“She looked in the window, and then peeped through the keyhole; seeing nobody in the house, she lifted the latch.”
Depois do episódio piloto baseado no conto Chapeuzinho Vermelho, tivemos uma segunda semana de Grimm com o conto Cachinhos Dourados e os Três Ursos (The Story of The Three Bears). Para quem não conhece, uma pincelada: Cachinhos Dourados (Goldilocks), passeando pela floresta, encontra uma casa vazia: a casa de três ursos (pai, mãe e filho). Ela entra, come de sua comida, senta-se na sua cadeira e dorme na sua cama. O final tem muitas variações, mas em todas a família chega quando a menina ainda está na casa.
Exatamente assim começou o episódio Bears Will Be Bears, no qual Goldilocks foi representada por Gilda (Amy Gumenick). Esta, entrando com seu namorado Rocky (Alexander Mendeluk) na casa vazia em meio à floresta, aproveitou-se de todos os prazeres que podia antes da família chegar – e o final desta versão do conto não foi muito amigável. Assim, nosso protagonista Nick pôde conhecer mais uma criatura desse novo mundo para o qual sua tia o empurrou: os Jagerbars. Animais extremamente tradicionais, serviram perfeitamente ao propósito de fazer o jovem policial entender que não, ele não pode se livrar daquilo que é: um Grimm.
A família de ursos, fazendo analogia ao conto, era composta por pai, mãe e filho, mas pelo jeito a tradição não parava aí: para o jovem urso se tornar adulto, ele deveria passar por um ritual, uma espécie de Bar Mitzvah, juntamente com seus amigos (que obviamente eram jovens de outras famílias Jagerbars). O ritual, chamado Roh-Hatz, consistia em soltar humanos na floresta para caçá-los, colocando armadilhas mortais no meio do caminho (o que acabou dando errado para a própria família). Obviamente os humanos escolhidos pelos garotos foram o casal invasor de casas – Cachinhos Dourados e seu namorado.
Em meio à investigação (que na verdade foi mais um acordo com o papai urso, já que era bastante fácil de deduzir o que acontecera), Nick percebeu que não é apenas Eddie (nosso Blutbad que pratica Pilates) que decidiu não seguir seus instintos assassinos. O patriarca daquela família também não gostava nada da tradição Jagerbar. Ainda relutante, Eddie concordou em ser a enciclopédia desse novo mundo para Nick e, ainda por cima, dar uma de guardião da tia Marie, reafirmando assim essa relação entre os dois que já sabemos que será extremamente proveitosa para a história.
Proveitosa e muito útil, já que o próprio chefe de Nick, o Capitão Renard, é um ceifador – o grupo de caçadores de Grimms. Renard teve, aliás, uma cena com a loira-zumbi-enfermeira que tentou matar tia Marie e ainda não sei que criatura é. Não entendi muito bem que aconteceu com aquele humano randômico que passava por ali e precisou morrer por isso. Também fiquei na dúvida se Renard seria da mesma espécie da loira-zumbi-enfermeira ou se os ceifadores seriam apenas humanos aliados a algumas criaturas. Por enquanto acredito mais na segunda possibilidade já que, se o chefe de Nick fosse uma criatura, este já o deveria ter enxergado.
Hank, o parceiro de Nick, ficou sumido no episódio. Sem ajudar, sem dar palpite, sem desconfiar de nada. Juliette, a noiva, ao menos teve um pequeno momento quando começou a desconfiar que algo deveria estar errado para que tia Marie estivesse sendo deliberadamente atacada no hospital. Como um todo, devo dizer que gostei bastante do episódio, e confesso que não passava pela minha cabeça a possibilidade de a caçada ter o desfecho que teve. Fiquei bastante presa à história, e acho que Grimm, mesmo ainda começando, tem potencial para crescer bastante.
