Blaine dançando ao lado dos ex-colegas sem se sentir diminuído nem triste é exatamente o que eu esperava daquele rapaz seguro e confiante por quem nos apaixonamos quando Kurt o conheceu.

Do musical, tivemos três canções interpretadas por RachelTonight (com Blaine), A Boy Like That (Santana) e One Hand, One Heart (com Blaine novamente). Quis falar das três juntas pra ressaltar o fato de que fiquei extremamente surpresa com Rachel neste episódio. Quando ela abriu a boca e soltou a primeira nota já me chamou a atenção. Rachel me pareceu, nesta semana, com uma voz mais adulta e segura, sem aqueles dramas todos que sempre me incomodaram na personagem. Claro que isso tem a ver com todo o enredo do episódio – foi um momento de crescimento para a nossa diva.

E quem não amou America? Ver Santana Puck liderando o grupo de hispânicos foi genial! O sotaque estava ótimo, a dança estava linda e o melhor: Santana não estava apenas (como sempre) sensual: estava completamente imersa na personagem que estava interpretando, além de estar parecendo muito feliz por estar ali. Vou contar pra vocês um segredo: comecei este episódio não gostando muito do que estava vendo e ouvindo mas, ao final de 42 minutos, estou novamente apaixonada por Glee.

 

Confira abaixo o promo do próximo episódio, Mash Off:

 


Tobias Romanzini

Porto Alegre - RS

Série Favorita: Grey's Anatomy

Não assiste de jeito nenhum: Fringe e séries policiais

×