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Agent’s of S.H.I.E.L.D. – 2×09 Ye Who Enter Here

Por: em 6 de dezembro de 2014

Agent’s of S.H.I.E.L.D. – 2×09 Ye Who Enter Here

Por: em

Depois de duas semanas, Agent’s of S.H.I.E.L.D. volta novamente dando um show. Ao contrário do que eu falei na ultima review, ‘Ye Who Enter Here” não foi o midseason finale, mas nem por isso o “penúltimo capitulo” de 2014 diminuiu o delicioso ritmo que a série vem entregando nessa 2ª temporada. Depois de 9 semanas elogiando, acho que não cabe muito agora eu me repetir, vou direto ao que interessa.

Mais uma vez a narrativa se dividiu em duas. Enquanto uma parte da equipe foi atrás da misteriosa cidade que Coulson passou tanto tempo rabiscando, a outra se engajou no “resgate” de ninguém menos que Raina. Exatamente, a moça do vestido florido deu as caras essa semana tendo a Hydra na sua cola, exatamente a Agente 33 (que eu vou chamar de May 33, ok?), que pelo visto não conseguiu mais se livrar do rosto de Melinda depois do choque que levou após a memorável luta do episódio I Will Face My Enemie

Novamente a S.H.I.E.L.D. entra numa disputa com a Hydra, dessa vez por Raina, foi bem interessante e divertido até. Nesse episódio quase todos os personagem da série apareceram e inclusive o(s) fofíssimo(s) Koenigs –já estava com saudade dele(s). A cena dele usando o guarda-chuva munido com o gadget que deixou ele e Raina invisíveis foi fantástica, adoro quando esses itens surgem na tela, dando um quê de série de espionagem. Com Raina protegida, peço licença para exaltar o comentário da Skye sobre as divagações da moça de olhos loucos sobre o Diviner/Obelisco: “Sounds like Harry Potter to me” – Gente, eu tive um pequeno ataque cardíaco com a referência, não esperava! (sou completamente louca por HP!). É, se eu fosse normal, também acharia essa história de um objeto “mágico” que escolhe pessoas por serem especiais, merecedoras da terra, bem louca. Ainda mais se a magia aqui significar alienígena.

koenigs

Ao contrário do que se pensava a princípio a Hydra não quer matar Raina, mas sim usar a sua capacidade de utilizar o Obelisco sem virar pedra. Ao realizar isso, a mesma sai correndo para se entregar aos agentes da dissidência nazista. Mas seria uma pena se a cavalaria – May – não chegasse atropelando e acabando com a alegria da moça. Já no bus, ela e Skye começam um interrogatório travestido de bate-papo. As duas tem uma coisa em comum: The Doctor. O pai da Skye, de acordo com o que Raina disse, foi para ela o que ele nunca pode ser para Skye. Conhecer um pouco do passado dessa mulher que sabe de tudo e de todos não deixa de ser mais um trunfo da série. Ela apareceu lá no início, envolvida com o Projeto Centopéia e o Clarividente – que no final das contas era Garret, mancomunado com a Hydra – agora aparece intimamente ligada com o pai da jovem agente. E sim, temos a confirmação sobre a raça do alien azul: É um Kree! Ou seja, todas as teorias estão sim ganhando vida e isso é maravilhoso. (Vale lembrar que nossos adorados agentes não assistiram Guardiões da Galáxia no cinema, ou seja, essa informação não significa muita coisa além de uma nomenclatura)

Porém, o pessoal da S.H.I.E.L.D. deu bobeira e parece ter esquecido do chip que a própria agência implantou em Raina. Ou seja, o avião é tomado de assalto em pleno ar e quem aparece para “negociar”? Ward. Sim, o sociopata diz que se Raina vier com eles ninguém se machuca o inconveniente é que ele também requisita Skye. A menina, sem opções se entrega ao ex-affair. Como Skye amadureceu, né? Na primeira temporada, a menina era uma hacker e eu não simpatizava muito com ela, me perguntava se a série não dava muito espaço para pouca coisa. Hoje em dia o cenário se inverteu, Skye é uma personagem interessante – finalmente o plot mais longo  até aqui parece se encaminhar para um desfecho – e uma agente bem treinada, vide o mano a mano dela com a May 33. Óbvio que ela ainda tem muito que aprender com a nossa Cavalaria – afinal de contas ela precisou da ignorância de Hunter –  mas o desenvolvimento da personagem é tangível, consubstanciado no momento em que ela se entrega ao Ward ( Naquele momento era coisa mais certa a fazer.).

