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Supernatural 7×01 – Meet the New Boss

Por: em 28 de setembro de 2011

Supernatural 7×01 – Meet the New Boss

Por: em

Antes de tudo, esclarecimentos: A Bruna, por motivos pessoais, não vai mais escrever as reviews de Supernatural, que até hoje, estavam sem dono aparente e, por conseqüência, sem existir. Mas, atendendo a mil e um pedidos, estamos voltando com elas e agora, sob a minha responsabilidade. Espero que vocês gostem do meu trabalho tanto quanto gostavam do dela. Assim como ela, sou fã da série e, mesmo que ela derrape as vezes – com mais freqüência ultimamente, fato – , não consigo abandoná-la.

Posto isso, passemos a Meet the New Boss, que me surpreendeu positivamente em todos os sentidos. Confesso que não fui defensor da 6ª temporada – muito pelo contrário, fui até cruel com ela – , mas esse episódio reacendeu em mim uma alegria, um entusiasmo, coisa que fazia tempo que eu sentia assistindo Supernatural. Quando a recapitulação do ano anterior veio ao som de Slow Ride – que é fácil uma das minhas músicas favoritas -, eu já me animei e mergulhei no clima que a série queria passar. Foi uma premiere muito mais consistente do que a do ano passado, no fim das contas.

O ritmo estava no tom, o roteiro conseguiu sustentar muito bem a trama – os diálogos entre Dean e Sam estavam ótimos – e, mesmo que algumas coisas sejam resolvidas logo, conflitos a longo prazo já foram jogados também. Quando os créditos começaram a aparecer e eu me deparei com Mark Pellegrino e Mark Sheppard, não tive como controlar a ansiedade pra saber em que contexto iam trazer o Crowley – e principalmente o Lúcifer de volta.  

Um dos meus grandes problemas com a 6ª temporada foi toda a enrolação de tira alma-bota alma no Sam, mas esse negócio de alucinação/memória do inferno já soou bem mais interessante. Resta saber como será o desenvolvimento. A conversa dele com o Lúcifer foi tensa e eu fiquei pensando um pouco sobre o que o demônio disse. Teoricamente, é impossível o Sam ainda estar preso na jaula, porque isso anularia toda a 6ª temporada e eu não creio que os roteiristas sejam ousados a esse ponto.

A inserção da Morte na história também foi ótima. Sou muito fã do cavaleiro e do seu humor sarcástico e sua participação não pareceu forçada ou nada do tipo. Serviu como um contrapeso para o episódio, que até então estava muito dramático, e, com ele, ganhou um pouco de humor – mesmo que o drama não tenha sido deixado de lado. A participação do Crowley, mesmo que minúscula, também foi ótima. O personagem é fácil um dos meus favoritos e eu espero que o arco dessa nova temporada comporte mais aparições dele.

A única coisa que me fez coçar a cabeça no meio do episódio foi, por ironia, uma das coisas que eu mais gosto na série: Dean. Ele é fácil fácil meu favorito desde a 1ª temporada – ok, 2º favorito depois que o Cas entrou – e vê-lo tão conformado quanto ao estado do Cas foi estranho. É claro que o cara tinha surtado e talvez não houvesse mais nada a fazer, mas foi o Sam que teve a atitude que eu esperava do Dean, de não desistir, de acreditar que o Cas amigo deles ainda estava ali, perdido em algum lugar. O Cas sempre foi bem mais próximo do Dean do que do Sam, isso não é novidade pra ninguém, e talvez tenha sido esse o motivo do Dean “desistir” tão fácil dele. Ou pelo menos afirmar que desistiu, porque eu nunca engoli ele falando isso e o modo como ele correu pra ajudar o Cas quando viu o estado dele mostrou o quando ele ainda se importava.

Fiquei curioso pra ver como será a relação dos dois irmãos nessa temporada. O Dean não gostou de ouvir da boca da Morte que o Sam estava tendo alucinações com o tempo dele no inferno e aquela mini-DR entre os dois deixou isso claro. É a primeira vez, em muito tempo, que uma trama do Sam me anima. Então, roteiristas, por favor.

Mas, por melhor que tinha sido costurado o episódio e mesmo com as participações especiais, Meet the New Boss teve um dono e ele atende pelo nome de Misha Collins. Que o cara era muito bom eu já sabia, afinal ele salvou um punhado de episódios da 5ª e da 6ª temporada, mas, aqui, como Deus, ele estava simplesmente sensacional. Misha conseguiu construir um Castiel totalmente diferente daquele que nós conhecemos e amamos e chegou a dar medo em várias sequências, como a da igreja, por exemplo. O personagem soou crível e em nenhum momento caiu numa caricatura forçada ou em alguma outra armadilha.

Mesmo quando veio a redenção, já no final do episódio, o Misha não deixou a bola cair. Foram emocionantes as sequências com ele todo ensaguentado, sendo ajudado por Dean, Sam e Bobby, e pedindo desculpas por tudo o que tinha acontecido. Eu desconfiei logo da solução aparentemente fácil que tinham arrumado, por isso dei um pulo aqui quando os Leviatãs dominaram o corpo dele. E não pára de aparecer novos monstros, né? Acho que não falta mais nada ao asernal de Supernatural! Aquela risadinha do Misha interpretando o Castiel dominado foi sensacional.

Quero muito ver o próximo episódio e isso é uma coisa que, juro pra vocês, não acontece há algum tempo com Supernatural. Tô até fazendo figa e todos os tipos de promessa para que a temporada siga esse mesmo ritmo e engrene.

PS. O novo logo ficou ótimo. Aquilo lembra muito ectoplasma de demônio!


Alexandre Cavalcante

Jornalista, nerd, viciado em um bom drama teen, de fantasia, ficção científica ou de super-herói. Assiste séries desde que começou a falar e morria de medo da música de Arquivo X nos tempos da Record. Não dispensa também um bom livro, um bom filme ou uma boa HQ.

Petrolina / PE

Série Favorita: One Tree Hill

Não assiste de jeito nenhum: The Big Bang Theory

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