Antes de mais nada me permitam começar este texto com a melhor notícia da semana: The Good Wife foi renovada. Tá certo que já estávamos imaginando que teríamos uma quinta temporada, mas a CBS não é exatamente a emissora mais sensata da televisão americana, e fiquei muito feliz e animado com essa notícia. Afinal, The Good Wife é uma das melhores (se não a melhor) série exibida na TV aberta atualmente e não merecia acabar tão cedo.
Invitation to an Inquest:
Este episódio não foi ruim, mas também não foi excelente ( importante salientar que essa minha opinião está relacionada com o fato de eu ter adorado o episódio seguinte, o que faz com que esse pareça um pouco abaixo do que talvez ele realmente tenha sido). A série tem esse costume de apresentar alguns episódios mais distantes de suas tramas principais, e em alguns momentos se aprofundar mais no caso da semana. Eu gosto disso quando o tal caso da semana é bom. Em Invitation to an Inquest, não foi exatamente isso aconteceu.
Primeiro porque não me convenci muito com o luto daquela esposa, e segundo porque a morte daquele juiz foi totalmente habitual. Prefiro quando somos apresentados a tramas mais obscuras. Porém, gostei do desfecho e principalmente de Kalinda voltando a aparecer um pouco mais. De início, fiquei um pouco incomodado com a presença de Robyn (apesar de ter gostado dela logo de cara), pois temi que ela poderia ser, de certa forma, uma ameaça para Kalinda. Mas me surpreendi positivamente com a relação das duas nesse episódio (fiquei rindo quando o atendente do motel pediu para as duas se elas queriam um quarto e até cogitei a hipótese de rolar algo a mais entre elas).
Se o caso da semana não vingou, tivemos a volta de um personagem que, apesar de eu não gostar, estava torcendo faz tempo para voltar à série. Gosto de Cary e ver o pai dele em cena me deixa feliz pois é garantia de que teremos mais do personagem. Tive vontade dar um chute na bunda do Sr. Agos para bem longe da Lockhart & Gardner, mas foi realmente bom ver Cary passando a perna no pai. A interação de Cary com Diane também me agradou (aliás, Diane em cena, fazendo o que quer que seja, já me deixa feliz).
No mesmo estilo de Cary sendo mais esperto que o pai, Alicia também colocou Jordan no seu devido lugar, de maneira bem menos sutil, diga-se de passagem. Nesse momento lembrei do que faz de Eli um personagem tão querido, ele armou direitinho para Jordan e ele caiu como pato. Todos sabemos que Alicia não permite que os negócios da campanha interfiram na vida pessoal de seus filhos, e quando Jordan o fez, eu já fiquei esperando pelo momento em que Alicia faria uma visitinha ao comitê.
Outras observações:
– Zach todo maduro namorando e dizendo que não quer nada sério porque está indo pra faculdade foi estranho de ver, não sei bem o porquê.
– Estou muito ansioso para o embate entre Peter e Kresteva, e também espero que Maddie não apareça mais.
– Que triste ver Alicia evitando usar o elevador junto com Will. Não me conformo que ela voltou para Peter.
Death of a Client:
O melhor episódio dessa temporada havia sido o número 14, isso, claro, até Death of a Client ser exibido. Incrível como este episódio soube aproveitar cada segundo de exibição e nos levou da aflição extrema para a gargalhada de uma cena para a outra. De fato, o início dessa temporada não foi exatamente do mesmo nível de qualidade que a série apresentou em suas temporadas anteriores, mas, agora, com a última sequência de episódios, estou confiante que a série voltou ao seu habitual e que tratava-se apenas de um deslize.
O episódio ocorreu todo no jantar, com alguns flashbacks de Alicia e Ashbaugh ( interpretado por John Noble, de Fringe), um cliente de Alicia que insistia em processar toda e qualquer pessoa que o perturbasse de alguma forma. Com isso, ele formou uma lista extensa de inimigos, o que acarretou em sua morte. Gostei muito do personagem e também da interpretação de John Noble, infelizmente ele não voltará para outra participação por motivos óbvios, mas foi realmente interessante. A cena em que ele supostamente se declara para Alicia, assim como quando ele explica sobre sua caixinha de músca, são ao mesmo tempo hilárias e tocantes.
Fiquei muito aflito quando o detetive disse que o GPS apontava para a casa de Alicia e depois fiquei ainda mais furioso por ele ter mentido. O palavrão de Alicia ficou barato, ele merecia muito mais do que isso. O importante é notar como tudo foi bem amarrado. Voltamos a ver Laura, que está caidinha por Will, e deve ter sido realmente constrangedor para Alicia dar conselhos sobre Will para Laura, principalmente se considerarmos que Alicia ainda não o esqueceu, o que ficou nítido nesse episódio. Ela lembrando dos momentos íntimos entre eles foi muito legal de ver, pois torço para o casal voltar.
Como se não bastasse, tivemos a volta de Matthew Perry interpretando Kresteva. Ele foi responsável pelos momentos cômicos do episódio e espero realmente que ele volte no futuro, o que acredito que de fato irá acontecer, já que agora ele é oficialmente adversário de Peter na disputa para Governador. Acho que Kresteva mereceu o soco, mas como não gosto de Peter, consequentemente não gostei dele cantando vantagem. Claro que não é certo inventar que Zach estava envolvido com drogas, mas também não gostei do que Peter fez. Na realidade, tenho pena dos habitantes de Chicago que terão que escolher entre dois candidatos bastante duvidosos.
Outras observações:
– Diane sendo convidada para ser juíza me pegou de surpresa. Gosto muito da personagem e torço para que ela aceite, mesmo sabendo que isso poderá afastá-la da série.
– Fiquei com pena de Kalinda que perdeu a noite com a massoterapeuta.
– Vibrei com o sutil toque de mãos entre Kalinda e Cary.
– A mãe de Alicia é muito chata, mas também hilária. Quando Grace ligou para a mãe pedindo se ela tinha sido um acidente, tive vontade de responder: “É óbvio!”
– Moral do episódio: deixe os cachorros (e seus donos) em paz.
Promo do episódio 4×19, The Wheels of Justice, no qual Colin Sweeney voltará:
