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Parenthood – 2×16 Amazing Andy and His Wonderful World of Bugs

Por: em 23 de fevereiro de 2011

Parenthood – 2×16 Amazing Andy and His Wonderful World of Bugs

Por: em

Se quiser ler essa review com a música tema da série ao fundo,
basta ir ao final desse post e dar o play em Forever Young, de Bob Dylan.

Cristal:  Conforme anunciado na semana passada, as reviews de Parenthood agora passam a ser escritas em dupla por mim e pelo Guilherme. E não poderíamos começar essa parceria com um episódio melhor já que o Guilherme, diferente de mim, era (ou ainda é?) fã de Lost. Mas, por mais que eu nunca tivesse visto nada de tão especial na série, foi lá que me encantei pelo trabalho desse grande ator, até então desconhecido do grande público: Michael Emerson. Ainda que o episódio tivesse sido fraco, e não foi, teria valido pela participação desse fantástico ator que interpretou um adulto portador da síndrome de Asperger com tanta delicadeza, e de modo tão sutil, que nem mesmo Kristina foi capaz de perceber que ele tinha a mesma doença que seu filho.

Guilherme: Ainda sou fã de Lost. MUITO. Mesmo se Michael Emerson caísse de paraquedas em Gossip Girl, eu parava tudo pra assistir a ele lá. Mas tá, fanboyzices de lado: ele foi fantástico. Não só a atuação em si, mas a idéia do personagem se encaixa perfeitamente com tudo o que a gente acompanha do Max e dos seus pais desde o começo da série. Adam e Kristina morrem de medo do que o filho pode vir a ser no futuro — e por mais que Andy tenha suas… peculiaridades, o sucesso do show de insetos dele prova que Max um dia também pode ser uma pessoa mais independente, trabalhando, fazendo o que gosta e ganhando grana com isso. Às vezes eu acho os dois meio rígidos e inflexíveis demais (como no caso da Haddie), mas isso fica mais compreensível toda vez que a gente assiste o pulso firme necessário pra cuidar de uma criança com Asperger. E a participação de Michael Emerson veio mostrar como eles tão no caminho certo.

Cristal: E aqui cabe citar um filme que eu me lembro toda vez que vejo Parenthood, e sempre quis mencionar nas reviews mas nunca tinha encontrado uma brecha: Adam. Acho difícil gostar da série e não se encantar também por esse filme tão tocante e honesto, que conta a história de um homem, com seus vinte e poucos anos, também portador de Asperger. Já imaginaram como será a vida do Max nessa idade? Pois é, o filme nos dá uma prévia de como poderia ser um Max adulto. Mas, de volta ao seu aniversário de 10 anos, foi especial ver os olhares de todos os Braverman diante de alguém com o mesmo problema de Max e um negócio próprio. Particularmente Zeek, que de uns tempos pra cá vem se envolvendo cada vez mais com a vida do neto.

Guilherme: O Zeek de uns episódios pra cá começou a ganhar minha simpatia. Ainda acho o personagem meio escroto, mas eu tô me amarrando como as tramas dele não são exatamente do ZEEK, mas sim do AVÔ, do cara que quer ficar mais próximo da família. Seja com Max, no episódio do acampamento, seja com Drew, tentando proteger o moleque da influência que o pai pode exercer. Mas a questão é: ele precisa mesmo de proteção? A presença de Seth ainda tá ambígua, e isso que mais me empolga. Tô morrendo de curiosidade pra ver pra qual lado a balança vai pender. Drew precisava pra caramba da presença paterna, e nisso Seth tá mandando bem. Mas por outro lado, ele ainda é um cara instável — e até que ponto pode ser bom pro Drew aprender com o pai um comportamento mais explosivo? Ele soube se defender do bullying no colégio, mas tô duvidando que o récem lado agressivo de Drew fique só por aí.

