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Pan Am – 1×05 One Coin in a Fountain

Por: em 26 de outubro de 2011

Pan Am – 1×05 One Coin in a Fountain

Por: em

Apesar de iniciar tramas que terão um impacto maior do que em apenas um episódio, me senti perdido com o vai-e-vem sem linhas delineadas de Pan Am.

Ok, a série usa flashbacks para contar sua história e o passado dos personagens. Mas esses elementos narrativos são bastante confusos. Por vezes parecem flashforwards, e não têm algo sensorial que nos faça entender que estamos voltando no tempo. Em Lost tínhamos efeitos sonoros para saber que um flashback estava para acontecer. E olha que nem era necessário, afinal eles estavam em uma ilha…para mostrar o passado estariam em um local diferente. Mas em Pan Am tudo se passa dentro das aeronaves, nos lugares que viajam, ou em New York. Em alguns momentos a série identifica com um “dois dias antes”, mas na próxima cena de flashback isso já não aparece e acaba confundindo o telespectador. Eles foram de New York para Londres, então para Monte Carlo, e de volta para New York. Mas com a história do anel de Laura, tudo ficou mais confuso. É preciso cuidado, afinal já vi muita gente reclamando disso, mas foi a primeira vez que me sentido um pouco confuso.

A série continua no ar!! Apesar de ter perdido cerca de 100.000 telespectadores do último episódio para esse, a queda foi bem pequena comparada ao que estava acontecendo até agora. O rating estabilizou em 1.8% e o share aumentou de 4 para 5%. Agora com o início de arcos maiores para a temporada e para a série, quem sabe o público se interesse mais e o tenhamos, pelo menos, os 13 episódios encomendados. O maior problema de Pan Am era a falta de storyarcs que nos prendessem a trama. Até então tínhamos plots básicos e ímpares em cada episódio, sem continuação, com algo que afetasse a vida daquelas pessoas. Com a entrada desses novos personagens e tramas, Pan Am pode consertar os erros cometidos.

A história da espionagem finalmente decolou – com o perdão do trocadilho. Kate com missões inúteis todo episódio estava cansando. Agora temos a entrada de Goran Visnjic na série, como o diplomata iugoslavo Niko Lonza. A trama de Kate crescerá com essa introdução, e já vimos isso acontecer nesse episódio. Tudo bem, Niko é das Nações Unidas, mas sabemos que a Iugoslávia era um país socialista na época da Guerra Fria, o que pode significar que ele mesmo seja o alvo de uma das missões de Kate. Por enquanto ele serviu de pano de fundo para ela pegar as impressões digitais de uma italiana, mas o visível romance dos dois pode atrapalhar tudo e colocar o emprego de Kate em jogo. Gostei de ver Kelli Garner crescer. Ela não parece mais medrosa, e sim confiante do que quer. Conversa com seus superiores, tanto Richard, como o contato inglês Roger, com ar bem mais elevado. Soube jogar bem com Maggie, mesmo eu achando que a rivalidade delas deveria ter continuado mais forte.

O mesmo pode se dizer de Dean. A única coisa triste desse arco do piloto é ver Colette sendo jogada para escanteio. A personagem que mais trouxe coisas boas para a série foi mera coadjuvante pelo segundo episódio seguido, literalmente, afinal, vimos ela falando em francês com um cara em Londres e seus olhares nostálgicos para Dean. Eles haviam ficado tão próximos que eu imaginava um romance para os dois. E acho que realmente será o caso, mas enquanto nenhum dos dois toma iniciativa, Dean entrou de cabeça em uma história perigosa. Assim temos a entrada de Erin Cummings e Scott Cohen em Pan Am. Gosto de quando séries apresentam personagens que continuam na trama, pois mostra comprometimento. Sei que é difícil, afinal, ficaria até irreal diversos personagens recorrentes estarem sempre nos mesmos voos. Mas com essa história do Dean, o emprego do piloto também fica na corda bamba.

Afinal, Ginny não é ninguém mais, ninguém menos do que a amante do vice-presidente da Pan Am. As cenas de Dean e Ginny foram bonitas, com o cenário de Monte Carlo, em Mônaco, realmente encantador. No começo achei Ginny bastante abusada, pois foi entrando na cabine do piloto e ficou lá conversando, enquanto algumas aeromoças ficaram curiosas. Mas ela tem poder, e Erin Cummings soube passar isso muito bem. Ela sabe no que está se metendo. Se o vice-presidente Everett descobrir do caso de sua amante com Dean, o único que vai sair perdendo realmente é o piloto, que será demitido. Caso Ginny seja realmente a amante de Everett, ele teria muito a perder se seu romance fora do casamento fosse descoberto. Não é muito por agora, mas é bom saber que Ginny continuará na série e dará essa oportunidade para um arco maior.

No restante do episódio tivemos o crescente relacionamento entre Ted e Laura, que está sendo feito de maneira inteligente. Achei que agora foi um pouco apressado, mas tenho fé de que ainda tratem esse assunto com calma, como estavam fazendo. Os flashbacks não foram lá interessantes, pois eu não tinha nenhuma vontade de revisitar o não-casamento de Laura. A conversa dela com o ex-futuro marido no segundo episódio já foi o suficiente para o término do assunto. Porém, foi divertido acompanhar Ted tentando ajudar a aeromoça. Já sabemos que Dean é gente boa e tudo o mais, mas Ted ainda precisa se esforçar para mostrar seu lado simpático. E com a venda de seu relógio para comprar a aliança de Laura, ele ganha diversos pontos no futuro relacionamento. A cena na fonte, em Monte Carlo, foi realmente bonita.

Colette e Maggie ficaram de lado. Christina Ricci não teve nada a fazer nesse episódio além de flertar com Niko e ficar brava por Kate tentar roubá-lo. Aliás, isso me deixou um tanto inquieto. A disputa entre as duas esteve óbvia no episódio passado, quando Maggie soltava diretas e indiretas sobre Kate não deixar Laura ter sua vida própria. E com a ideia de Maggie e Kate estarem interessadas em Niko – mesmo que por motivos diferentes – aumentaria muito mais essa tensão entre elas. E até fez, em certo momento, pois Maggie usou de seu poder como comissária de bordo para mudar a posição de Kate no Clipper Majestic. Mas então Maggie aceita deixar Kate ir para o cassino com Niko apenas em troca de afazeres no avião. Ela não parecia a personagem independente que não deixava ninguém se colocar acima dela?

Porém, se Maggie precisava mostrar seu passado para apoiar a força da personagem, ou pelo menos mostrar um rumo que defina qual será seu papel na trama, o próximo episódio resolverá esses problemas. É a hora de vermos Pan Am desembarcar no Rio de Janeiro!!


Caio Mello

São Bento do Sul – SC

Série Favorita: Lost

Não assiste de jeito nenhum: Séries policiais

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