Não foi tão empolgante como o da semana passada, mas ainda assim funcionou bem e reacendeu ainda mais em mim a esperança de que Supernatural, se não pode ser novamente aquela série sensacional que foi na 4ª temporada, pode ao menos voltar aos bons tempos de 2ª e 3ª. Hello, Cruel World seguiu dando desenvolvimento ao que parece ser a trama da temporada e se mostrou contínuo à premiere – o que me foi uma surpresa, já que Supernatural geralmente costuma apresentar fillers logo quando inicia um novo ano.
Muitos podem até questionar o fato da série “brincar” com a vida de dois importantes personagens como o Cas e o Bobby, quando a probabilidade de qualquer um deles estar morto é realmente mínima. Mas, parando pra analisar um pouco o cenário, fica claro que essas “mortes” vieram com um motivo específico: Bombardear o Dean de cima pra baixo e fazê-lo entender que, como qualquer outro ser humano, chegaria a hora em que ele não iria suportar a pressão e desmoronar. E alguém pode culpar o rapaz?
Da noite pro dia, seu irmão passou a ter alucinações com Lúcifer e ele “perdeu” as duas pessoas que, além do Sam, sempre estiveram ao seu lado pra qualquer situação. Um era praticamente o melhor amigo que ele teve na vida que não tinha o mesmo sangue que ele e o outro era a figura paterna que ele conhecia. Por isso mesmo aquela cena em que ele liga pro telefone do Bobby depois de não encontrá-lo após o incêndio na casa soou tão crível. E o Jensen Ackles é um ótimo ator e conseguiu passar o que o momento pedia. E, claro, some-se isso ao fato dos Leviatãs estarem, como disse o Bobby, “passeando pelos esgotos” da cidade.
Supernatural + tramas de possessão é quase uma relação intrínseca, mas, novamente, o recurso funcionou com as novas criaturas. E bem melhor do que na temporada passada, naquele episódio dos vermes, por exemplo. Pelo que ficou claro, esse vai ser um dos grandes arcos do início de temporada e eu confesso que ele soa interessante. Ainda não consegui comprar bem a idéia de que os Leviatãs estão criando praticamente um exército, mas isso é porque ainda não ficou exatamente claro o motivo que os leva a isso. Só destruir o mundo/comer gente/whatever? Acho que tem algo mais por trás disso.
Algo e alguém. Durante todo o episódio, aquelas conversas sobre “chefe” levantaram minha orelha aqui. De quem eles falavam, do Lúcifer? Ou de um possível Leviatã-alfa (essa possibilidade eu prefiro descartar, porque toda essa história de monstros-alfa foi um dos grandes motivos do fracasso da 6ª temporada e eu não espero vê-la de novo)? Ou até mesmo de um Leviatã mais forte, que tem domínio sobre os outros… Não sei direito o que pensar disso, prefiro esperar mais episódios.
Todas as sequências do hospital e dos Leviatãs tocando o terror foram bem boas. Demorei um pouco pra reconhecer que era a Xerife Mills e no começo eu não vi muita utilidade em trazê-la de volta, mas depois acabou fazendo sentido, pois era preciso levar o Booby até lá. As cenas que abriram o episódio, com o Cas se deteriorando e entrando no lago, também foram bacanas e aquela “gosma” preta que saía dele e que contaminou a água lembrou muito o novo logo. Acho que é mais uma evidência de que os Leviatãs vão ser mesmo um dos principais arcos desse ano.
O outro grande arco parece que vai ficar por conta do Sam – e eu me preocupo com isso, já que o Jared Padalecki é um ator limitadíssimo e eu tenho medo de que ele não segure bem o que virá pro personagem – e suas alucinações/visões. O grande trufo dessa trama é a volta do Mark Pellegrino. O cara interpreta o Lúcifer de uma maneira sensacional, chega a dar medo só olhar pra expressão facial dele. Esses joguinhos psicológicos com o Sam podem levar a um cenário interessante. O confronto dele com o Dean nesse episódio mostra isso.
Eventualmente – eu acho que não demora muito, talvez até mesmo semana que vem – a série vai voltar ao estilo de monstro da semana e eu acho que vai ser bem interessante se o Lúcifer continuar atormentando o Sam quando isso acontecer. Outro bom acréscimo que essa trama pode trazer ao seriado é a máxima de que nem mesmo a gente sabe direito o que é real e o que é mentira. Digo, quantos de vocês desconfiaram que não era o Dean que estava levando o Sam embora? Eu caí como um patinho. Só comecei a estranhar um pouco quando eles já estavam no carro e o “Dean” começou com aquela conversa de que o Sam estava ficando louco.
O final, com os dois sendo levados para o hospital onde os Leviatãs estão fazendo a festa, foi interessante. O Dean resmungando que tinha quebrado a perna foi muito legal e me fez lembrar que o episódio da semana que vem, “The Girl Next Door”, foi dirigido pelo Jensen, então isso, talvez, tenha sido uma tática pra minimizar, ao menos, um pouco a aparição dele. Pra quem gosta de promos, segue abaixo a do episódio em questão:
Até lá!