Cristal: Pelo visto você ainda não viu a promo do próximo episódio… Acabei de conferir e não indico aos amantes de Sarah e Amber.  Eu, que nunca tive pai presente, sei bem que esse tipo de reaproximação não pode prestar e sempre tive a certeza de que era só uma questão de tempo pra essa bomba explodir.  Minha única dúvida, sinceramente, é sobre quem vai se queimar nessa história… Somente Drew? Amber e Drew? Ou Amber, Drew e Sarah? Se, nem em uma conversa de cinco minutos com Zeek, Seth consegue ser civilizado, imagina se ele tem alguma capacidade de manter um relacionamento com os filhos de uma forma saudável e próxima a todo o clã Braverman? Impossível. Também não gosto de pensar, nem por um segundo, na possibilidade de ver Sarah cedendo aos encantos do ex-marido. No final do episódio, sentada do lado de fora da casa dos seus pais, ela já deu sinais claros de que isso pode acontecer. Infelizmente.

Guilherme: Também fiquei pensando nisso sobre a Sarah no final. Eu curto pra caramba o John Corbett (Nós dois, na verdade. Só que eu por causa de Northern Exposure.), mas não queria ver a Sarah de novo, logo depois dos episódios com o Baldwin, se envolvendo com o cara errado. De relacionamento complicado por enquanto eu já tô satisfeito com Crosby e Jasmine. Até porque agora surgiu a incógnita da Gaby. No começo da temporada parecia a coisa mais óbvia do mundo que os dois iam acabar ficando juntos uma hora ou outra, só que o assunto ficou tão esquecido que nessas últimas semanas fui pego de surpresa. E o que eu curti na volta desse caso é que traz pro noivado do Crosby um problema a longo prazo. Parenthood sempre joga com umas histórias mais soltas que se resolvem em pouco tempo, mas com a força que a Jasmine carrega, duvido que a história seja esquecida ou perdoada tão cedo. Só fico com pena do Jabbar, que depois de um tempo vivendo bem entre um casal que funcionava, agora vai ter que ficar no meio do fogo cruzado.


Cristal: Quer saber? Do jeito que o Jabar é lerdo, duvido que ele perceba que o pai se mudou. Ok, ok, ele é uma criança e eu provavelmente vou pro inferno por esse comentário… Mas, alguém já viu uma garoto mais lerdo que o Jabar? Fofo, com certeza, mas lento até o último fio de cabelo cacheado.  Quanto ao seu inconsequente pai, por essa eu não esperava… Nem lembrava da existência da Gaby, muito menos do semi-flerte dos dois no começo da temporada. Claro, o mais errado nessa história é Crosby, já que a professora de Max  nada tem a ver com o seu relacionamento com Jasmine, mas não consigo deixar de culpá-la também. Talvez por causa daquele seu sorrisinho insosso e oferecido pronto para seduzir. Sorte da Julia que seu dia de ovular finalmente chegou, porque com Joel a perigo daquele jeito, ter Gaby por perto poderia ser um problema!

Guilherme: Eu ri demais da Kristina encontrando Joel e Julia no banheiro. É o tipo de cena que se acontecesse lá no começo da série eu ia achar meio forçada, mas agora que a gente já tá enturmado com os personagens, se encaixa benzão. Mas eu não vou ficar fingindo que me importo com a futura gravidez de Julia, porque o que eu tô me coçando pra falar de verdade é sobre o Jabar. ELE. NÃO. É. LERDO.

Ok, talvez seja. Mas ele é um dos personagens de série que mais me lembra o que era ser criança de verdade: ser meio lerdão mesmo. Gosto muito mais do jeito dele do que da Sydney por exemplo — que, por sinal, anda tão esquecida que o Braverman (possivelmente) à caminho já tá quase substintuindo a menina. Mas deixa isso pra depois. Falar de dois personagens que nem apareceram no episódio é sinal de que tá na hora de parar por hoje. E a próxima review já tem data marcada: sexta-feira a gente volta conversando sobre o 2×17!


Cristal Bittencourt

Soteropolitana, blogueira, social media, advogada, apaixonada por séries, cinéfila, geek, nerd e feminista com muito orgulho. Fundadora do Apaixonados por Séries.

Salvador / BA

Série Favorita: Anos Incríveis

Não assiste de jeito nenhum: Procedurais

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