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The Vampire Diaries – 4×20 The Originals

Por: em 27 de abril de 2013

The Vampire Diaries – 4×20 The Originals

Por: em

 “Every king needs a heir”

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Eis que chega o tal falado episódio que dará origem ao spin-off de The Vampire Diaries: The Originals. Como eu venho dizendo, a mitologia por trás da história dos Originais sempre foi uma das coisas me mais me agradou na série e nos últimos episódios (se não nessa quarta temporada inteira), são esses personagens que tem me segurado em frente a tela para mais um episódio e para mais outro e outro e outro. Só que eu não posso dizer que amei esse pré-piloto. Sim, um pré-piloto porque funcionou exatamente para isso – apresentar novos personagens, novos cenários e principalmente a trama que iremos embarcar daqui para frente -, porém de uma maneira um pouco mais intimista, visto que já conhecemos o grande heroi (ou vilão – escolham o que vocês preferirem) dessa série. E porque não amei? Por conta do plot principal ser algo que beira o ridículo, mas me explicarei mais a frente sobre isso. Quem foi a parte prejudicada nisso tudo? The Vampire Diaries. A série que tinha engatado em um episódio mediano na última semana, parou completamente para contar essa nova história, o que prejudica o sequenciamento da trama principal. E fica a notícia: The Originals foi confirmada hoje como uma das produções a entrar para a grade da The CW na fall season 2013/2014 – a produção ganhou 13 episódios e, caso renda uma boa audiência para o canal, pode ter sua temporada estendida.

Quando Katherine deixou a carta para Klaus procurar as tais bruxas em New Orleans, eu podia imaginar que qualquer coisa estivesse acontecendo, de verdade, menos o que foi revelado. O fato de Klaus poder se tornar papai me assustou e muito. Se essa trama não for bem trabalhada, será uma das piores coisas que Julie Plec fez com o melhor personagem que já surgiu na série. E não que o plot não seja condizente com o contexto e com a personalidade de Klaus. Eu diria que, muito pelo contrário, isso tem tudo a ver com ele. Ele sempre quis sua família junta, sempre lutou pela solidão que o consumia (como Katherine definiu brilhantemente durante o episódio), então um herdeiro trará tudo isso que ele sempre desejou. Os problemas são: a mitologia por trás do nascimento dessa criatura, o que ela vai ser e a mãe dela. Me preocupo muito com a maneira que a mitologia tratará o nascimento dessa nova criatura, que não temos ideia do que poderá ser (talvez um híbrido, talvez um lobisomem, talvez um vampiro ou quem sabe uma coisa nova), algo que já foi trabalhado em dramas do gênero – isso mesmo, leia Crepúsculo – e ao meu ver beirou muito o ridículo. Eu espero que Julie seja iluminada e não estrague com tudo que construiu até então. Mas isso ainda é fichinha perto da mãe dessa criança ser a Hayley. Senhor, porque? Eu jurava que ela ia ser uma qualquer nesse novo seriado só porque não tinham achado nada para ela fazer em TVD.

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Mas não, teremos que nos contentar com suas atuações belíssimas (estou sendo bem sarcástico) e sua boca sempre aberta – ela é gata, mas até para o padrão CW, isso é demais. Já que esses eram os planos para a personagem, poderiam ter escolhido uma atriz melhor desde o começo, mas enfim é o que temos para hoje. Ainda torço para que a criança nasça e matem a personagem, assim nos livramos dela de uma vez. Curiosidade: as fãs americanas do casal Klaus e Caroline ficaram muito bravas com a nova trama do personagem e ameaçaram de morte a atriz que interpreta Hayley, sim acho que tem gente que tá precisando de uma louça para lavar. Mas voltando, e como qualquer série da CW, não poderíamos deixar de ter uma excepcional trilha sonora (que eu farei questão de colocar no final dessa review porque vale muito a pena dar uma conferida). Além disso, curti muito o cenário como um todo – muito colorido e, ao mesmo tempo, com um ar de antigo. A edição do episódio também ficou boa, principalmente nos momentos em que nossa visão ficava meio vampírica com a câmera em movimentos rápidos. Vou destacar somente mais um momento que achei realmente muito bom antes de entrar nos personagens em si: Klaus ligando para Caroline. Por que Julie está fazendo isso? Por que criar tudo isso para depois acabar com tudo de uma só vez? Achei MUITO desnecessário, porém um ótimo momento.

