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Skins – 5×03 Mini

Por: em 18 de fevereiro de 2011

Skins – 5×03 Mini

Por: em

Existem alguns clichês que não aguentamos mais assistir na televisão. Já outros, por mais repetitivos que sejam sempre nos chamam a atenção. O episódio focado em Mini cabe bem na segunda opção. Em vários momentos pensei: “Hmmm, eu já esperava por essa cena”, pois no geral foi previsível alguns dos desfechos deste episódio. Mas não que isso seja ruim. Os clichês de Mini não deixam de ser uma realidade para muitas garotas. Talvez por isso eu tenha considerado o capítulo tão realista.

As melhores sequencias foram quando Mini evitava a todo custo transar com o namorado (que usa colete verde, calça amarela e sapatos vermelhos. WTF!). Apesar de aparentar ser dona de si frente às amigas (que mais parecem suas servas), Mini não passa de uma garota insegura. Bonita, popular, mas triste por dentro. O tempo todo “cuidando” de seu corpo e tendo ataques por engordar 300 gramas. Não mede palavras para humilhar Grace, trata Liv com certa arrogância, mas dentro do quarto se comporta como uma garotinha fraca que mal consegue seguir um livro de melhores posições sexuais. Prefere dizer a todos que já transou com vários caras a confessar que, na verdade, ainda é virgem. Ou melhor: era virgem.

Ao fim do episodio assistimos Mini ceder ao namorado apenas para não perdê-lo. O resultado não poderia ser mais catastrófico. O rosto dela demonstrou toda a dor e desconforto no momento da penetração. Palmas para a atriz (Freya Mavor) que soube lidar com a personagem em um momento tão delicado. Gostei muito da forma como a cena foi produzida, sem vulgaridade. Acredito que servirá de exemplo para várias meninas. Não me entendam mal, não estou dizendo que é bom se manterem virgens. Só acho que antes de embarcar em uma experiência como essa é preciso um pouco mais de consciência. Ao contrário da personagem.

A mãe de Mini é uma coitada. Promiscua, decadente. O tipo de mãe que envergonharia qualquer filha. Pelo que percebi, o maior medo da mocinha é ficar igual à mãe: Abandonada pelo marido e vivendo de aventuras sexuais que não levam a lugar nenhum. Pior para ela foi chegar em casa no dia seguinte, toda desarrumada e cansada e encontrar com a mãe, também arrasada. As duas estavam muito parecidas. É como se Mini vislumbrasse naquele momento como ela será no futuro. O seu olhar e rejeição ao toque da mãe foram tristes e me fez ter pena da personagem pela primeira vez. Como se não bastasse, Liv não pensou duas vezes antes de ficar com Nick.

Houve também o momento “inimigas fazem as pazes” quando Franky se sentou ao lado de Mini para conversar. Por um instante, pensei que Franky estivesse interessada, sabe? Depois, mas a aparição de Matthy, aquele garoto misterioso e estranho que no 1º episódio me lembrou muito o estilo do Zé do Caixão, deu a entender que Franky está, pouco a pouco, se interessando por ele. Já Grace se acertou com Rich. Eles ficam bem juntos? Ficam. Mas achei rápido demais. Eles surgiram ao final do episódio para dar um beijinho sem graça e só. Esperava por uma plot um pouco mais aprofundado. Aliás, ainda espero.

Para terminar, a trilha sonora desse episódio foi espetacular. Se me perguntarem quais bandas são direi que não tenho a mínima idéia. Mas cada canção esteve muito bem inserida. Outro destaque, e esse não é novidade, é o enquadramento da câmera e o jogo de luzes em determinadas cenas. Esses detalhes de Skins me impressionam muito. A cena em que Mini pisa nas pétalas amarelas e quando anda por sua rua, cheia de casinhas iguais e vermelhinhas, são bons exemplos. O cuidado estético da série é um primor.

Eu disse na review passada que faltava “aquele” episódio maravilhoso. Talvez não concordem comigo, duvido que Mini seja uma personagem muito querida, mas eu realmente gostei de conhecer mais sobre ela. Mini ainda continuará sendo uma verdadeira bitch, ainda odiaremos algumas de suas atitudes, mas pelo menos sabemos que no fundo ela sofre também. Falta pouco para ela ficar definitivamente sozinha. Liv está quase pulando fora do barco. Será que ela consegue agüentar sozinha?

Obs.: O que foi aquele recadinho de Nick? “Vamos praticar mais vezes”! Aposto que é tudo que uma garota quer ouvir depois da primeira vez. #not


Rodolfo

Uma versão masculina da Summer (de '500 Dias com Ela'): Fã de Indie Rock, o certinho da época da Faculdade e um completo 'desapaixonado'

Série Favorita:

Não assiste de jeito nenhum:

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