Durante a cena “pós crédito” ficamos sabendo que Ward não está realmente subjulgado à ninguém: Whitehall tinha dado a ordem de derrubada do bus, mesmo com a “cooperação” da equipe. Se deixar Coulson e sua antiga agência descontente já foi ruim, imagina ter problemas com a Hydra…

Jemma cries over fitz

Definitivamente ninguém pode reclamar do quesito ritmo nesse episódio. Teve de tudo e nem por isso ficou confuso. Paralelamente a Operação Raina, Coulson, Bobbi, Mack, Fitz e Simmons vão atrás da misteriosa cidade que pelo visto fica nos subterrâneos de Porto Rico. Nesse momento eu pergunto: Quem no início da série achava que a carga emocional de Agent’s of S.H.I.E.L.D. ficaria nos ombros de Jemma e Leo? O fato de a dupla desfazer o vínculo que os deixava quase como siameses deu oportunidade para um crescimento exponencial da densidade dos personagens. A situação entre os dois acabou influenciando todos da equipe, mas vou ressaltar aqui Bobbi e Mack. Os novos personagens foram responsáveis por fazerem os nossos amados nerds finalmente se confrontarem. Fitz revelando para Simmons que ele não mais trabalharia perto dela no laboratório, deram uma sequencia com muitos sentimentos aflorando na tela – tudo isso muito por responsabilidade de  e . Antes do confronto, em conversa com Bobbi, Jemma revela que ela nunca pensou em Fitz com sentimentos diferentes de amizade. É total #friendzone mesmo e ela também revela que nunca imaginou viver sem ele. Olha, eu shippo muito os dois! E eu realmente fiquei com pena de Leo, pois parece que a cabeça da menina não mudou, mesmo depois de tudo. Adiciono também aí o clima que sempre rolou (e ainda rola) entre Simmons e Tripplet. Eu também gosto de Tripp e Jemma, ao que parece, curte uma melanina, vide a empolgação da sua versão imaginária com Mack, rs.

hat person

Bobbi e Coulson também tiveram momentos somente deles no episódio que serviram para ressaltar a importância da agente. Ela e May, ao que parece, são as mais veteranas e por isso nossa Harpia traçou um paralelo entre Fury e Phil, trazendo a baila diferenças entre os dois. Enquanto o ex-diretor certamente iria tentar manejar as coisas para conseguir obter mais informações sobre o potencial da cidade (mesmo arriscando vidas), Coulson não titubeia na sua decisão de destruir a cidade antes dela acabar ocasionando algum mal para as pessoas. Para ele, salvar as pessoas de riscos que elas não sabem existir é mais importante do que adquirir conhecimento ou uma arma em potencial.

Eles chegam ao local onde seria a entrada da cidade, mais exatamente do buraco que leva à ela e começam os trabalhos para adentrar no sagrado local dos anjos azuis. Em um pequeno espaço de tempo e físico diversas coisas aconteceram. Fitz comprova estar realmente melhorando e seu relacionamento com Jemma, mesmo com as declarações anteriores, sua interação com a moça começa a dar sinais de recuperação. Ela volta a completar as suas frases e para os fãs da dupla, foi ótimo de ver. Com seus robozinhos de controle remoto falhando ao chegarem no fundo do buraco, Mack desce para tentar uma posição melhor sobre o que há lá embaixo. Antes de comentar sobre os acontecimentos que se sucederam, gostaria mais uma vez de ressaltar o quanto a série está maravilhosa nessa temporada. Gente, a descoberta da misteriosa cidade parece que foi ontem e o pessoal já encontrou o lugar. Essa velocidade é algo superpositivo, vide outras tramas que demoraram muito para se desenvolver – leia-se origem da Skye.

