Aquele em que dizemos adeus

Pra quem não sabe, o Apaixonados por Séries existe há quase dez anos. Eu e Camila…

O que esperar de 2018

Antes de mais nada, um feliz ano novo para você. Que 2018 tenha um roteiro muito…

Ringer – 1×06 The Poor Kids Do It Everyday

Por: em 20 de outubro de 2011

Ringer – 1×06 The Poor Kids Do It Everyday

Por: em

Se tem uma coisa que as séries me ensinaram foi a nunca acreditar fielmente no que meus olhos estavam vendo. Com uma licença poética e narrativa grande, o gênero pode, caso tenha em mãos um bom roteirista e um bom produtor, se usar de certos artíficios para causar um tipo de impressão no telespectador quando, na verdade, o que havia acontecido era outra coisa. Às vezes tal tática soa crível, as vezes não, e assim a vida segue. Fui assistir esse episódio já esperando algo do tipo, então talvez por isso a saída que Ringer usou para dar uma volta no telespectador tenha me agradado.

Mas vamos deixar os comentários sobre isso pra mais adiante e analisar os outros aspectos que The Poor Kids Do It Everyday trouxe.

Não sei se foi porque eu não ando com muito tempo pra pensar esses dias, mas não tinha passado pela minha cabeça a possibilidade das drogas da Juliet respingarem no vício (teoricamente sufocado) da Bridget. Nem mesmo quando a garota entregou a gêmea o restante da substância para que ela fosse destruída, eu imaginei algo assim. É claro que o fato da Bridget simplesmente não ter conseguido se livrar da droga não quer dizer que, necessariamente, ela terá uma recaída. Não, a situação toda só mostra que talvez, mais cedo ou mais tarde, se isso vir a acontecer, não será tão absurdo. Esse plot serviu também pra trazer de volta o Charlie, mais novo amigo dela. Não se tem ainda nenhuma pista sobre os verdadeiros interesses do rapaz, mas talvez, ele acabe atrelado, de alguma forma, a história principal.

Falando na filha do Andrew, parece claro que o roteiro da série pretende colocar a garota em uma posição de maior importância de agora em diante, inclusive com histórias principais. Não sei até que ponto as tramas dela na escola podem funcionar; Ringer sempre se mostrou alheia a esse tipo de universo e, por isso mesmo, pode ser interesssante um plot do tipo. Eu, como fã saudosista da precocemente (e injustamente) cancelada Veronica Mars, gostei bastante de ver o Jason Dohring ali, como professor da Juliet. Pelas atitudes dele e por aquele olhar trocado, parece claro que a série vai apostar no clássico clichê da paixonite entre aluno-professor. A tensão sexual estava ali no ar, os dois parecem ter uma química, mas só dá pra saber mesmo quando isso sair do campo da suposição e partir pra prática.

E a garota está cada vez mais ganhando confiança na madrasta. O momento já citado acima, em que ela entrega as drogas para a “Siobhan”é uma prova. Isso pode ser interessante, quando (e se) a verdadeira Siobhan voltar. E, falando nela, que flashback tenso aquele da loira com o Henry. A cada episódio fica mais claro que ela não é mesmo uma boa pessoa, mas insinuar que eles poderiam matar o Andrew e a Gemma foi algo que eu não imaginava.

Finalmente colocaram o Agente Machado na trama do Malcom. Venho me perguntando há semanas quando esse momento aconteceria, já que o Machado anda tão empenhado em encontrar a Bridget. Acho que não demora muito e o padrinho da gêmea boa é encontrado.

Agora, vamos ao plot principal do episódio.

Eu realmente caí – ao menos em parte – no cenário que a série tentou montar na semana passada. Não acreditei que a Gemma estivesse morta e ainda mais pelas mãos do Henry, mas acreditei fielmente que ele tinha ao menos tentado dar cabo da vida da mulher. Mas, realmente, como eu li em algum lugar esses dias, o Kris Polaha não tem cara de assassino e sim de marido infiel mesmo. Todo o desespero dele pelo desaparecimento da esposa soou real pra mim, mas ainda continuo achando ele muito estranho.

Por exemplo, totalmente non sense o modo como ele entrou na casa do Andrew, atrás da Bridget. Eu teria medo. E esse amor desmedido que ele sente pela Siobhan pode não levá-lo a cometer algo tão grave como um assassinato, mas certamente ainda pode acarretar em alguns problemas. Me pergunto como ele ainda não desconfiou de que é outra pessoa que está ali e não a Siobhan – ninguém muda tanto em 2 semanas.

As sequências da delegacia foram interessantes, mas ele estava tremendo tanto e tão nervoso que eu me pergunto como os policiais não desconfiaram mais ainda dele. Como ele mesmo disse, tudo aponta pra que ele seja visto como culpado – afinal, não é normal uma pessoa inocente chegar em sua casa, encontrar sangue nas paredes, sua esposa desaparecida e simplesmente limpar tudo e jogar os panos num lixeiro.

O que mais me intrigou na história toda foi a Bridget. Desde o momento em que ela perguntou onde estavam as evidência até a hora da denúncia para a polícia, eu fiquei me perguntando qual era a dela, se ela REALMENTE acreditava que o Henry poderia ser culpado pelo desaparecimento da Gemma. Agora, o lance das digitais sim deu um nó legal no meu cérebro. Da primeira vez que eu assisti, imaginei que tinha sido mesmo descuido dela e eu já estava falando mal da jovem no meu twitter, mas, depois, revendo por uma segunda vez, fiquei com outra impressão. Ela estava com a luva e tirou. Pareceu como se ela QUISESSE deixar aquela digital ali por algum motivo. Ou pra livrar as suspeitas de cima do Henry e dela mesmo (como Siobhan) ou por outro motivo. O problema que eu vejo nisso tudo é que, de uma forma ou de outra, seja lá qual tenha sido a motivação dela, ela voltou as atenções mais ainda para si como Bridget e, a longo prazo, isso pode ser muito ruim.

Até porque, ao que tudo indica, a Gemma está mesmo morta. Não vimos nenhum corpo, então não é como se isso fosse uma certeza (e falando da CW, nem se a gente tivesse visto o corpo seria), mas o diálogo final da Siobhan ao telefone em Paris foi bem claro. Deram um fim pra moça e a Siobhan parece ter sido a mandante – o bacana é ver a relação disso com o flashback, onde ela sugeria que ela e o Henry poderiam matar a Gemma e o Andrew e, agora, ao que parece, ela mandou que alguém fizesse o serviço. Sei que eu estou curioso mesmo é pra saber com quem ela fala. E, só pra descontrair, aqui a gente pode fazer uma relação com outra novela global, já que, em Belíssima (2006), um dos grandes mistérios era a voz misteriosa que dava ordens por telefone a André, personagem de Marcelo Antony.

Aos desavisados: Semana que vem não tem episódio e o 1×07 vai ser exibido no dia 1º de novembro.


Alexandre Cavalcante

Jornalista, nerd, viciado em um bom drama teen, de fantasia, ficção científica ou de super-herói. Assiste séries desde que começou a falar e morria de medo da música de Arquivo X nos tempos da Record. Não dispensa também um bom livro, um bom filme ou uma boa HQ.

Petrolina / PE

Série Favorita: One Tree Hill

Não assiste de jeito nenhum: The Big Bang Theory

×