No ano passado fizemos um apanhado comentando a primeira parte dessa temporada inicial de The Blacklist. No post, prometemos fazer review de todos os episódios que seriam exibidos futuramente. Pois bem, a vida nem sempre segue o rumo que desejamos, contratempos aparecem e não conseguimos criticar tudo o que foi mostrado. Mas agora já é tarde para chorar em cima do leite derramado e é exatamente por isso que estamos fazendo esse especial: com o mesmo propósito do primeiro, dessa vez vamos comentar a segunda parte da primeira temporada da série. E aí, preparados?
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O MEIO DA TEMPORADA
É inegável que The Blacklist deu uma decaída bem no meio de sua temporada. Os casos da semana geralmente não eram tão empolgantes, enquanto a trama central andava com passos de tartaruga. Os fillers eram exibidos um em seguida do outro e o público, não existe palavra melhor para descrever, era enrolado. Os roteiristas decidiram dar um pouco mais de foco aos personagens coadjuvantes, mas era algo que não interessava a quase ninguém e que não acrescentava em nada na desenvoltura central da série.
Porém, isso não foi uma coisa alarmante e que trouxe a desistência de várias pessoas quanto à série. O motivo? Esses momentos mais parados são extremamente comuns em produções que contém em torno de 20 episódios por temporada. Além disso, não é como se estivéssemos diante de um seriado horrível, era apenas uma qualidade inferior ao que já havia sido apresentado. Diante disso, nós, e, provavelmente vocês, tínhamos fé na série e sabíamos que logo mais veríamos o desenrolar dos muitos mistérios que são apresentados. Era apenas uma questão de paciência. E de fato foi.
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LIZ & TOM
Se na primeira parte da temporada o foco dado foi quase inteiramente na relação entre a Elizabeth e o Red, juntamente com todos os mistérios que isso trazia, nessa segunda parte o destaque foi inegavelmente para a Elizabeth e o Tom. Já haviam deixado uma suspeita no marido da agente Keen lá no piloto, mas isso logo foi resolvido e um dos mistérios que ficou na cabeça de muitos era se o Tom era de fato um dos bonzinhos. Pois bem, ele não era e assistimos todo o desenvolvimento envolvendo essa história feito de maneira exemplar.
Mais perto da reta final, essa trama central dividia o tempo em tela com os casos da semana, mas os dois eram balanceados de forma perfeita. Outro ponto extremamente positivo que merece ser destacado é o suspense que estava presente em quase todos os episódios. Os olhares trocados entre os dois personagens, os diálogos apresentados e todo o jogo de gato e rato que foi criado estava perfeito, o que aumentava ainda mais a tensão e a expectativa para o confronto entre os dois.
Pois bem, o tal confronto chegou no 1×19 The Pavlovich Brothers e, sinceramente, decepcionou. Sim, decepcionou! Não há palavra melhor para descrever o que foi sentido diante do roteiro preguiçoso que foi apresentado. Preguiçoso! Qual a necessidade da Liz seguir o Tom quando havia agentes secretos fazendo o trabalho? Esse foi só um pequeno detalhe.
O pior de tudo foi quando, no “interrogatório”, ela decide quebrar justamente o dedão do Tom, sendo que ela é uma agente FBI e deveria saber de cor e salteado que é dessa forma que criminosos se soltam das algemas! Aliás, todas as pessoas que já assistiram uma pequena quantidade de filmes e seriados policiais sabem desse “truque”. E qual o motivo desse roteiro preguiçoso? Fazer o Tom fugir e dar continuidade nesse jogo. É claro que poderiam ter se esforçado um pouquinho mais e dado uma saída melhor para esse problema. The Blacklist perdeu alguns pontinhos comigo por causa disso.
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A RETA FINAL
Depois de tantos casos que imaginávamos sendo aleatórios, descobrimos que Red escolheu a dedo os criminosos da sua Blacklist com dois objetivos: primeiro atingir os negócios de Berlin diretamente e segundo para conseguir favores que o levassem a encontrar o criminoso, como aquela vez em que procurava a Jolene Parker.
No geral, o roteiro de The Blacklist me agrada, mas às vezes é difícil não me incomodar com acredito serem algumas falhas: se Red já tinha certeza de que Tom era espião, porque só colocou alguém pra segui-lo quando todos tivemos certeza das intenções dele? E cá entre nós, colocar um amador pra seguir um assassino treinado? Mandou o moço pro abate.
A falta de maturidade da atriz não me incomoda, mas muitas atitudes da Liz me irritam, especialmente quando ela começa a fazer pirraça e “fica de mal” do Red, mesmo sabendo que eles vão voltar a ser amigos na próxima cena. Quanto à identidade de Berlim, pelo menos o nome agora tem um rosto – e possivelmente uma história. Será que Red realmente matou a filha dele? Se foi isso, parece que não foi consciente, caso contrário Raymond entenderia tudo.
E o que Liz tem a ver com Berlim? É apenas por sua ligação com Red? Depois de ver as cicatrizes, a série nos deixa a entender que o vilão salvou Liz no dia do incêndio e entregou para o homem que a criou. E fica a dúvida: o pai biológico da Liz morreu mesmo no incêndio? Ou Red se referia à sua morte metafórica seguida de uma mudança de vida? The Blacklist encerra a temporada com mais perguntas do que respostas.–
O QUE ESPERAMOS DA PRÓXIMA TEMPORADA?
Para a segunda temporada, quanto aos personagens, esperamos uma Liz mais segura e madura. Talvez um romance com Ressler deixe a agente – e os fãs do shipper – mais felizes. Um Red mais cooperativo e menos misterioso faria bem. E sim, acreditamos que Tom está vivo e voltará, mesmo que não seja de imediato.
No roteiro, queremos mais, muito mais sobre Berlim e o passado da Liz. Esperamos mais respostas do que perguntas. Ah, tudo bem, aceitamos mistérios e perguntas, mas que sejam novos e intrigantes, e não nos deixem com a sensação de estarmos perdidos num labirinto sem saída.
Agora é a sua vez de compartilhar as impressões e especulações sobre os rumos da temporada. Capriche no comentário!