Quando Mack chega literalmente ao fundo do poço, ao tocar nos símbolos no chão ele é acometido por uma dor excruciante. E sim, tendo em vista todo desenvolvimento do episódio já comecei a me preparar para o pior – “can’t shake the vibe that something bad is about to happen.” disse Skye no comecinho de Ye Who Enter Here. Mas para minha surpresa Mack não morreu de pronto, ele simplesmente ao ser içado adquire um tipo de super força e sai atacando os amigos. Todos, sem exceção, entraram em combate com o grandalhão, até que Fitz fica com o amigo na mira do revolver. Sem muita escolha, Coulson manda que ele atire, mas creio que isso já seria pedir demais de Leo. Bobbi então chega com seus tacos maravilhosos e aplica um choque no grandalhão e mesmo com isso, é com desespero que eles veem Mack cair no abismo.

bad Mack

A sequencia foi intensa, recheada de ação e sentimento. Mack se transformando em um homem “mau” e com força sobrehumana, fazendo com que o ator  desse uma utilidade ao seu tamanho, contrastou com a dor da equipe ao vê-lo naquela situação. No final das contas a ordem de tiro dada pelo diretor vem para provar que Coulson não é mesmo como Fury, mas ele sabe que dependendo da situação, sacrifícios acabam sendo necessários. Mas bem, em uma série com mitologias fantásticas, super-heróis, alienígenas, deuses e etc, o fato de não termos um corpo de Mack no final pode significar que ele ainda não morreu. Não sei se é ilusão minha, mas uma pessoa que constrói uma mini-Lola de controle remoto não merece ter um final tão doloroso como esse! #BringMackBack

Tentando ser mais concisa possível, termino a review do penúltimo episódio na certeza que semana que vem teremos um evento memorável. “Ye Who Enter Here” nos trouxe desenvolvimentos notáveis – Skye sabendo mais sobre seu papai, o passado de Raina, final revelação da raça Kree – Só deixa a certeza de que “What They Become”, que será exibido dia 08 de dezembro, vai deixar muita gente com dificuldade de segurar seus respectivos forninhos. Confira a promo:

 

E vocês o que acharam do episódio? Preparados para semana que vem?


ÁREA RESERVADA PARA MARVELMANÍACOS!

A melhor coisa de escrever sobre Agent’s of S.H.I.E.L.D. é ter esse espacinho para divagar sobre as coisas que acontecem na série e como elas se relacionam com o universo MARVEL. Me sindo prestando um serviço de utilidade pública ao mesmo tempo que amo aprender mais sobre o contexto em que ela está inserida.

The Things We Bury já tinha feito a referência aos anjos azuis, essa semana tivemos a confirmação por Raina sobre a raça Kree. Esses visitantes celestiais, nos quadrinhos, desenvolveram os Inumanos por meio de experiências nos neandertais. “We’re human Skye, we just have the potential to be more. But the Diviner, now that is most definitely alien.” Ao declarar isso, descartamos toda aquela história da menina ser alien ou algo assim. Os Inumanos já estão entre nós, mas o Obelisco, ao meu ver, serve para selecionar humanos que podem virar superhumanos. Estou me repetindo aqui, mas é isso mesmo.Talvez a mãe da Skye já fosse dessa raça, tendo em vista o fato dela não ter envelhecido nada. Mas acho que teremos mais detalhes em breve…saber o verdadeiro nome da jovem vai ser um passo considerável. Existe uma corrente forte que acredita que Skye seja Daisy Johnson. Porque essa teoria está ganhando força? #livinhaexplica

Coisas que sabemos sobre o Médico monstro que vem a ser o pai da Skye: Ele é medico (seu personagem é creditado com The Doctor), tem um tipo de super força, dificuldade de controlar os nervos, ele odeia o fato de ser considerado um monstro pela filha, manja dos artefatos alienígenas… bem, essa descrição bate com um vilão da Marvel: Mister Hyde.  É Imprescindível para a confirmação dessa teoria que saibamos os verdadeiros nomes dos personagens. Nos quadrinhos, Hyde é na verdade o Dr. Calvin Zabo, um cientista que desenvolve uma formula que acaba por transformá-lo em algo como o Hulk. Como uma fã do universo Marvel, venho dividir com vocês que caso isso se confirme, já teremos um personagem que se insere diretamente na história da Guerra Civil, pano de fundo do próximo filme do Capitão América.

Mas e a Skye? Bem, Zabo tem uma filha chamada Daisy que acaba sendo muito relevante – mais que o pai. Quando jovem, a menina descobre sobre a formula desenvolvida pelo pai e acaba também chamando a atenção de Nick Fury, virando sua protegida. Quando o diretor deixa a S.H.I.E.L.D, Daisy (ou “Quake”) lidera uma equipe conhecida como Secret Warriors (mais um time de super heróis, porém não tão relevante quanto os Vingadores) e eles lutam contra a Hydra. Depois disso, ela vira uma das principais agentes quando a S.H.I.E.L.D. é reativada pelo Steve Rogers e também se junta aos Vingadores. Ah! Junto com a Harpia (Bobbi!) ela também trabalha disfarçada para se aproximar do Soldado Invernal.

