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Private Practice – 6×02 Mourning Sickness

Por: em 3 de outubro de 2012

Private Practice – 6×02 Mourning Sickness

Por: em

Private Practice voltou com uma ótima season premiere nesta sexta e, ao que tudo promete, tumultuada temporada (se quiser saber mais sobre isso, clique aqui, mas cuidado com possíveis spoilers) e fico muito feliz em ver que este segundo episódio está seguindo pelo mesmo bom caminho.

Depois da quase bombástica notícia da morte do Pete, era de se esperar que o próximo seria um tributo ao personagem, mostrando como esse fato vai afetar a Violet. De uma forma meio esquisita, Mourning Sickness foi a nossa despedida do Pete. Uma coisa que eu acho fantastica nos seriados é como os personagens podem colocar qualquer coisa em seus testamentos como último pedido e os familiares fazem de tudo para realizar esse desejo, por mais absurdo que ele possa parecer. Eu tenho certeza que a minha família não vai atender nem metade dos meus últimos pedidos, isso porque eu nem pensei em fazer como o Pete e exigir que as pessoas próximas se lembrem de mim em uma festa.

A cada paciente do Pete que ia conversar com a Violet, eu começava a me sentir muito mal por ela. Ela acabou de perder o marido, estava tentando respeitar o que estava no testamento, as pessoas estavam fazendo exatamente o que o falecido queria, mas ela nem teve tempo de digerir o que aconteceu. Muito bacana ver que ele salvou a vida de muita gente (não esperava nada diferente vindo de um médico) e todo mundo sabia que ele era uma pessoa bacana e com princípios, só que não é fácil aguentar tantas histórias tão cedo. Uma hora ela ia surtar, seja com a maconha ou no karaokê.

O ponto fraco da trama acabou sendo o que seria a comédia do episódio: Violet chapada no banheiro. A história só ficou mesmo engraçada quando a Addison começou a contar sobre a bad trip dela e foi bonitinho ver quase todos os médicos juntos num momento Grey’s Anatomy (quantas vezes não vimos os internos do Seattle Grace fazendo mini reuniões no banheiro da Meredith?).

Falando em Grey’s, gostei muito de terem informado a Addie que o Mark tinha morrido, mesmo que tenha sido tão em cima da hora. Eu entendo que, para o desenvolvimento das duas histórias e orçamento das séries, não é possível que tenhamos crossovers a todo momento, mas algo tão grandioso e pesado como a morte de um personagem que foi super importante na vida da Addie e do Derek, a presença da obstetra era quase obrigatória no Seattle Grace naquele momento tão difícil. Bem, um telefonema ainda é melhor do que terem deixado passar batido.

Quem me fez rir mesmo foi a Charlotte comparando os trigêmeos a lombrigas e ficando brava com o Cooper por ele tê-la forçado a virar mãe. Ainda bem que ele sabe levar a situação numa boa, porque se fosse um personagem mais esquentadinho, poderia ser uma briga séria.

O caso médico da semana ficou com o Sheldon e tenho que dizer que, por mais que eu goste dos pacientes dele, de como ele atende e tudo o mais, fico sempre com a impressão que ele é quase sempre excluído do que acontece com o pessoal da clínica. Quando o Nick disse que estava pensando em se matar, achei que teríamos alguma discussão sobre o suicídio, mas fui pega de jeito quando o tópico “pedofilia” foi colocado na mesa. Mas pensando no episódio como um todo, faz todo sentido o cara ter este problema, já que é o que faz parte da vida de todos os médicos agora: a Violet pedindo para o Cooper ser o guardião do Lucas, a Char esperando três bebês, a Addie pedindo para a Amelia ser a guardiã do Henry e o Mason ter sido um dos poucos que tiveram uma conversa boa com a Violet durante a festa.

Se eu estivesse no lugar do Sheldon, confesso que não saberia como reagir. Claro que ele não poderia incentivar o paciente a se matar, mas também não era uma alternativa esperar até a “semana que vem” para ver se continuavam a trabalhar o problema, correndo o risco do Nick ter se matado nesse intervalo. No fundo, o Nick paciente ter ingerido as pílulas antes da consulta foi uma saída fácil do roteiro para que o Sheldon não ficasse preso na clínica e pudesse aparecer na festa da Violet, para dar algum apoio à amiga.

Espero que este caso continue pelo menos como um pequeno arco, porque é um assunto super delicado e Private Practice sempre foi muito sensível a assuntos polêmicos. Vimos que o Nick não é um cara ruim, que ele se sente mal por ter esses sentimentos, nunca se sentiu atraído por crianças, preferia ser alcóolatra a pensar que ele pode ser um pedófilo e se o Sheldon diz que pode ajudá-lo, acredito nele e no roteiro.

P.S.: Este episódio é especial pela despedida do Pete e por ser o centésimo da série! Parabéns a todos os envolvidos.


Bianca

Feminista interseccional, rata de biblioteca, ativista, ama filmes, séries, cultura pop e BTS. Twitter sempre vai ser a melhor rede social.

São Paulo - SP

Série Favorita: Grey's Anatomy

Não assiste de jeito nenhum: Lost

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