Mais um episódio perfeito em Glee. As músicas podem ter deixado a desejar no geral, mas toda a história trabalhada compensou sem a menor dúvida. A volta de John Stamos e Gwyneth Paltrow ao cenário fez toda a diferença e fez a história caminhar a passos largos. Somado aos episódios 2×14 Blame It on the Alcohol, 2×11 The Sue Sylvester Bowl Shuffle, 2×08 Furt, 2×07 The Substitute, 2×06 Never Been Kissed, 2×05 The Rocky Horror Glee Show e 2×02 Britney/Brittany, esse episódio oficialmente coloca essa segunda temporada como sendo a minha favorita. Mais explicações abaixo.

Acabei de ver o episódio mas a sensação é de que ele não terminou e me dá um desespero por não saber se Holly e Will vão ficar juntos, se o fora que a Brittany deu na Santana foi de verdade ou se ela vai mudar de idéia – porque aquela cena da conversa delas me deixou a sensação muito forte de que ela vai mudar, se o Finn vai ter outra vez seu coração quebrado pela mania de grandeza da Quinn (por essa eu já espero e torço desde que eles voltaram a se pegar), se a Lauren e o Puck finalmente vão ficar juntos mesmo, se a Emma vai se dar conta que está perdendo Will de vez… Tempos que eu não tinha essa sensação de urgência desesperada pra saber o que vai acontecer em Glee.

Mais uma vez Burt foi o melhor pai que um filho gay poderia ter. Conseguiu panfletos e falou o que Kurt mais precisava ouvir. Eu fico realmente deslumbrada com o Burt, um personagem secundário que consegue acertar tanto com o filho que até merecia mais atenção na trama. E muitos créditos ao Blaine que, mesmo vendo que o assunto era desconfortável para pai e para filho, incentivou Burt a tomar a iniciativa da conversa com Kurt. Sobre o dueto de Kurt e Blaine cantando Animal, preciso concordar com Blaine: as caretas do Kurt tentando ser sexy me deram medo! E sobre a versão em geral,  achei ok.

Sue apareceu por apenas uma cena, tentando descobrir algo de Blaine e Kurt e não conseguindo. Confesso que não senti falta dela nesse episódio porque todo o mote Santana+Brittany me prendeu muito.

Há algumas semanas eu já vinha lendo por aí que Santana ia se declarar de verdade para Brittany, e ia querer ter um relacionamento de verdade com ela, mas só agora, depois de ver esse episódio é que me caiu a ficha do impacto desse acontecimento nessas duas personagens. A Santana tem uma agressividade absurda, que era baseada em um segredo que ela tinha vergonha de admitir até a si mesma, além do medo de ser julgada pelas outras pessoas. Mais uma vez Glee mostra sentimentos difíceis de serem encarados por adolescentes e o quanto a opinião alheia atrapalha no processo de aceitação. Uma pena nesse plot incrível, com atuação impecável da Naya Rivera, é que a Brittany não é uma personagem mais séria em sua essência, e mesmo que ela fosse nesse momento, pareceria forçado e diferente do que estamos habituados a ver em Brittany. Poderia ser uma sequência mais rica nesse aspecto, mas não deixou de ser linda.

A volta da Holly foi tudo que eu esperava e até mais. Começo aqui a campanha: Gwyneth, fica em Glee pra sempre! Sabia que haviam faíscas entre ela e Will, cantando e dançando Kiss em estilo tango foi muito mais do que faíscas! A versão não ficou muito diferente da original, na verdade em alguns momentos eu até achei que era a versão do Prince em playback. Ainda não sei se torço pra Holly e Will ficarem juntos, mas com certeza torço pra Holly sempre voltar a Glee. É uma pena que os roteiristas não explicaram de onde vem tamanho trauma da Holly para relacionamentos com mais de 36hs, seria uma história legal de conhecer, mas como tem muito pouco a ver com o GleeClub, acabou ficando de lado. Também sobre Holly: o que foi aquela aula sobre a camisinha e o pepino, minha gente! Sempre achei que a Mercedes fosse mais espertinha, me decepcionou. Sobre Do You Wanna Touch Me, foi sexy e adequando com a idéia da aula de educação sexual a que se propôs, mas poderia ter sido mais animado.

Sobre o clube do celibato, é mais um dos argumentos que me fazem não gostar nem de Rachel nem de Quinn. Ninguém em um clube do celibato, em plena adolescência, em 2011, é capaz de ter bom senso. Isso não existe. É o tipo de coisa inadmissível em plena era da informação: preferir não saber nada quando se tem todas as informações em tão fácil acesso é incompreensível. Sobre a Emma e a sua virgindade, era exatamente o que eu esperada. O que eu não esperava é que um personagem tão “o máximo” em tudo, como o marido dela, aceitaria isso por 4 meses. Uma mulher de 30 anos, casada por 4 meses e ainda virgem: Glee carregou forte na ficção. E como não poderia deixar de ser, Afternoon Delight só valeu pela vergonha de Emma não saber que a música se tratava de uma “rapidinha” e achar que se tratava de um doce: surreal. E Carl abandonando Emma em plena “seção” com Holly se passando por sexóloga, foi histórico. Imaginava que a Emma não tinha superado os problemas dela, mas não esperava que o motivo pra isso fosse os sentimentos pelo Will. Cansei de torcer por Emma e Will juntos, de verdade.

Sobre as músicas desse episódio, em geral elas deixaram a desejar, exceto por Landslide, cantada por Holly, Santana e Britanny: foi linda, comovente, emocionante. Depois dessa declaração linda de amor, eu não esperava que Brittany desse um fora em Santanna. Espero que elas fiquem juntas, ao menos por um tempo, ou então que Santana ache alguém logo e não fique sofrendo pela Brittany. Sobre a música, eu não via a hora de Glee ter alguma versão de Dixie Chicks, minha banda country favorita. Quando os acordes começaram e eu identifiquei a música, caiu a primeira lágrima. Eu não chorava com Glee desde o episódio do casamento, e nesse eu morri chorando. Essa versão vai ficar no repeat do meu player por muito tempo.

Preciso contar a vocês que nunca escrevi uma review tão rápido – assisti apenas uma vez ao episódio e a review já está toda aqui -, provavelmente amanhã eu vou me ligar que esqueci de comentar outras coisas. A história toda da Santana e da Brittany me deixou bem perturbada e o final-sem-final me fez escrever tudo isso sem parar pra respirar!