Claro que o que está sendo desenvolvido fora dos quadrinhos é diferente, mas para mim essa teoria faz muito sentido. Toda a história envolvendo o GH 325 e o fato dela, quando bebê, ter sido categorizada como uma 084 (objeto de origem desconhecida) é algo que aproxima Agent’s of S.H.I.E.L.D. do contexto do universo cinemático que está sendo desenvolvido para o cinema. Aliás, a serie investido nos inumanos acaba tendo um papel muito relevante: Na cena pós créditos de Capitão América 2, a Feiticeira Escarlate e seu irmão, Mercúrio, são chamados de milagres por Von Strucker. Ou seja, eles seriam inumanos (já que a Marvel não pode usar mutantes, pois a FOX detém os direitos). Então, invés de explicar a força do pai da Skye como advinda de uma fórmula que ele desenvolveu para se transformar no Hulk, colocá-lo como um potencial inumano é maravilhoso. Explicaria toda aquela cena tensa entra Raina e ele em A Hen in the Wolf House quando tomamos ciência de um lado meio negro do personagem.  Equacionando Skye nessa história toda, desde a sua quase morte na temporada passada, nós estamos esperando (pacientes?) pelo momento em que ela eventualmente revele algum tipo de superpoder. Ela era somente uma hackerzinha cheia de si e virou uma agente completa. E mesmo que a jovem não seja de Daisy Johnson propriamente, ela pode ser uma adaptação dela. Vale lembrar que o filme sobre os Inumanos será lançado em 2018, então quem não assiste a série muito provavelmente não terá todo o conhecimento sobre essa raça.

– Gente, qual o segredinho entre Bobbi e Mack? Fiquei curiosíssima. A rápida conversa entre os dois mostrou que eles são antigos conhecidos e que Bobbi está escondendo algo que pode novamente acabar com a relação dela com Hunter. Aliás, durante a conversa com Jemma deu para ver que a Agente Morse está bem confusa quanto aos seus sentimentos, mas ela prefere pagar para ver, quebrar a cara, e por isso que eu amo essa mulher.

– Eu amo muito os Koenigs, que por agora deixaram no ar a idéia de serem irmãos, inclusive se levarmos em consideração a raiva deles ao encontrar com Ward, que matou Erik na temporada passada. Mas eles também podem vir a ser o que a S.H.I.E.L.D. chama de Modelo de Vida Artificial (Life Model Decoys), mas o ator  dá muita humanidade para eles. #muitoamor

– Quero muito ser a Bobbi quando eu crescer!

– E todas aquela referência a Atlantis no começo do episódio? Veremos o rei Namor em algum momento?

– “Ye Who Enter Here” é uma referência à Divina Comédia de Dante Alighieri. Na clássica epopéia, os portões do inferno tem a seguinte inscrição: “Abandon all hope, ye who enter here”, o que combina muito com a tentativa da equipe de Coulson de entrar na misteriosa cidade dos anjos azuis e sua trágica consequência

– Diálogo entre os amantes Bobbi e Hunter: “Don’t die out there, ok?” diz Morse, “it’s Canada!”.

– Olha, não entendi a relevância que deram para o pesadelo da Skye, achei meio tosco inclusive.

– E todo sentimento entre May e Skye?

– Tripp: “Isn’t that in the Bermuda Triangle? ‘Cause that would explain a lot.”
Coulson: “Actually, it doesn’t have anything to do with the triangle. We solved that back in the 80’s.”

#Shieldtaemtodas

– “I Wish I was a hat guy”. Coulson, eu te amo muito!

– A audiência da série subiu nesse episódio. Não que eu ache que isso seja relevante para a continuidade, o projeto da Marvel com a Disney está bem consistente e banca a renovação de Agen’ts of S.H.I.E.L.D.

Mais algum comentário? Fiquem a vontade para complementar minhas considerações!


Lívia Zamith

Nascida em Recife, infância no interior de SP e criada no Rio. Vivo e respiro Séries, Filmes, Músicas, Livros... Meu gosto é eclético, indo do mais banal ao mais complexo, o que importa é ter conhecimento de causa.

Rio de Janeiro - RJ

Série Favorita: São muitas!

Não assiste de jeito nenhum: Friends (não gosto de sitcoms)

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