Aquele em que dizemos adeus

Pra quem não sabe, o Apaixonados por Séries existe há quase dez anos. Eu e Camila…

O que esperar de 2018

Antes de mais nada, um feliz ano novo para você. Que 2018 tenha um roteiro muito…

Grey’s Anatomy – 8×14 All You Need is Love

Por: em 10 de fevereiro de 2012

Grey’s Anatomy – 8×14 All You Need is Love

Por: em

Só mesmo Shonda Rhimes para conseguir fazer do Valentine’s Day uma mistura de comédia, alegria e tristeza. E quem disse que tudo isso é ruim? Pelo contrário! É Grey’s em sua essência, bem dosado, sem pesar a mão em nenhum dos lados e se perder, como já vimos acontecer algumas vezes. All You Need is Love foi mais um ponto marcado para essa sensacional temporada, que é a pura retratação do que eu disse aí no começo: Uma ótima mistura, com um tempero especial, que vem me deixando mais do que satisfeito semana após semana. Que continue assim até o fim.

O desfecho que eu mais esperava aqui – e acredito que muita gente também – era o de Cristina e Owen, após a explosão dele no final do 8×12. Honestamente, eu não vejo mais esse casamento funcionando. Na verdade, eu nunca vi direito. Desde que a Cristina resolveu se casar, eu já achei uma maluquice e tem algo na relação dela com o Owen que não cola, não orna. Era óbvio que cedo ou tarde os conflitos chegariam. Um dos melhores momentos do episódio foi a cena do elevador, que continua sendo o lugar mais presente em Grey’s. Incrível como tudo acontece ali.

Em poucos minutos, Sandra Oh conseguiu transmitir toda a gama de emoções que passavam pela Cristina no momento em que o Owen a informou que se mudaria para a casa da mãe. O choro quase controlado, a voz entrecortada, a fragilidade que nós sabemos que Yang possui assumindo um maior controle do corpo dela… Em contraposto, Owen estava duro, implacável, seco, irredutível. E Kevin McKidd também deu um show.

A cena final também foi um espetáculo. Quantas vezes vimos uma Cristina tão frágil? A última vez que me recordo foi logo depois do tiroteio, quando ela surtou na OR. E eu não imaginava, MESMO, que chegaria o dia em que a veríamos implorar para não ser abandonada. Duvido que a situação se resolva assim tão fácil, o Owen estava – ainda está – ferido, ela também. Como disse ali, não vejo mais o casamento dando certo e acho que essa “reconciliação” vai ser o primeiro passo para o fim definitivo do casal mais chato do Seattle Grace.

Já para a amizade entre Hunt e Teddy, eu vejo uma solução, a longo prazo. Eu entendo a situação da Altman, entendo a mágoa, entendo a dor, mas também não acho que dê pra culpar o Owen. Como chefe, ele agiu certo, colocou o hospital e a vida dos pacientes em primeiro plano. E, no fim das contas, a Altman vai acabar entendendo isso, por mais ressentimento que ela guarde – e isso não é errado, não. A situação em si é bizarra por si só. A explosão dela foi outra das melhores cenas que o episódio trouxe. Kim Raver também se mostrou incrível e conseguiu passar a verdade e a dor que o roteiro pedia.

Em curto prazo, o que eles precisam é conviver com isso, já que trabalham diariamente juntos. Outra cena bacana foi a operação dos três e o cara perguntando se algum deles tinha planos para o Valentine’s Day. O humor negro da Teddy foi sensacional e o olhar do Owen quando o cara ia começar a falar dos planos com a namorada também.

Os casos ganharam um destaque interessante essa semana. E merecidos, já que todos foram bem construídos e com a dose certa de emoção. Já era esperado que envolvessem o dia dos namorados, mesmo que de forma direta ou indireta, mas o modo como tudo foi feito conseguiu me conectar com todos, sem exceção, o que geralmente não costuma acontecer quando Grey’s vem com mais de um paciente por episódio – o normal é o foco ficar maior em um, enquanto o outro segue apagado.

Meu preferido, contudo, foi o tratado por Alex. Não sei se por envolver crianças no meio da história, o negócio ficou ainda mais bonito e sincero, mas foi tocante ver o primeiro amor, puro e inocente, nascendo no coração de gente de 10 anos. O menino dizendo que ela podia segurar sua mão as hard as if she wants, a recusa dele em ir embora e, no final, a emocionante carta que ele deixou para que o Karev lesse quando ela acordasse. Linda, mesmo. Deu pra ver que até o próprio Alex, sempre durão, teve o coração tocado pelas palavras do menino.

Eu não estava preparado para o cara tratado pela Lexie e pelo Richard morrer. Achei que Shonda não seria evil ao ponto de fazer algo assim em PLENO dia dos namorados, mas ela foi e foi muito triste ver a reação da namorada-desesperada-por-um-pedido-do-casamento. Mais triste que isso só mesmo a Lexie descobrindo que, no fim das contas, a moça seria MESMO pedida em casamento. A paciente de Meredith e Bailey também funcionou bem – deu muita pena do marido quando soube que elas iriam fazer uma cirurgia de retirada de óvulo.

Lexie, aliás, foi outra que me emocionou, mesmo que em pequenas doses. Está óbvio, claro e escancarado que ela ainda gosta do Mark, mas tem medo de confessar isso, até porque ele está com a tal da Julia. Foi trágico – e engraçado – que, no momento em que ela resolve confessar seus sentimentos, ele esteja justamente estudando com o Jackson. Uma bela de uma saia justa. E falando no Mark, deu vontade de meter-lhe um soco. Onde já se viu definir quem vai ficar com a filha em pedra, papel e tesoura?

Arizona e Callie mereciam um descanso. E foi bem engraçado ver a Robbins louca achando que iriam acampar e fazendo cara de feliz e satisfeita com tudo. Meredith, Derek e Zola também estavam ótimos – a Zola fica mais linda a cada dia, confere? – e divertidos com toda a situação de não conseguir fazer sexo porque tinham que cuidar da filha. E até mesmo Bailey e Ben estavam bacanas. Vai ver era o clima de amor no episódio, né? E ah, antes que eu me esqueça: Quem mais se emocionou com o Richard falando da Adele para a Bailey? Meu coração ficou menor.

Semana que vem temos mais um dos 12918209182 crossovers entre Grey’s e Private Practice. Dessa vez, Amélia, Cooper e Charlotte vão por os pés no SG. Eu, particularmente, não assisto PP, vi apenas as duas primeiras temporadas, mas estou curioso pra ver como será isso. A promo, você confere abaixo.


Alexandre Cavalcante

Jornalista, nerd, viciado em um bom drama teen, de fantasia, ficção científica ou de super-herói. Assiste séries desde que começou a falar e morria de medo da música de Arquivo X nos tempos da Record. Não dispensa também um bom livro, um bom filme ou uma boa HQ.

Petrolina / PE

Série Favorita: One Tree Hill

Não assiste de jeito nenhum: The Big Bang Theory

×