E o que vocês acharam de Marcel? Eu pensei que ele seria uma versão piorada de Damon quando li as descrições de personagens do spin-off, mas até que ele convenceu muito mais do que eu esperava. Ele ganhou minha moral na primeira cena cantando ‘How do you like me now’ do The Heavy (será que nossos amigos lá do The Voice apertariam o botão para ele? Essa música foi recentemente cantada em uma das apresentações das Battle Rounds, como você pode conferir aqui). Depois, fomos conhecendo um pouco mais dele. E ele é um Klaus cuspido e escarrado que deu certo. Carismático, sorridente até demais. Conseguiu espalhar o medo pela cidade e ter controle sobre isso. Ele tem poder e isso domina toda e qualquer atitude dele. Apesar dos valores de lealdade e família estarem ali, no fundo ele gosta de estar no comando e não quer (nem vai permitir) que ninguém tire isso dele. Aí que entra seu principal problema com Klaus. Quando nosso híbrido olha para Marcel, vê sua imagem, como um espelho, porém com muito mais realizações. E Klaus também quer isso, só que aparentemente terá que conter um pouco suas vontades se quiser chegar a algum lugar. Mas é irresistível ver o Original mostrando que faz o que quer e foda-se, ninguém pode matar ele mesmo. Esse embate promete ser uma das coisas que moverá a série, ainda mais com Klaus infiltrado no círculo íntimo de Marcel para acabar com aquilo de uma vez.

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Agora como esse cara faz para controlar as bruxas? Eu fiquei realmente curioso com isso e sabia que não tinha chance alguma de entregarem o jogo agora. E não sei se vocês perceberam, mas nem mesmo Klaus, nosso sem coração favorito, curtiu aquele show todo envolvendo a morte de uma das irmãs Deveraux. É, parece que alguém vai ter que parar esse cara. Já que falamos das bruxas, não entendi muito bem como a primeira delas morreu (acho que foi por conta do feitiço muito forte, enfim), mas definitivamente a segunda será um dos pontos chaves da trama de The Originals – porque não se faz uma série de vampiros sem uma bruxa para colocar ordem no pedaço. Ela é bem pouco carismática, mas soube se colocar e parece que tem chances de nos conquistar um dia. Toda a sua relação com o nascimento do filho de Klaus a fará uma peça chave sob guarda de Elijah e Niklaus, então podemos apostar que ela terá de praticar muito mais magia escondida do que Marcel espera. Ela tá no controle – o que é bizarro porque tudo que vimos sobre Klaus até então foi sobre ele estar no controle e agora tudo que ele não tem é exatamente isso, o que tira o personagem da sua zona de conforto e pode nos mostrar um outro lado dele.

E eu sou muito bobo, muito mesmo, mas eu sempre sou cativado com histórias de amor impossível. E quando Camille apareceu, toda a trama que pode envolver ela e Klaus já apareceu na minha cabeça e não poderia ser mais previsível, porém já me cativou. A cena dos dois observando o pintor fazendo a obra de arte foi uma das melhores do episódio – junto com a cena em que Klaus morde o amigo de Marcel – de longe. O jeito que ela analisava o pintor de uma maneira tão simples porém profunda e como tudo aquilo se encaixava no turbilhão de emoções que Klaus estava vivendo. Me chamem de pateta, mas eu sou assim, sempre torço para os protagonistas ficarem juntos – ainda não esqueci Caroline, porém essa história parece cada vez mais distante de dar certo. Apesar de Elijah estar lá, que é uma excelente adição para o spin-off, gostei da incerteza envolvendo a ida de Rebekah para New Orleans. Acho que não seria muito condizente se ela aceitasse isso imediatamente, mas com certeza fatos dos episódios finais a levarão a tomar essa decisão – afinal a nova cidade precisa de mulheres bonitas!

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Em TVD mesmo, nada aconteceu tirando que o jogo com Elena vai começar. Os irmãos Salvatore vão torturar a vampira até que ela comece a sentir alguma coisa de novo, o que parece que demorará mais um pouco. Ah, tivemos também o toco de Elijah em Katerina – o que não fez sentido algum para alguém que a dias atrás estava pedindo para viver uma história de amor, mas vamos passar por cima disso porque Plec precisava levar Elijah para a nova série (quem sabem Kath não faz umas visitinhas na cidade – ia ser sensacional). Foi isso meus lindos. Entramos de verdade na reta final. Três episódios e fim. O que será que essa leva final nos reserva? Será que os mortos surgirão de volta? Quem vai tomar a cura? Elena vai voltar a sentir alguma coisa? Conheceremos a verdadeira face de Silas? Rebekah vai seguir os passos dos irmãos em direção a uma nova vida? Muitas perguntas. Quem sabe semana que vem elas não começam a ser respondidas. Te deixo agora com o vídeo promocional deShe Come Undone que será exibido na próxima quinta, dia 2 de maio.

E agora você me conta: o que acho de The Originals? E dos personagens? Vai embarcar nessa nova viagem?

 

P.S.: Como prometido no texto, segue a trilha sonora do episódio!

  • My Songs Know What You Did In The Dark – Fall Out Boy
  • Revolution – Dr. John
  • How Do You Live Me Now – The Heavy
  • How – The Neighborhood
  • New Cannobal Blues – TV on The Radio
  • Terrible Love – The National

 


Leandro Lemella

Caiçara, viciado em cultura pop e uns papo bobo. No mundo das séries, vai do fútil ao complicado, passando por comédias com risada de fundo e dramas heroicos mal compreendidos.

Santos/SP

Série Favorita: Arrow

Não assiste de jeito nenhum: The Walking Dead

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