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Grey’s Anatomy – 8×12 Hope for the Hopeless

Por: em 21 de janeiro de 2012

Grey’s Anatomy – 8×12 Hope for the Hopeless

Por: em

Se juntem comigo no coro? Mais um episódio impecável de Grey’s Anatomy, que a cada semana que passa me surpreende mais e mais com essa temporada, que eu já considero a melhor desde a 2ª. Eu consigo encontrar qualidade em todos os anos de Grey’s, pra mim a série acerta mesmo quando erra, mas tenho que admitir que há tempos que esperava episódios tão redondos e tão bem balanceados.

Não me canso de elogiar, porque o que eu sinto cada vez que sento pra assistir a um novo episódio é indescritível. Essa semana, por exemplo, a oscilação entre humor e drama estava  perfeita. Em questão de segundos, as situações poderiam nos levar do riso ao choro.

Quando vi a sequência inicial toda divertidinha, aquela música animada, confusão por excesso de pessoas, Callie e Arizona falando sobre cabelos, Bailey tirando onda com o Richard, imaginei que teríamos algo bem leve vindo por aí e jamais imaginava que durante vários momentos eu ficaria com uma angústia no coração, com um choro entalado… E esperava menos ainda que esses momentos envolvessem os guest stars, especialmente o garoto que Lexie e Derek trataram.

Eu sempre me envolvo um pouco mais do que o normal quando o caso é com alguma criança. Não sei explicar direito o motivo disto (até porque eu não sou o maior fã de crianças), mas sempre que Grey’s traz alguma em uma situação como a daqui, tumor, morte e tudo, eu deixo meu racional de lado, como a Lexie. Gostei bastante de toda a condução do caso dele; não seria o Derek que eu conheço se seguisse o emocional e tentasse a cirurgia arriscadíssima. E escolheram um ator mirim bom, não é? Ele conseguiu me passar emoções em diversos momentos, especialmente nas conversas com a mãe. Bem mais do que a história das irmãs, que também foi bem contada, mas não teve um décimo da emoção da outra.

Não esperava a Adele ali no hospital. A presença dela me pegou de surpresa, eu sequer imaginava que voltariam ao plot dela. Foi uma reviravolta bacana, já que – honestamente – a história de 10.000ª cirurgia do Richard não me empolgava nenhum pouco. Gosto muito do personagem, ele é interessante, mas não a esse ponto, de me fazer ficar ansioso por uma comemoração sua. A cena da OR foi uma das melhores do episódio, desde a Adele surtando e confundindo a Meredith com a Ellis até o Richard a acalmando com boas lembranças.

Achei bacana trazerem, finalmente, uma discussão sobre a especialidade da Meredith. A gente sabe desde muito tempo atrás que o Alex é da pediatria e a Cristina da cardio, mas a Meredith nunca teve uma área definida – talvez isso a torne ainda mais interessante, às vezes. Talvez seria interessante vê-la com a Bailey em cirurgia geral, mas o discurso final dela pro Richard me fez concordar com a posição que ela escolheu no momento. E falando no final, que criança fofa é a Zola, não é? Ela consegue ficar mais bonitinha a cada episódio!

Desde o começo, eu achei estranha a história da Teddy e da Cristina. Lidar com o luto ficando sem dormir e emendando uma cirurgia na outra foge ao que eu esperava, mas funcionou bem, o começo da situação foi engraçado, todo o plano delas para roubar a cirurgia foi ótimo. E eu já sentia ali que, em algum momento, a situação da Yang e do Owen iria explodir. Eu não o culpo, ele estava fazendo o papel de chief e o fez muito bem, colocando na balança e sabendo separar as coisas.

A explosão dele no final do episódio foi pesada  – MUITO PESADA -, mas, pela primeira vez, desde que essa situação começou a se formar, eu consegui ver o lado dele. E não o culpo. Mesmo. Ele passou e muito dos limites gritando com ela daquela forma e usando aquelas palavras duras, “Você matou nosso filho” foi realmente hardcore demais e eu nem quero imaginar como isso vai mexer com a Cristina. Mas uma hora essa discussão teria que vir a tona, não é? Ele criou toda uma cortina de expectativas, que poderia até saber que jamais seriam cumpridas pela Cristina, mas que mesmo assim não doeram menos quando foram por água abaixo. Como eu já disse outra vez aqui, não é algo que eu consigo julgar e apontar um lado certo ou errado, culpado ou inocente. Sandra Oh e Kevin McKidd arrasaram na cena e a ela entrou pro meu hall de favoritas da temporada, já vi mais de 5 vezes.

E, de uma forma ou de outra, vai acabar respingando em todo mundo que tava lá na hora e ouviu a briga. Já consigo enxergar o hospital se dividindo, uns apoiando o Owen, outros a Cristina. Até onde isso vai chegar, eu não faço ideia. O que eu acho que é seguro afirmar é que a calmaria acabou. A tempestade está de volta – e agora ela veio pra ficar.

PS. O discurso do Mark sobre não dizer “Eu também te amo” me pegou de surpresa. E ok. Tô começando a gostar da Julia. Mesmo.


Alexandre Cavalcante

Jornalista, nerd, viciado em um bom drama teen, de fantasia, ficção científica ou de super-herói. Assiste séries desde que começou a falar e morria de medo da música de Arquivo X nos tempos da Record. Não dispensa também um bom livro, um bom filme ou uma boa HQ.

Petrolina / PE

Série Favorita: One Tree Hill

Não assiste de jeito nenhum: The Big Bang Theory

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